Módulo 7
Plataformas de videoconferências
Proposta do módulo
Neste item apresentamos:
- Conheceremos sobre as plataformas de videoconferências e as possibilidades de uso durante as aulas remotas.
- Vamos começar?
- O que são as plataformas de videoconferências?
- Como é feito o seu uso?
1 Apresentação dos autores
Dheimy Tarllyson Santos Silva
- Formação: graduação em Engenharia de Computação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
- É Professor de Libras no CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez de Goiânia/Secretaria de Estado de Educação de Goiás.
Kelly Francisca da Silva Brito
- Formação: graduação em Pedagogia pela Faculdade Padrão e em Letras - Libras pela Universidade Federal de Goiás.
- Especialista em Educação Especial, pela Faculdade Padrão.
- Especialista em Linguística das Línguas de Sinais pela Universidade Federal de Goiás.
- Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
- É Professora intérprete de Libras e Coordenadora Pedagógica no CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez de Goiânia/Secretaria de Estado de Educação de Goiás.
- Guia-intérprete de pessoas surdocegas.
Bem-vinda e bem-vindo!
2 Breve Panorama sobre o ensino remoto emergencial
Com o advento da pandemia do Covid-19, as instituições educacionais de todo o mundo se viram frente a um grande desafio, reorganizar o ensino remotamente para que os alunos tivessem o mínimo de impacto no ensino. Então, como garantir que os alunos em suas residências conseguissem ter acesso aos conteúdos e aos professores de forma remota? E os professores como fariam para ministrar as suas aulas e mediar o aprendizado?
Uma das formas para garantir que a maioria dos alunos sigam desenvolvendo o aprendizado mediado pelos professores é por meio das diferentes plataformas de videoconferência; mas muitas não foram feitas para a educação e já existiam há muito tempo. Muitas eram utilizadas no contexto empresarial e de reuniões com pessoas em diferentes locais. Então, as escolas começaram a utilizá-las de forma adaptada.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) fez vários pareceres que foram homologados pelo MEC a fim de estabelecer o ensino remoto como forma de garantir que as horas aulas do ano letivo fossem garantidas aos alunos de todo o Brasil. E, as aulas do ensino remoto emergencial tem sido, na maioria das vezes, ministradas de forma síncrona por meio de plataformas de videoconferência.
Professores de todo o mundo se viram obrigados a aprender a utilizar de forma rápida as mais diferentes plataformas. Muitos aprenderam na prática, vendo tutoriais, participando de lives para poder implementar um ensino que garantisse minimamente a qualidade aos seus alunos.
Mas, até hoje ainda temos um grande obstáculo, que é a falta de formação para os professores e alunos aprenderem a utilizar essas plataformas. Há plataformas que são autoexplicativas, intuitivas, fáceis de manuseio e temos aquelas um pouco mais complicadas. Também temos as que são gratuitas e as que são pagas e que tem um tempo limite para os usuários de forma gratuita.
É importante levar em consideração esses itens falados anteriormente, mas precisamos estar atentos aos que possibilitam uma melhor visualização da língua de sinais, uma vez que estamos trabalhando com alunos surdos.
Cruz conceitua a videoconferência como:
“Virtualiza a sala de aula também porque problematiza o papel do professor. Ao incluir a obrigatoriedade do conhecimento tecnológico como condição de existência da aula, amplia as exigências de atuação do docente, que precisa dominar os recursos e operar câmeras e microfones para que ocorra a comunicação com os alunos e, por consequência, a aprendizagem. Se na escola tradicional ele pode escolher “enriquecer” sua aula com a incorporação da nova lógica que a mídia traz, na educação a distância por videoconferência ele está “imerso” no meio televisivo. Este lugar é virtual, pois permite a interação ao mesmo tempo presencial – onde de fato estão os participantes, em suas salas audiovisuais, tácteis e olfativas – e é midiático – pois a comunicação é audiovisual e acontece no ciberespaço”. (CRUZ, 2008, p. 204).
O professor exerce um grande papel no ensino por videoconferência, pois tem que não só dominar o conteúdo escolar, mas possuir o conhecimento tecnológico e dominar os diferentes recursos. José Moran fala sobre o professor on-line:
O professor on-line precisa aprender a trabalhar com tecnologias sofisticadas e tecnologias simples; com Internet de banda larga e com conexão lenta; com videoconferência multiponto e teleconferência; com softwares de gerenciamento de cursos comerciais e com softwares livres. Ele não pode acomodar-se, porque a todo o momento surgem soluções novas e que podem facilitar o trabalho pedagógico com os alunos. Soluções que não podem ser aplicadas da mesma forma para cursos diferentes. (MORAN, 2003, p.43).
É importante que os professores saibam a sua importância com o uso das novas tecnologias. Que precisa estar sempre aberto a aprendizagens e aos mais diferentes tipos de recursos.
Importante: As aulas remotas não se diferenciam muito das aulas presenciais. O que de fato muda no ensino remoto são os recursos que serão utilizados durante as aulas.
Com o aumento da procura por plataformas educacionais, empresas desenvolveram algo específico para contemplar a educação tanto nos softwares quanto em pagamento diferenciados para professores, instituições e secretarias de educação. Temos como exemplo: Google Meet, Microsoft Teams e Zoom. Também temos aquelas que precisam baixar/instalar um software ou aplicativo e temos as que utilizam somente o navegador de internet.
3 Plataformas de videoconferência
3.1 Zoom Meetings
A plataforma de videoconferência Zoom Meetings foi bem conhecida após o início da pandemia, mas já existia bem antes. Existem duas versões, A paga e a gratuita. Vamos falar de forma breve sobre a versão gratuita: ela suporta até 100 pessoas e tem 40 minutos de duração. Após esse tempo, é necessário reabrir uma nova sala novamente. Não existe limite de reuniões, pode agendá-las previamente, é possível criar um ID (identificador) também. Tem a opção de sala de espera ou entrar com um ID e senha.
Também é possível gravar toda a aula, fazer compartilhamento de tela, escrever no chat de forma privada ou pública. Tem um anfitrião que comanda a sala. Existe também a função levantar a mão e outros emojis para a interação na hora da videoconferência. É possível gravar em HD e criar salas simultâneas e também tem a opção quadro branco para escrever durante a aula aberta.
É uma plataforma bem acessível para o ensino bilíngue para surdos, pois tem muitas ferramentas que proporcionam isso. Pode colocar o intérprete ou professor em evidência por meio do multi-destaque e multifixação da tela por meio do pin ou spotlight. Colocar transcrição automática, closed caption. É possível reorganizar os vídeos da forma que a pessoa achar melhor para vizualizar.
Fonte: zoom.us
Para saber o Zoom acesse: https://zoom.us
Para saber sobre a acessibilidade no Zoom: Acessibilidade – Zoom
Convido você professor que ainda não utiliza ou não utilizou o Zoom como anfitrião, que possa conhecer as diferentes possibilidades de uso dessa plataforma. E você que já usa, tente explorar as mais diferentes formas de acessibilidade.
3.2 Microsoft Teams
Essa é uma plataforma da Microsoft que traz recursos além da videoconferência, visto que ela dá a possibilidade de armazenamento de arquivos e integrada aos aplicativos. Se a instituição escolar for credenciada a Microsoft, há recursos adicionais tanto para professores quanto para alunos.
Podem ser feitas chamadas de vídeo, videoconferências e as telas podem ser compartilhadas. A versão gratuita comporta até 300 pessoas ao mesmo tempo. O aplicativo pode ser baixado ou ser utilizado a partir do browser.
O professor pode criar uma sala de aula, enviar mensagens, comunicados, agendar reunião virtual, reunir-se com os alunos utilizando chamadas de áudio ou vídeo, entrar e gerenciar uma reunião.
Para saber mais sobre o Microsoft Teams acesse: https://support.microsoft.com/pt-br/office/reuni%C3%B5es-chats-e-postagens-em-equipes-de-classe-ec52ab0b-8f0a-450c-9fe8-3ece7c7a6706.
3.3 Google Meet
O Google Meet é uma plataforma do Google e tem uma versão paga e gratuita. A versão paga está ligada ao GSuite e a gratuita ligada ao Gmail. Qualquer pessoa que tenha uma conta google pode utilizar e não precisa baixar o aplicativo.
A plataforma permite até 100 pessoas de forma simultânea e com a duração de até 1 hora na versão gratuita. É possível fazer chamadas de áudio e vídeo, conversar por chat, utilizar o Jamboard (quadro de comunicações), alterar layout, legenda em inglês e compartilhamento de tela.
3.4 Skype
O software Skype assim como o Teams é da Microsoft, é uma ferramenta já muito utilizada para comunicação de forma gratuita. Por meio do Skype é possível chamadas de áudio e vídeo, videoconferência e o envio e recebimento de arquivos. O que chama a atenção é que é uma plataforma bem intuitiva.
Para saber mais sobre o Skype acesse: https://www.skype.com/pt-br.
4 Plataformas de videoconferência e o ensino de Surdos
Todas as plataformas apresentadas têm possibilidades de trabalho com alunos surdos. Algumas tem versões pagas e gratuitas e outras somente gratuitas. Mesmo as versões gratuitas apresentando algumas limitações, não impedem de ser bem utilizadas. Temos plataformas autoexplicativas e intuitivas, já outras um pouco mais difíceis de utilizar.
Também temos as que precisam de baixar/instalar o software e as que permitem uso diretamente do navegador da internet. Cabe ao professor buscar estratégias para utilizar essas plataformas como aliadas no ensino bilíngue para surdos, incluindo-os e utilizando as mais variadas ferramentas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos surdos.
Nós, autores, já experimentamos todas as plataformas com os alunos surdos, mas dentre elas, a que escolhemos utilizar é o Zoom. Mesmo com a forma gratuita, tendo quarenta minutos, a qualidade no vídeo e a forma de interação entre todos é mais propícia. Os recursos estão a cada dia sendo mais aprimorados para atender a todos os públicos e, com isso, podemos perceber que é melhor utilizar essa plataforma no ensino.
Esperamos que tenham gostado das plataformas e que possam utilizar bastante para que o aluno surdo que esteja em qualquer parte do Brasil, que possa ter acesso ao ensino público de qualidade não somente nesse período de pandemia, mas em toda a sua vida escolar.
5 Referências bibliográficas
CRUZ, Dulce Márcia. A construção do professor midiático: o docente comunicador na educação a distância por videoconferência. Cadernos de Educação. Pelotas: UFPel, v.30, jan./jun., 2008. Disponível em: http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/viewFile/1771/1646. Acesso em: 15 de jan de 2021.
MORAN, José M. Novas questões que a educação à distância traz para a didática. Disponível em: http:// www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/educacao_online/questoes.pdf. Acesso em: 18 de jan de 2021.
ITENS
1 Apresentação dos autores: Dheimy Tarllyson Santos Silva e Kelly Francisca da Silva Brito
2 Breve Panorama sobre o ensino remoto emergencial
3 Plataformas de videoconferências
3.1 Zoom Meetings
3.2 Microsoft Teams
3.3 Google Meet
3.4 Skype
4 Referências