Felipe Souto Araújo
felipe.souto@discente.ufg.br

Rones de Deus Paranhos
paranhos@ufg.br

EIXO
Ensino Superior

O Estado do Conhecimento sobre os Aspectos Históricos da Formação de Professores de Biologia no Brasil (1993-2022)

170

Resumo: O estudo tem como temática a formação inicial de professores de biologia em que o objeto de análise é a produção científica de tal temática sob uma perspectiva histórica. A pesquisa partiu da seguinte questão: ao considerar os cursos de formação inicial de professores/as no Brasil como objetos de estudo, quais são as características da produção científica sobre os aspectos históricos da formação de professores/as de Biologia? O objetivo foi caracterizar essa produção acerca dos aspectos da distribuição ao longo dos anos entre as regiões geográficas brasileiras, bem como dos focos temáticos. Os resultados indicam: I) produção de dissertações ao longo de todo o período; II) assimetria quanto à distribuição geográfica; III) centralidade quantitativa ligado ao foco temático professor. As conclusões oferecem perspectivas sobre a produção científica no período analisado, e apontam para direções promissoras para futuras pesquisas, visando ampliar a contribuição ao avanço do conhecimento em Educação e Ciências.

Palavras-chave: Licenciaturas. Estudo de Revisão. Educação Superior.

1. Introdução

A temática do estudo ora apresentado é a formação inicial de professores/as de biologia. Trata-se de um estudo desenvolvido no contexto do processo de doutoramento do primeiro autor que tem se ocupado em compreender o cenário dessa discussão nos campos de pesquisa em Educação e Educação em Ciências. Os dados apresentados possuem a potencialidade de alavancar novas pesquisas de modo que tomem a formação inicial de professores de biologia como objeto, frente a expansão da universidade pública brasileira nas últimas décadas e, como consequência, da oferta de cursos de licenciatura em ciências biológicas pelo Brasil.

Diante ao exposto, o presente estudo tem como objeto a produção científica (artigos, dissertações, teses e trabalhos apresentados em eventos) que problematizam, em termos históricos, a formação inicial de professores/as de biologia. Trata-se de um estudo exploratório desenvolvido à luz da seguinte questão: Ao considerar os cursos de formação inicial de professores/as no Brasil como objetos de estudo, quais são as características da produção científica sobre os aspectos históricos da formação inicial de professores/as de Biologia? Portanto, à luz dessa questão, esta investigação tem por objetivo caracterizar essa produção no tocante aos seguintes aspectos: a) distribuição da produção ao longo dos anos; b) distribuição entres as regiões geográficas brasileiras; c) focos temáticos das produções.

171

2. Referencial Teórico

A importância da formação de professores foi destacada já no século XVII por Comenius. O primeiro estabelecimento educacional dedicado à preparação de professores teria sido estabelecido por São João Batista de La Salle em 1684, na cidade de Reims, sob o nome de Seminário dos Mestres (Duarte, 1986). No Brasil, a preocupação com a formação de professores se torna evidente após a independência, quando se inicia o debate sobre a estruturação da educação para o público em geral (Saviani, 2009). As disciplinas escolares tiveram sua origem no século XIX, durante as primeiras iniciativas de educação em massa (Marandino; Seles; Ferreira, 2009). Nesse período, a disciplina de História Natural, já fazia parte dos currículos iniciais do Colégio Pedro II, localizado no Rio de Janeiro (Lorenz, 2010).

Havia um movimento de modernização e tentativa de unificação da Biologia como ciência, de modo que a disciplina de História Natural foi gradualmente substituída pela disciplina escolar de Biologia ao longo do século XX, incorporando elementos que refletiam essa modernização (Marandino; Seles; Ferreira, 2009). Esse movimento no Brasil, se deu por influência de outros países, como Inglaterra e Estados Unidos, que entre os anos 1900 e 1960 buscavam legitimar a Biologia nas Escolas (Echalar; Paranhos; Guimarães, 2020). Porém, diferentemente do que aconteceu nesses países, onde disciplinas como Zoologia e Botânica foram substituídas no currículo pela disciplina Biologia (Santos; Selles, 2011, p. 4), nesse período, dentro das instituições educacionais brasileiras, "História Natural" e "Biologia", embora tratassem de abordagens e conhecimentos distintos, compartilhavam o mesmo espaço curricular, de modo que a presença de uma dessas disciplinas implicava na exclusão da outra (Santos, 2014, p. 8).

No início do século XX houve a criação do curso de História Natural com o propósito de formar professores/as para o ensino secundário, além de especialistas na área (Araujo; Toledo; Carneiro, 2014). Entre os anos de 1934 e 1959 foram criados 10 cursos de História Natural pelo Brasil, tanto em instituições públicas quanto privadas (Rabelo; Mendes; Pileggi; Azevedo, 2006) o que contribuiu, dentre outros aspectos, para a consolidação de disciplinas ligadas à história natural e biologia nas escolas.

De acordo com Zotti (2002), na década de 1980, observamos que as escolas de ensino médio estavam se voltando para a preparação de mão-de-obra especializada, e o curso secundário estava gradualmente perdendo sua identidade como um programa de formação geral. Ainda para o autor, a demanda por uma educação geral sólida como requisito para ingressar nas Instituições de Ensino Superior por meio do vestibular impulsionou o surgimento de cursos pré-vestibulares. Escolas particulares focavam na educação da elite, resistindo à profissionalização, e, como resultado, expandiam seus alcances. O aumento expressivo no número de faculdades com cursos de formação de professores, muitas das quais não estavam preparadas para atender às necessidades do ensino, contribuiu para a deterioração da qualidade do ensino de ciências no país.

172

De acordo com Philipsen (2014), os debates em torno da formação inicial de professores ganharam destaque nos anos 1990. A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB no 9.394, em 1996, e, principalmente, a aprovação do Parecer CNE/CP 009/2001 e das Resoluções CNE/CP 01/2002 e 02/2002, representou contribuições significativas para a política educacional no Brasil. No final da década mencionada, o Ministério da Educação (MEC) elaborou e divulgou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos quais a disciplina de Biologia foi integrada ao currículo do ensino fundamental, sendo parte do volume de Ciências. No ensino médio, a Biologia foi agrupada no conjunto denominado Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Echalar; Paranhos; Guimarães, 2020).

Essa breve retrospectiva revela que o ensino de Biologia na escola reflete as preocupações e interesses de cada período, incluindo o próprio desenvolvimento da Biologia como uma ciência estabelecida. Desse modo, surge a necessidade de compreender a ciência que está sendo ensinada (a Biologia), bem como as referências teóricas e metodológicas que fundamentam a formação de professores. Investigações relacionadas à formação de professores no Brasil refletem a profunda teia de fatores que influenciam o cenário educacional do país.

3. Metodologia

A partir do objetivo de identificar e analisar a produção científica brasileira (artigos, dissertações, teses e trabalhos em eventos ) que articula os aspectos históricos da formação inicial de professores de Biologia, esta pesquisa foi metodologicamente organizada à luz das características dos estudos de revisão (Morosini, Fernandes, 2014). Para tanto, foram considerados os bancos de dados e eventos, a saber: a) Catálogo de Teses e Dissertações da Capes; b) Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); c) Portal de Periódicos da CAPES; d) eventos da ANPED (GT 02, 08 e 11); e) eventos do ENPEC (a partir da V edição). A busca pelas produções foi feita com o emprego dos seguintes descritores: a) “Formação de Professores”; b) “Biologia”; c) “Aspectos Históricos”.

Figura 1 : Diagrama de Fluxo que sistematiza as etapas de busca, seleção e estudos incluídos na análise

Fonte: Elaborado pelos autores baseados em The PRISMA 2020 .

Para realizar a análise das produções foi feita a leitura dos resumos e outras informações que permitiram sistematizar os dados contidos na Figura 2 e Tabela 1 (distribuição da produção no tempo e espaço). O estabelecimento da análise dos Focos Temáticos considerou os escritos de Megid-Neto (1999), Teixeira (2008) e Paranhos (2017) .

173

4. Resultados e Discussão

Mediante o refinamento dos critérios de elegibilidade, o corpus de análise deste estudo é constituído por 61 produções (Tabela 1 e 2) distribuídas num intervalo de 29 anos (1993 – 2022) em que o pico da publicação foi o ano de 2013 (Figura 2). A publicação de trabalhos em eventos está compreendida no período 2004 – 2015, enquanto a publicação de artigos está mais concentrada entre os anos de 2016 e 2022.

Figura 2 : Gráfico da distribuição da produção no período 1993 - 2022.

Fonte : Elaborado pelos autores a partir dos dados do estudo.

Os dados referentes à produção do tipo dissertação e tese estão reunidos na Figura 2 e mostram que este é o tipo de produção mais frequente ao longo dos 29 anos. Sabe-se que outros estudos (Lemgruber, 1999; Megid-Neto, 1999; Slongo, 2004; Teixeira, 2008) sinalizam produções anteriores ao início do período identificado, pois neles não houve um recorte específico (aspectos históricos da formação) para o levantamento das produções, além de terem tido como foco a análise de dissertações e teses.

Os dados (Tabela 1) comprovam uma dinâmica complexa na distribuição geográfica da produção acadêmica, como por exemplo a região Sudeste destacando-se como epicentro da atividade, especialmente em termos de quantidade global. No entanto, ao desmembrar essa produção por tipo de trabalho, observa-se uma dispersão significativa. A região Sudeste lidera em número total, com sete artigos, oito dissertações, três teses e sete trabalhos em eventos, totalizando 25 produções. No entanto, ao focar em dissertações, a região sul surge como protagonista, contribuindo com 15 produções nesse formato. Isso evidencia uma distribuição assimétrica da especialização regional, em que a região Sudeste lidera em quantidade total, mas outras regiões, como a sul, se destacam em tipos específicos, sinalizando uma diversidade de foco no cenário acadêmico.

Tabela 1 : Distribuição da produção por tipo e região geográfica brasileira.

Região* Artigo Dissertação Tese Trabalhos em Eventos Total/Região
CO 2 0 0 0 2
N 1 5 4 1 11
NE 1 5 0 0 6
SE 7 8 3 7 25
S 1 15 1 0 17
Total 12 33 8 8 61

Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados da pesquisa. * CO – Centro-Oeste; N – Norte; NE – Nordeste; SE – Sudeste; S – Sul.

174

Isto posto, a Tabela 1 também expressa uma assimetria regional para a publicação de produções do tipo dissertação e tese evidenciada também pelas pesquisas de Megid-Neto (199); Teixeira (2008); Paranhos (2017, 2019), Avelar (2022). Especificamente para este tipo de produção, a história da distribuição da pós-graduação brasileira é um elemento determinante que justifica a centralidade da produção estar nas regiões Sudeste e Sul (Paranhos, 2917, 2019; Avelar, 2022). Teixeira e Megid-Neto (2017) acompanham essa compreensão ao afirmarem que a concentração da produção acadêmica nas regiões Sul e Sudeste é uma tendência identificada em estudos educacionais e espelha a disparidade na distribuição de programas de pós-graduação, o que, por sua vez, reflete as desigualdades socioeconômicas entre as diversas regiões do país.

Dessa maneira, podemos afirmar que essa variação nas especializações regionais pode ter implicações importantes para o desenvolvimento e aprimoramento das áreas acadêmicas, sugerindo a necessidade de uma abordagem mais focalizada em políticas de incentivo à pesquisa e formação de pesquisadores em determinadas regiões, a fim de promover uma distribuição mais equitativa e estratégica do conhecimento. Além disso, por considerar a expansão da universidade pública brasileira (Broch; Breschiliare; Barbosa-Rinaldi, 2020; Casqueiro; Irffi; Silva, 2020; Senkevics, 2021), bem como, a expansão dos cursos de licenciatura (Fonseca et. al., 2019), os dados sinalizam a demanda de pesquisas para compreender o processo de expansão e consolidação dos cursos de Biologia - Licenciatura em diferentes regiões do Brasil.

Outro elemento tomado para análise foi o aspecto do Foco Temático das produções. Em concordância com Gamboa (2007), este estudo adota a compreensão que o tema é uma identificação a posteriori da realização da pesquisa, pois uma investigação se dá em função da busca de respostas para um problema investigativo. O Foco Temático, como categoria de análise, foi sinalizado por Megid-Neto (1999) para agrupar as pesquisas analisadas por ele à época. O Foco Temático permite compreender o que tem sido mais problematizado pelos pesquisadores/as de um campo de pesquisa, constituindo-se assim, um importante indicador analítico (Teixeira, 2008). Portanto, os Focos Temáticos contidos na Tabela 2 consideraram as descrições contidas nos trabalhos de Megid-Neto (1999), Teixeira (2008) e Paranhos (2017).

175

Os dados contidos na Tabela 2 revelam uma ênfase nos focos temáticos relacionados ao professor . A centralidade quantitativa atribuída a este tema é, de certo modo, uma decorrência evidente da finalidade do levantamento, uma vez que a análise se concentra em caracterizar pesquisas que problematizam a formação inicial de professoras de biologia. A Tabela 2, destaca ainda uma predominância quantitativa do tema em tela num tipo de produção (dissertações), indicando um interesse expressivo nesse enfoque temático. Essa concentração não apenas se revela homogênea ao longo da série histórica, de 1993 a 2022, mas também aponta para uma retirada discussão sobre a formação inicial de professores/as de biologia no contexto da pós-graduação.

Tabela 2 : Distribuição da produção por Foco Temático .

Foco Temático* Artigos Dissertação Tese Trabalhos em Eventos
Currículo 6 4 2 1
Ensino 0 6 1 2
Professor 4 23 3 3
Produção Científica 1 0 1 1
Políticas / Programas 1 0 1 1
Total 12 33 8 8

Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados da pesquisa.

Além disso, a análise da Tabela 2 evidencia outro foco temático relevante relacionado ao currículo da formação inicial de professores. Com seis artigos, quatro dissertações e duas teses abordando esse aspecto, destaca-se a importância atribuída à discussão sobre o currículo no contexto educacional. No entanto, vale ressaltar que a tabela também aponta para uma lacuna notável em estudos que exploram os aspectos curriculares e a formação de professores considerando elementos contextuais, como políticas públicas e programas destinados à formação inicial de professores. Essa escassez de estudos nesse domínio específico sugere uma oportunidade para pesquisas futuras explorarem de maneira mais aprofundada as interações entre o currículo , as políticas educacionais e a formação inicial de professores/as de biologia, enriquecendo assim, os campos de conhecimentos Educação e Educação em Ciências.

Ao relacionar a Tabela 2 com a Figura 2, observa-se não apenas a predominância quantitativa do foco temático professor , associada à formação inicial, mas também a necessidade de uma maior atenção às lacunas identificadas, especialmente no que se refere à integração de elementos contextuais nas discussões sobre currículo e formação docente. Essa análise contribui para uma compreensão mais abrangente das dinâmicas e tendências nas pesquisas educacionais no período analisado.

176

Outro aspecto relevante, discutido nos trabalhos encontrados, é que ao longo da história, o papel do professor de ciências foi muitas vezes reduzido a executar tarefas programadas e controladas, sendo preparado para memorizar informações científicas que seriam transmitidas aos estudantes, juntamente com a aplicação de métodos didáticos prescritos por especialistas em educação. A ênfase na formação disciplinar, levou à criação de currículos fragmentados e à especialização de conhecimentos, materiais didáticos e formação de professores (Vianna, 2004).

Posto isso, vale destacar que, até o final dos anos 1970, o aprimoramento do ensino de ciências estava predominantemente associado à disseminação e à popularização do conhecimento científico, de modo que, ainda hoje, o ensino de biologia reflete muitas das ideias que emergiram durante o desenvolvimento científico das décadas de 1950, 1960 e 1970. Estas décadas foram marcadas por uma crença na capacidade da ciência em resolver os problemas enfrentados pela humanidade, embora, de forma contraditória, tenham surgido problemas sociais e ambientais decorrentes das atividades científicas e tecnológicas (Krasilchik, 1998).

5. Considerações Finais

Diante do problema de pesquisa que orientou este estudo sobre a produção científica acerca dos aspectos históricos da formação inicial de professores de Biologia no Brasil, os resultados obtidos revelam nuances complexas e relevantes para o campo de pesquisa educacional. Ao delinear a distribuição ao longo dos anos (1993-2022), identificou-se 61 produções, destacando o ano de 2013 como o pico de publicações. Esta temporalidade evidencia não apenas uma continuidade, mas também a necessidade de atenção às transformações ao longo do tempo na abordagem dessa temática, ressaltando a importância de acompanhar as tendências e mudanças nas pesquisas.

A análise da distribuição geográfica revelou a região Sudeste como epicentro quantitativo da produção acadêmica, enquanto a distribuição por tipos de trabalho apontou para uma diversidade regional significativa, sinalizando diferentes enfoques em distintas partes do país. A assimetria regional destaca não apenas a liderança quantitativa do Sudeste, mas também a importância de considerar as especificidades regionais na construção de políticas e práticas relacionadas à formação inicial de professores de Biologia.

Quanto aos focos temáticos, a centralidade quantitativa no tema "professor" evidencia um interesse expressivo, principalmente em dissertações, indicando a relevância desse enfoque na pesquisa acadêmica. Outro foco temático presente em nossos resultados, é quanto ao currículo da formação inicial de professores, o que aponta para uma lacuna notável em estudos que explorem esses aspectos. Essa lacuna oferece uma oportunidade valiosa para pesquisas futuras se aprofundarem nas interações entre o currículo, as políticas educacionais e a formação docente, enriquecendo assim os campos da Educação e da Educação em Ciências.

A necessidade de uma abordagem mais contextualizada, considerando os elementos citados, destaca a complexidade do cenário educacional brasileiro. Dessa forma, as conclusões deste estudo não apenas oferecem perspectivas sobre a produção científica no período analisado, mas também apontam para direções promissoras para futuras pesquisas, visando contribuir de maneira mais abrangente para o avanço do conhecimento em Educação e Educação em Ciências.

177

6. Referências

ARAUJO, Elias Profeta Ramos de; TOLEDO, Maria Cristina Motta de, CARNEIRO, Celso Dal Ré. A evolução histórica dos cursos de Ciências Naturais na Universidade de São Paulo. Terrae , Campinas – SP, 10(1-2):28-38, 2015. Disponível em: https://www.ige.unicamp.br/terrae/V11/PDFv11/TV11-Elias-3.pdf

AVELAR, Lucas Martins de. O Ensino de Biologia na Educação de Jovens e Adultos: a perspectiva Histórico-Cultural como princípio da organização do ensino aprendizagem. 2022. 351f. Dissertação (Mestrado Acadêmico – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO.

BROCH, Caroline; BRESCHILIARE, Fabiane Castilho Teixeira; BARBOSA-RINALDI, Ieda Parra. A expansão da educação superior no Brasil: notas sobre os desafios do trabalho docente. Avaliação : Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas, v. 25, n. 2, p. 257–274, 2020.

CASQUEIRO, Mayara Lima; IRFFI, Guilherme; SILVA, Cristiano da Costa da. A expansão das Universidades Federais e os seus efeitos de curto prazo sobre os Indicadores Municipais. Avaliação : Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas-SP, v. 25, n. 1, p. 155–177, 2020. DOI: 10.1590/S1414-40772020000100009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/MpxxT5FmyDYkDkWtJZkpygB/# . Acesso em: 17 nov. 2023.

DUARTE, Sérgio Guerra. Dicionário brasileiro de educação . Rio de Janeiro: Antares/Nobel, 1986.

ECHALAR, Adda Daniela Lima Figueiredo; PARANHOS, Rones de Deus; GUIMARÃES, Simone Sendin Moreira. A formação de professores de Biologia no contexto das pesquisas acadêmicas brasileiras. Revista de Educação Pública , Cuiabá-MT, [S. l.], v. 29, p. 1-24, n. jan/dez, 2020. DOI: 10.29286/rep.v29ijan/dez.7985. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/7985 . Acesso em: 17 nov. 2023.

FONSECA, Márcia Souza da; OSÓRIO, Mara Rejane Vieira; GARCIA, Maria Manuela Alves; ARAUJO, Jair Jonko. A oferta de matrículas e cursos de licenciatura presenciais em universidades gaúchas. Educação UFSM , Santa Maria-RS, [S. l.], v. 44, p. e57/ 1–25, 2019. DOI: 10.5902/1984644428556. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/28556 . Acesso em: 17 nov. 2023.

KRASILCHIK, Miriam. Prática de ensino de biologia . São Paulo: Harbra, 1998.

LEMGRUBER, Márcio Silveira. Educação em ciências físicas e biológicas a partir de teses e dissertações (1981 a 1995) : uma história de sua história. 1999. 154p. (Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

LORENZ, Karl. Ciência, educação e livros didáticos do século XIX: os compêndios das Ciências Naturais do Colégio Pedro II. Uberlândia: EDUFU, 2010. 366 p.

MARANDINO, Martha; SELLES, Sandra Escovedo; FERREIRA, Márcia Serra. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos . 1. ed. São Paulo: Cortez, 2009. 215 p.

MOROSINI, Marília Costa; FERNANDES, Cleoni Maria Barboza. Estado do Conhecimento: conceitos, finalidades e interlocuções. Educação Por Escrito , Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 154–164, 2014. DOI: 10.15448/2179-8435.2014.2.18875. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/view/18875 . Acesso em: 18 nov. 2023.

NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de Ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais. Revista HISTEDBR on-line , Campinas, n. 39, p. 225-249, set. 2010. DOI: 10.20396/rho.v10i39.8639728. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639728 . Acesso em: 17 nov. 2023.

MEGID-NETO, Jorge. Tendências da pesquisa acadêmica sobre o ensino de ciências no nível fundamental . 1999. 365p. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

PARANHOS, Rones de Deus. Ensino de Biologia na Educação de Jovens e Adultos : o pensamento político-pedagógico da produção científica brasileira; 2017. 229f. Tese (Doutorado – Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília – DF.

PARANHOS, Rones de Deus ; CARNEIRO, Maria Helena da Silva. Ensino de biologia na educação de jovens e adultos: distribuição da produção científica e aspectos que caracterizam o interesse intelectual de um coletivo de pesquisadores. Revista Contexto & Educação , Ijuí-RS, [S. l.], v. 34, n. 108, p. 269–286, 2019. DOI: 10.21527/2179-1309.2019.108.269-286. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/8540 . Acesso em: 17 nov. 2023.

PHILIPSEN, Thaiana Neuenfeld. O professor biólogo sentidos privilegiados para a formação do licenciado em Ciências Biológicas da UFPel . 2014. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.

178

SANTOS, Maria Cristina Ferreira dos. A higiene, a História Natural e a Biologia na educação escolar: considerações sobre os conhecimentos nos programas de ensino da Escola Normal do Distrito Federal (1904-1946). In: ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA DA ANPUH, 16, 2014, Rio de Janeiro. Anais […]. Rio de Janeiro: Anpuh-Rio, 2014. Disponível em: http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400553480_ARQUIVO_HigieneHistoriaNaturalBiologiaMCFSantos.pdf . Acesso em: 17 nov. 2023.

SANTOS, Maria Cristina Ferreira dos; SELLES, Sandra Lúcia Escovedo. A disciplina escolar História Natural, os livros didáticos e os professores autores na década de 1930: Waldemiro Potsch e os compêndios de história natural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 6, 2011, Vitória. Anais […]. Vitória: UFES, 2011. Disponível em: http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe6/anais_vi_cbhe/conteudo/file/543.pdf . Acesso em: 17 nov. 2023.

SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista brasileira de educação , Rio de Janeiro - RJ, v. 14, p. 143-155, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782009000100012 . Acesso em: 17 nov. 2023.

SENKEVICS, Adriano Souza. A expansão recente do ensino superior. Cadernos de estudos e pesquisas em políticas educacionais , Brasília - DF, v. 3, n. 4, p. 48-48, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.24109/27635139.ceppe.v3i4.4892 . Acesso em: 17 nov. 2023.

SLONGO, Ione Ines Pinsson. A produção acadêmica em ensino de biologia : um estudo a partir de teses e dissertações. 2004. 360p. Tese (Doutorado em Educação). Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

TEIXEIRA, Paulo Marcelo Marini. Pesquisa em ensino de biologia no Brasil [1972 - 2004] : um estudo baseado em dissertações e teses. 2008. 406. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

TEIXEIRA, Paulo Marcelo Marini; MEGID NETO, Jorge. A produção acadêmica em Ensino de Biologia no Brasil – 40 anos (1972–2011): base institucional e tendências temáticas e metodológicas. Revista brasileira de pesquisa em Educação em Ciências , Belo Horizonte - MG, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 521–549, 2017. DOI: 10.28976/1984-2686rbpec2017172521. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4519 . Acesso em: 16 nov. 2023.

VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. A formação de professores na sociedade do conhecimento . 1 ed. Bauru - SP: Edusc, p. 21-54, 2004.

ZOTTI, Solange Aparecida. Sociedade, Educação e Currículo no Brasil: dos Jesuítas aos anos de 1980. 1 ed., São Paulo - SP, v. 4, n. 2, 2002. 242 p.

Notas

1. Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM – UFG); Mestre em Genética e Biologia Molecular (PPGBM/ICB – UFG); Discente do curso de Pedagogia (FE – UFG); Professor de Biologia na Educação Básica.

2. Doutor em Educação (UnB), Professor do Instituto de Ciências Biológicas; do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Pós-Graduação (PPGE) em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM), Universidade Federal de Goiás.

3. É importante destacar que na busca nos eventos ENPEC e ANPED, foram considerados apenas trabalhos completos.

4. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al . The PRISMA 2020 statement : an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71. doi: 10.1136/bmj.n71. Disponível em: http://www.prisma-statement.org/ Acesso em: 02 nov. 2023.

5. Megid-Neto (1999) e Teixeira (2008) sinalizam cinco focos temáticos, saber: a) Currículo; b) Educando; c) Ensino; d) Professor; d) Políticas/Programas. A tese de Paranhos (2017) faz a proposição de mais um foco temático, Produção Científica, como instrumento de análise.