Rousejanny Ferreira
rousedance.ferreira@gmail.com

Giovana Consorte
gi_consorte@yahoo.com.br

Adolescência é Potência: Costuras de uma Pesquisa em Dança pela Perspectiva do Grupo Corpo Composto

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Resumo

Este texto apresenta o norte da pesquisa artístico-pedagógica do grupo Corpo Composto, projeto de dança realizado no Instituto Federal de Goiás – Campus Aparecida de Goiânia desde 2016, majoritariamente com alunos do Ensino Médio Técnico Integrado. As questões que o grupo tem indagado partem de proposições fomentadas pelos adolescentes que se dispõem a estar no grupo, a partir das interfaces com o corpo, a sexualidade, a importância que o sentido coletivo toma nesta fase da vida e as relações conflituosas geradas no espaço escolar. Os caminhos construídos nestes três anos de trabalho partiram principalmente da observação, investigação e proposição de roteiros - popularmente chamado de coreografia - corporais individuais e coletivos a fim de corporificar experiências educativas e artísticas horizontais e, principalmente, detentoras de sentidos para os adolescentes que delas participam. Pensando e vivenciando o corpo como experiência cênica, o grupo já produziu duas pesquisas consolidadas, sendo elas, AdoleSendo (2017) e Q (2018). Pautando-se nos pesquisadores André Lepecki (2017) para discutir planos de composição em dança e atravessamentos políticos e estéticos que o movimento pode ter; e em Luiz Camnitzer (2019) para construir apontamentos fundamentais entre arte, pesquisa e educação como campos que coadunam e constroem juntos uma ética interessada em compreender os pontos de fricção da juventude, traçamos aqui um panorama dos processos, experiências e produções artísticas construídos até o presente momento deixando pistas para possíveis compreensões da potência que pode ser o exercício de instigação e elaboração de danças com e por adolescentes focado, principalmente, no espaço escolar.

Palavras-chave: Pesquisa em Dança. Adolescência. Corpo Composto.

Introdução

Este texto apresenta os caminhos da investigação artística e desencadeamentos para a cena do Corpo Composto - grupo de pesquisa em Dança focado na adolescência do Ensino Médio Técnico Integrado do Instituto Federal de Goiás - campus Aparecida de Goiânia, cidade localizada na região metropolitana da grande Goiânia, capital de Goiás. Pretendemos com este trabalho contribuir com uma discussão mais ampla sobre a pesquisa em Arte/Dança como forma de pensar e expandir conhecimento através da partilha, da cognição e do que seja comum. Ao tratar-se do desenvolvimento de projeto em um solo muito peculiar que é o lugar da Arte na Rede Federal de Ensino, trazemos aqui camadas de aprendizagens que, ao nosso ver, fortalecem ainda mais a necessidade da manutenção e presença da Arte nos currículos e cotidianos das escolas.

O Ensino Médio do IFG – campus Aparecida de Goiânia é constituído por três cursos técnico integrados, sendo eles: Alimentos, Edificações e Química que acontecem em turno integral. Nesta estrutura, a disciplina Arte aparece como obrigatória e rotativa no primeiro ano do currículo onde o aluno tem, a cada bimestre, a experiência com uma das linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. No segundo ano do curso o aluno elege a linguagem que lhe pareça mais atrativa ou curiosa para aprofundar os estudos por um semestre, podendo trocar de linguagem ou manter-se na mesma no semestre conseguinte. A fim de aprofundar os campos investigativos da arte na pesquisa e na extensão, a dança, principalmente, tem traçado um interesse real através de projetos e ações que possam dar a ver a potencialidade dos diversos públicos e contextos que habitam o campus.

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O grupo Corpo Composto nasce como projeto de pesquisa cadastrado na instituição em 2016/01 como continuidade e maturação de uma significativa experiência de projeto de extensão realizado com alunos e comunidade externa no ano anterior. Desde seu início, o grupo tem desenvolvido uma série de experiências e experimentos artísticos significativos na realidade dos adolescentes discentes, fato que tem ressoado sensivelmente em várias camadas do campus – e principalmente no curso de Licenciatura em Dança, sediado no mesmo campus - e mesmo na cidade de Aparecida. Este breve panorama vem apontar as nuances da importância da continuidade e fortalecimento de ações de formativas e investigativas em arte no espaço de ensino e como isso se reverte em combustível para os caminhos da pesquisa apresentada a seguir.

Dançar o Quê?

O fortalecimento das práticas artísticas desenvolvidas como disciplina obrigatória no primeiro e segundo anos dos cursos técnicos integrados, juntamente com uma série de pistas de algumas organizações afetivas/políticas de grupos de alunos do campus, começaram a dar a ver algumas questões sobre os tipos de relações que ascendiam no micromundo IFG - campus Aparecida de Goiânia. Isto é, elas propiciaram com que o corpo discente começasse a observar a si mesmo, assim como os sentidos ou desejos de estar naquele lugar. No cotidiano de nosso fazer docente, observamos como os alunos significavam o espaço comum a partir de uma relação bastante corporal e coletiva, fruto de uma permanência intensa no campus a partir do espaço e o corpo e o corpo no espaço. Percebemos a pulsão adolescência-escola como uma oportunidade ímpar para desenvolver processos artísticos que partam da instabilidade, do caos, do desejo, da intensidade e curiosidade pelo corpo. Dessa forma, corroboramos com o pensamento de Sandra Meyer (2006, p.96), quando a autora pontua que mesmo que a “instabilidade provoque desconforto na maioria das situações cotidianas, parece que é nela que se abrem as possibilidades (ou probabilidades), na natureza como um todo, de se alçar maiores voos criativos”. E nesse movimento rotineiro da escola, os alunos exercitam seu “adolescer” pela mobilidade dos corpos, imaginários e provocações que emergem do próprio contexto.

Na mesma direção, o trabalho corrobora com uma perspectiva que entende a dança como modos de fazer e compreender o mundo ou, dito de outra forma, uma dança concebida a partir de camadas de composição que constroem sentido(s) a um trabalho cênico. Isso se aproxima da ideia que Lepecki apresenta em seu artigo Planos de Composição: dança, política e movimento (2010), que parte do pressuposto de que um objeto estético é ativado em sua construção por diferentes planos que conduzem a composição em processo. De acordo com André Lepecki (2010, p. 119), “A dança vai buscar no corpo a coisa que o corpo sempre foi – amálgama de orgânico e inorgânico, mineral e bicho, cuspe e matéria, opacidade e luminescência, mineral e planta [...] o movimento horizontal em direção à coisa”.

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Tal predileção percorre um caminho diferente de um entendimento de dança (principalmente para grupos iniciantes), que opta pelo caminho de introdução à prática de dança por composição de passos de um vocabulário específico da dança, seguido de uma música – que muitas vezes é a motivadora da ação – e a condução dos processos centrada na figura do professor. Esse é um caminho possível para a construção em dança e não buscamos aqui desmerecê-lo ou minimizá-lo, pois temos ciência da importância de todos esses processos de transformação estética, didática e criativa no estabelecimento da dança como linguagem e área de conhecimento. Queremos apenas – e principalmente – afirmar o direcionamento que esta pesquisa vem tomando desde a sua concepção e seus primeiros resultados vivos como cena artística.

Ainda refletindo sobre os modos de fazer, o que entendemos como “camadas” nos amplia o olhar para as possibilidades da dança que parta do simples ou cotidiano, a sensibilização do toque, o depoimento verbal, o escracho do corpo, as cores, os sons, entre outros dispositivos que instiguem a investigação em dança. Neste sentido, o movimento coreografado, entendido como “passo de dança”, pode estar (ou não) na referida composição, no entanto, ele é apenas uma das camadas, é como uma célula dentro de um organismo muito maior, pois:

Todo objeto estético envolve na sua construção a ativação de pelo menos mais do que um plano de composição. Alguns dos planos de composição que distinguem a dança teatral como modo de fazer arte são: chão; papel; traço; corpo; movimento; espectro; repetição; diferença; energia; gravidade; gozo; conceito. Cada um desses planos não deixa de ser também e sempre um elemento de outros planos. Planos se entrecruzam, se sobrepõem, se misturam, entram em composição uns com outros, se atravessam. Por vezes mesmo se repelem e autonomizam. (LEPECKI, 2010, p. 111).

Assim, partimos do exercício de observação dos cotidianos e da investigação corporal em variadas situações comuns à adolescência como impulsos criativos que se retroalimentam ao longo do processo. Esses corpos em ativação-reflexão de seus espaços de atuação abrem canais de sensibilização para o repensar das normativas do sistema acadêmico, corporal e social em que estamos todos imersos, para dar a ver como podemos ressignificar as relações de poder e ocupação geográfica dos corpos na escola, principalmente fora da sala de aula. Perceber a juventude pelos corredores vazios, intervalos de aula, escritas na parede, mensagens no banheiro, ocupação de pátios e muros, trucos e outros jogos tem sido o principal motor para pensarmos didática e artisticamente caminhos para o impulso da criação em dança especificamente para intérpretes-criadores e plateia jovens. Tudo está ali e pode ter uma escuta político-estética da instabilidade. Instabilidade essa reconhecida na potência da imprecisão e estado de caos que se torna investigar e se dispor em cena como narrador e personagem de seu próprio retrato, de seu próprio chão.

As trocas afetivas com o vivenciar arte na adolescência, impulsionadas com e na dança, despertam questões fundamentais para construir uma visão de mundo mais plural, questionadora e autônoma. Como aponta Thereza Rocha (2016):

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Fomentar no aluno a sua autonomia correlata ao responsabilizar-se por si, significa aceitar como princípio a descontinuidade intrínseca ao ato de aprender implícita na máxima da educação contemporânea que afirma: não é o professor que ensina, mas o aluno que aprende. Nessa descontinuidade, a possibilidade da formação de um criador pensador em dança (ROCHA, 2016, p. 33)

Portanto, nossos experimentos de movimento são construídos de modo a valorizar o potencial criativo dos pesquisadores-artistas, possibilitando um envolvimento mais profundo com o experimentar, produzir e refletir dança. Assim, a ideia de horizontalidade contagia o trabalho para além do que é visto em cena. Como ideia de rede colaborativa e o consequente amadurecimento dos alunos nas esferas profissionais que lhes apetecem, os discentes do ensino médio do próprio campus começaram a compor em tempos distintos, juntamente com a direção docente do grupo, uma equipe que se desdobra entre estar em cena, produção/apoio, sonoplastia, iluminação e maquiagem, experimentando processos transversais da cadeia produtiva da Dança.

Sem dúvida, esse envolvimento foi imprescindível para o amadurecimento do grupo como coletivo artístico que toma conhecimento da rede complexa que é necessária existir para que um trabalho em dança chegue até a cena. Tomar ciência da logística que envolve, desde a escrita da proposta de um projeto de trabalho até a operacionalização da luz de uma cena é importante para nós, como docentes-pesquisadores em dança numa instituição de educação básica, por ser um dos caminhos possíveis para a valorização da dança e da arte como formação profissional e trabalho.

Como isso transborda? Atualmente quatro pesquisadores que passaram pelo grupo cursam Licenciatura em Dança, sendo que três continuam suas pesquisas e produções com o grupo em paralelo à formação docente na área. Aos poucos, esse universo vai ampliando sua rede em direção à docência e à cena artística, através dos espaços de intervenção dos mesmos.

Refletindo sobre as Relações Pesquisa+Dança+Educação

Pensamos a arte como um conhecimento fundamental e de igual relevância em relação a outras áreas. Partimos deste pressuposto justamente para ativar um modo de pensar distinto da produção/reflexão em arte como alegoria ou inutilidade que perambula e insiste em amedrontar as políticas e currículos na educação básica. Dessa forma, compartilhamos em muitos aspectos da ideia do teórico, curador e artista uruguaio Luiz Camnitzer (2017), que traz uma série de contribuições para pensar o lugar da arte na educação e da educação na arte. Segundo o autor, a arte acontece como uma metadisciplina que permite a subversão de ordens, da criatividade como alternativas de aprendizagem. Assim, a dança e o corpo se potencializam por uma pesquisa em arte e educação que dialoguem com os cotidianos e de microuniversos individuais, juntamente com as conexões comuns e partilhadas, tão próprias da escola.

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Camintzer nos provoca a pensar como seria possível gerar sistemas de ordem alternativos que possam ampliar as capacidades cognitivas do ser humano, desviando-se de uma limitação dos sentidos presentes na educação tradicional. Neste contexto, como o corpo, o olhar, os sons, o toque, os cheiros, entre outras associações são capazes dar a ver múltiplas maneiras de comunicar e que, imprescindivelmente devem existir como uma produção concreta e significativa dos alunos. Sobre isso, Camintzer afirma:

O ensino é baseado na transmissão de informações e treinamento. A educação correta, por outro lado, estimula o autodidatismo. Consiste em identificar os mistérios do desconhecido, desmistificando-os e superando-os para enfrentar os novos mistérios (CAMNITZER, 2017, p.22, tradução nossa)

Usando o símbolo de soma (+) para reforçar a necessidade de um trabalho que constrói seu sentido pela agregação de conhecimentos, pesquisa+dança+educação formam uma rede única que transpassa a ação realizada no Corpo Composto e seu espaço de intervenção. A arte e educação agregam mais sentido se trabalhadas em conjunto, e isso quer dizer que, se a ideia da escola é colaborar com a formação de sujeitos pensantes, sensíveis e que possam viver em comunidade, faz-se necessário pensar o que seria uma responsabilidade ética e política das produções que tem sido realizada no espaço escolar. Aqui, destacamos principalmente o que se tem feito com a educação de adolescentes, uma faixa etária extremamente questionadora, curiosa e que, neste limiar entre a infância e a fase adulta, já requer uma elaboração e representatividade para suas questões. Camintzer (2018) diz que a escola atual, mesmo com todos os seus progressos, ainda serve para “treinar gente que funciona e não explorar o potencial criativo que pode ser desencadeado daí”, e neste ponto, incluímos, em certa medida, o modelo educacional aplicado no Ensino Médio Técnico Integrado no campus Aparecida de Goiânia, onde há muito o que avançar para se pensar existências políticas-educativas-corporais-integradoras.

Daí a importância de construir ações que desvirtuem a lógica viigente para friccionar diferentes conduções do processo de aprendizagem. Gerar respostas corporais e artísticas para questões que nos circundam como professores, alunos, artistas e pesquisadores é um traço efetivo e afetivo para a construção de um diálogo honesto com a comunidade escolar e seu redor. Dialogar e construir pela honestidade é reconhecer que a tentativa, o erro, o fracasso são parte deste grande emaranhado que é a própria vida e que, o espaço escolar, a pesquisa, as relações indentitárias e interpessoais também são suscetíveis à diferentes fissuras. Tudo pode ser potencialmente carregado de pulsão, principalmente com adolescentes, que dão demasiada importância às descobertas, relações e frustações ao redor. Numa fase da vida em que borbulham hormônios, oscilação de humor, uma série de incertezas e uma extrema cobrança por parte da escola e da família, abordar essas crises em coletivo pode elucidar partilhas potentes. Sendo assim:

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O rigor dos assuntos acadêmicos que têm aplicação prática é baseado na possibilidade de prestar contas quantitativamente. O protocolo seguido respeita a relação de causa e efeito, a lógica, a repetição de resultados na experimentação e, em geral, um desenvolvimento linear dos procedimentos. De forma circular, o protocolo informa o rigor e rigor informa o protocolo. Na arte, por outro lado, a noção de rigor e responsabilidade baseia-se na inevitabilidade e indispensabilidade, e ambos são impossíveis de traduzir em números. Uma vez que o trabalho ou situação artística existe, o protocolo (ou protocolos) são deduzidos da necessidade de sua existência (CAMNITZER, 2017, p. 23, tradução nossa)

Existir como dança. Criação como ato de existência. O Corpo Composto se presta a produzir éticas mais reflexivas sobre a juventude, a escola, a inconstância e as relações emergentes no contexto da adolescência. Como desencadeamento cênico destes três anos de trabalho, temos dois espetáculos estreados: AdoleSendo (2017) que traz um primeiro experimento sobre os cotidianos escolares juvenis e Q (2018) um trabalho de teatro, que vem como remontagem de obra da Cia Inestable 21 e que trata da relação de um jovem com seu celular, amigos e o processo de transformação da adolescência.

Por uma (In)Conclusão

Inconcluir este texto é uma maneira de deixar as próximas páginas para o por vir como pesquisa em dança, reforçando a importância de se construir outras e novas páginas para as “artes adolescentes” O Corpo Composto é um grupo de pesquisa em constante processo e percebemos que a cada época, novas perguntas surgem, assim como novas camadas de atuação formativa e profissional. A produção de pesquisa em Arte na escola ainda tem muito o que avançar para a efetivação de relações mais transversalizadas e criativamente reflexivas, e por isso seguimos experimentando caminhos para ascender o protagonismo nos processos criativos, estimulando devires artísticos a partir dos sabores da adolescência. Este é o gancho para (des)cobrir as várias camadas da arte que advém do erro, do não saber, da rebeldia, da delicadeza, das microrrevoluções, entre outras intensidades que se dão simplesmente pelo corpo, o movimento e a vida.

Referências

FORTIN, S.; GOSSELIN, P. Considerações metodológicas para a pesquisa em arte no meio acadêmico. ARJ – Art Research Journal / Revista de Pesquisa em Artes, v. 1, n. 1, p. 1-17, 4 maio 2014.

NUNES, Sandra Meyer. O corpo em equilíbrio, desequilíbrio e fora do equilíbrio. Florianópolis: UDESC, 2002. 90-99 p. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101042002090. Acesso em: 15 ago. 2018.

ROCHA, Thereza. O que é Dança Contemporânea? uma aprendizagem e um livro dos prazeres. Salvador: Conexões Criativas, 2016.

LEPECKI, André. Planos de Composição: dança, política e movimento. In: GREINER, C; SANTO, C.E; SOBRAL, S. Cartografia Rumos Itaú Cultural Dança 2009-2010. São Paulo, 2010.

CAMNITZER, Luis. Ni arte ni educación In: Ni arte ni educación. Una experiencia en la que lo pedagógico vertebra lo artístico Grupo de Educación de Matadero Madrid Los Libros de la Catarata, 2017.

_________________. Conferencia: El museo es una escuela, 2018.Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RpgTd3cMhzw. Acesso em: 01 jun. 2019.

Notas

1. Graduada em Educação Física pela UEG; Especialista em Filosofia da Arte pela IFITEG/UEG e Pedagogias da Dança - PUC-GO. Mestre em Performances Culturais - UFG. Desde 2013 é professora do Instituto Federal de Goiás. Dirige, junto com Giovana Consorte, o Grupo de Pesquisa Artística Corpo Composto. É pesquisadora do núcleo (In)Comum: grupo de pesquisa em Arte, Educação, Profissionalização e Comunidades – Cnpq

2. Bailarina, professora e coreógrafa. Mestra em Educação Ambiental pela FURG. Especialista em Metodologia do Ensino de Artes pela UNINTER. Graduada em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande em 2009. Coreografou e produziu espetáculos e diversas performances atuando desde 2003. Professora do curso de Licenciatura em Dança do IFG. É pesquisadora do núcleo (In)Comum: grupo de pesquisa em Arte, Educação, Profissionalização e Comunidades – Cnpq

3. La enseñanza se basa en la transmisión de información y el entrenamiento. La educación correcta, en cambio, estimula el autodidacticismo. Este consiste en identificar los misterios de lo desconocido, desmitificarlos y superarlos para entonces enfrentar los nuevos mistérios.

4. El rigor de las materias académicas que tienen una aplicación práctica se basa en la posibilidad de rendir cuentas cuantitativamente. El protocolo que se sigue respeta la relación de causa y efecto, la lógica, la repetición de resultados en la experimentación y, en general, un desarrollo lineal de los procedimientos. En forma circular el protocolo informa al rigor y el rigor informa al protocolo. En arte, en cambio, la noción de rigor y la rendición de cuentas se basan en la inevitabilidad y la indispensabilidad, y ambos son imposibles de traducir en números. Una vez que la obra o situación artística existe, el protocolo (o los protocolos) se deducen de la necesidad de su existência.

5. A produção do espetáculo Q foi possível pela assinatura de um convênio entre o Instituto Federal de Goiás e a Aula Municipal de Lleida (Espanha). A partir disso, e de outros esforços, foi possível viabilizar a vinda ao Brasil do professor Antônio Gomez que dirigia, à época, a Cia Inestable 21.