Desenvolvendo Dashboard em Sala de Aula: uma proposição didática para reconhecimento de informações municipais

Resumo: A partir do plano de trabalho desenvolvido no contexto do PROLICEN, intitulado “Representação de gráficos de análise rítmica por meio de dashboards: insumos para a pesquisa e para o ensino de Climatologia”, decorreu a necessidade de abordar a proposição e construção de dashboard nas aulas de Geografia. Considerando que o dashboard representa graficamente diversas informações, percebeu-se o potencial de sua utilização pedagógica. Mediante a realização de oficinas ou atividades em sala de aula, pode-se proporcionar ao escolar essa experiência lúdica para o reconhecimento e a aprendizagem acerca do espaço local (município). Além disso, essa prática pode ampliar as possibilidades do docente em trabalhar com outros temas e conteúdos da Geografia, facilitando a compreensão da espacialização de aspectos do espaço, do local ao global. Apesar de o plano de trabalho sugerir o ambiente informatizado para a proposição de dashboards, sugere-se uma sequência didática baseada na elaboração de dashboard com materiais físicos disponíveis no ambiente escolar, tais como cartolina, folhas de papel, barbantes, alfinete, etc. A partir de pesquisas realizadas no portal IBGE Cidades pelos próprios estudantes, sob a mediação docente, dados e informações referentes à formação histórica, área territorial, população, economia e meio ambiente podem ser adquiridos, apreendidos e representados em um dashboard. Os estudantes podem explorar as formas de representação dos dados no dashboard, por meio de cards, tabelas ou gráficos. Por exemplo: o nome, o gentílico e o ano de fundação do município podem ser indicados em um card, confeccionado em um papel de cor diferente, que pode ser recortado e colado na cartolina. Dados socioeconômicos que apresentam dinâmica no tempo podem ser representados em um gráfico de colunas, desenhado na própria cartolina, ou em um papel de cor diferente e incorporado à mesma. A estrutura da economia (participação da agropecuária, indústria e serviços no PIB) pode ser demonstrada a partir de um gráfico de pizza. As possibilidades são diversas. Importante mencionar que o dashboard pode ser desenvolvido em grupo de estudantes, para exercitar o trabalho colaborativo e o diálogo. Da mesma forma, é interessante oportunizar a apresentação e comparação dos dashboards, de modo a fomentar a apreensão dos dados apresentados pelos estudantes, e oportunizar a aprendizagem sobre o município. Assim, a prática lúdica possuirá significado, não sendo a prática pela prática, mas sim como um mecanismo de aprendizagem. Deve-se pensar que os resultados a serem alcançados vem a depender significativamente do interesse docente e da simplicidade da proposta da atividade, haja vista a complexidade de dados que compõem o dashboard. Há de se considerar também que o trabalho a ser desenvolvido pelos escolares deve ser pensado a partir da proposta de uma sequência didática, que oportunize, a partir de uma problematização, discutir as características da situação problema para, enfim, formular hipóteses e buscar possíveis soluções. Neste contexto, a proposta tem o potencial de aproximar o escolar à sua realidade, através da pesquisa e do tratamento de dados, para permitir a proposição de soluções relacionadas às situações problemas discutidas.

Palavras-chave: Oficina. Insumos Para o Ensino. PROLICEN.