Carlete Fátima da Silva Victor (SEDUC – GO)
carlete.fatima@seduc.go.gov.br

Dllubia Santclair Matias (SEDUC - GO)
dllubia.matias@seduc.go.gov.br

Considerações Teóricas no DC-GO sobre o Ensino de LI para Crianças

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Resumo

Este artigo objetiva analisar os pressupostos teóricos que norteiam o ensino de LI para o Ensino Fundamental Anos Iniciais. O estudo se justifica por considerar a relevância da ação pioneira no país, em que representantes da Secretaria do Estado de Educação (SEDUC-GO) em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME-GO) desenvolve dentro do Documento Curricular para Goiás (DC – GO) uma seção específica para abordar os princípios que perpassam o ensino e aprendizagem desse idioma para crianças. Esse documento foi construído a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que direciona para a construção de uma educação integral voltada ao acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno de todos, com respeito às diferenças e enfretamento à discriminação e ao preconceito. Embasa na teoria sociointeracionista (VYGOTSKY, 1998) e no conceito de dialogismo (BAKHTIN, 1979). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica e análise documental. Os resultados mostram que além de inovadora a proposta contempla a integração de habilidades linguísticas às dimensões interculturais. Outro aspecto relevante identificado consiste em considerar ações pedagógicas de acordo com o desenvolvimento cognitivo e emocional da faixa etária, propondo atividades baseadas na ludicidade e brincadeiras. Essa visão coaduna com a perspectiva de que ao iniciar o contato com a língua inglesa nos anos iniciais, a criança pode ter acesso a um mundo imaginário, que estimula seus pensamentos criativos para encontrarem sentido nas estruturas comunicativas as quais são utilizadas enquanto aprendem. Assim, com a implementação do DC-GO, a sala de aula de língua inglesa pode deixar de ser a estrutura ou o léxico da língua para promover um cenário de interações linguísticas contextualizadas, oportunizando as crianças um contato com diferentes culturas, que possibilita reflexões sobre sua própria cultura.

Palavras-chave: Ensino de LI. DC-GO. Crianças.

Introdução

Estudos da Linguística Aplicada comprovam a inserção do ensino de língua inglesa (doravante LI) no Ensino Fundamental Anos Iniciais nos sistemas educacionais brasileiros. Essa realidade é também notada no estado de Goiás seja em escolas públicas ou em privadas. Apesar desse fato, o contexto educacional se depara com uma carência nas políticas públicas e nos programas de formação de professores, observando uma fragilidade no seu desenvolvimento. Desse modo, faz-se necessário estudos que busquem analisar o ensino de LI nessa etapa por meio do entendimento do primeiro documento norteador para o ensino de LI no Ensino Fundamental Anos Iniciais, o Documento Curricular para Goiás (DC-GO).

Assim, ressalta-se o fato da LI, tanto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) quanto no DC-GO, ser vista a partir da concepção de língua franca, deixando de ser o idioma do “estrangeiro”, “pertencente” a países hegemônicos, cujos falantes são considerados modelos a serem seguidos, para criar vínculos com todas as nações mundiais com o acolhimento e legitimação de diversos repertórios linguísticos e culturais. Seidlhofer (2001, p. 46) define a línguafranca como um sistema linguístico adicional que serve como meio de comunicação entre falantes de diferentes línguas maternas, ou uma língua pela qual os membros de diferentes comunidades de fala podem se comunicar entre si.

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Outro aspecto relevante que norteou o ensino de LI no DC-GO, no Ensino Fundamental Anos Iniciais, consiste na presença de discursos multiculturais e democráticos para a progressão de uma educação integral voltada ao acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno de todos os alunos, respeitando às especificidades de cada criança e promovendo o confronto contra a discriminação e o preconceito.

Ao considerar o ensino de LI para crianças como um processo que oportuniza a criticidade voltada para o exercício da cidadania ativa, pode desenvolver um aprendizado que permita uma compreensão linguística voltada para as expressões interculturais e para o reconhecimento da diversidade racial, cultural, socioeconômica, política e religiosa, a partir da reflexão sobre as práticas sociais de linguagem.

Além disso, é importante que os temas tratados em sala de aula se relacionem com a realidade dos estudantes, para propiciarem a expansão de suas perspectivas, ampliarem sua compreensão da interculturalidade e serem analisados historicamente, relacionados ao contexto social mais amplo. Enfim, precisam ser problematizados para que os estudantes possam desenvolver uma maior consciência e valorização da própria cultura e da cultura do outro. Para tanto, o foco da sala de aula deixa de ser a estrutura, ou o léxico da língua, e passa a ser a prática de recursos linguísticos que permitem a construção de repertórios linguísticos sobre diferentes temas de relevância social.

Dessa maneira, destaca-se que o texto escrito perde espaço em sala de aula, já que outras formas de construção de significado têm-se tornado cada vez mais relevantes diante da multiplicidade de linguagens, mídias e tecnologias da informação e comunicação que caracterizam a sociedade atual. Como exemplo dessas formas de construção de significado, têm-se a visual, a sonora, a gestual, a espacial e a multimodal, sendo esta última a mais significativa pelo fato de integrar várias dessas formas. Nesse contexto, diferentes saberes e formas de aprender línguas, que vão além de práticas que focalizam o texto escrito e a gramática, se fazem necessários. Esses saberes, por sua vez, são pautados pelo conhecimento que os estudantes trazem dessas novas linguagens e buscam fomentar a criticidade em relação a elas e às práticas sociais.

Diante de tudo isso, nota-se que diversos fundamentos teóricos norteadores do DC-GO são responsáveis por possíveis modificações significativas na prática pedagógica de professores e no processo de aquisição de LI dos estudantes. Dessa maneira, este artigo tem como objetivo elucidar essas teorias para fortalecer o ensino de LI no estado de Goiás. Esse estudo se pauta em uma análise bibliográfica e documental, no entendimento da pesquisa qualitativa e nos permite compreender concepções teóricas que validam o aprendizado de LI para crianças.

Fundamentos Teóricos que Perpassam o DC-GO No Ensino Fundamental Anos Iniciais

Durante o Ensino Fundamental Anos Iniciais, a escolase caracteriza como um lugar encantador e alegre, em que a criança é convidada a aprender de forma lúdica e prazerosa. Para tanto, observa-se que o ensino de LI deve seguir os mesmos princípios, privilegiando a aquisição de conhecimento a partir de uma aprendizagem significativa, visto que esta se relaciona intimamente com os conhecimentos prévios que as crianças trazem para a sala de aula por meio de suas vivências.

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As interações sociais realizadas no ambiente escolar podem ser desenvolvidas por meio de atividades lúdicas que estimulem o aspecto socioemocional e cognitivo das crianças. Desse modo, cabe ao professor o papel de mediador de conhecimentos para que elas se sintam motivadas para adquirirem a LI, uma vez que esse idioma se faz presente na vida social delas, tais como em músicas, filmes, brinquedos, entre outros.

Dessa forma, constata-se que a proposta de ensino e aprendizagem de LI, no DC-GO, perpassa fundamentos da teoria sociocultural de Vygotsky (1998), visto que para adquirir uma língua a criança depende do modo como a sua participação ocorre em interações sociais e em atividades culturais, sendo que estas influenciam seu desenvolvimento cognitivo e emocional.Isso pode ser observado nas orientações sobre o desenvolvimento das habilidades apresentadas no DC-GO.

Quadro 1. Língua Inglesa- 1º ano. Fonte: DC – GO, p. 133, 2018

Observa-se no eixo da oralidade, previsto para o 1º ano do Ensino Fundamental, uma proposta de interação discursiva que se embasa nos princípios vygotskyanos, uma vez que propõe o favorecimento de construções de laços afetivos no convívio social.

Esse aspecto abordado se refere a importância de o professor oportunizar interações comunicativas na sala de aula, pois elas têm, segundo o autor, uma função no processo de ensino, na medida em que o professor usa a língua para se comunicar com a criança e para orientá-la na execução das tarefas.

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Outro ponto na proposta pedagógica para o ensino de LI no DC-GO consiste na compreensão linguística voltada para as expressões interculturais e para o reconhecimento da diversidade racial, cultural, socioeconômica, política e religiosa, a partir da reflexão sobre as práticas sociais de linguagem. O documento destaca a importância de a criança ter contato com o inglês em atividades que envolvam a ludicidade, brincadeiras, teatro e dramatização de contos literários, contação de histórias, visto que estas ações permitem que as crianças participem ativamente na construção do conhecimento. E, são essas interações sociais que podem favorecer a aquisição da linguagem, uma vez que o desenvolvimento linguístico das crianças ocorre primeiramente no social para depois ser internalizado (VYGOTSKY, 1998).

Quadro 2. Língua Inglesa- 3º ano. Fonte: DC – GO, p. 137, 2018

No Quadro 2, nota-se um destaque para as Dimensões Interculturais, haja vista que ao longo dos anos há um eixo específico que se articula às demais habilidades linguísticas. O exemplo recortado mostra uma proposta em que o inglês no mundo deve se conectar a presença desta língua no cotidiano das crianças por meio de histórias infantis. Desse modo, deve-se considerar no ensino de LI para crianças a compreensão da sua cultura e de outras, favorecendo o respeito às diferenças culturais.

Seguindo esta perspectiva, é relevante o fato desse ensino se pautar na valorização da língua como prática social. Dessa maneira, o professor tem como objetivo oportunizar às crianças experiências pedagógicas que lhes possibilitem conhecer, compreender, aplicar, analisar, avaliar, criar e vivenciar diversas práticas sociais e culturais em LI, permitindo-lhes reconhecimento e valorização de diferentes grupos culturais. Assim, o ensino de inglês pode propiciar reflexões sobre as relações entre língua, identidade e cultura, como também o desenvolvimento de competências interculturais e plurilinguistas.

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As práticas pedagógicas vivenciadas pelas crianças nessas interações sociais se inserem em um cenário dialógico. Essa dialogicidade é relevante para o engajamento delas com a comunidade que as circunda. Bakhtin (1979) defende que a natureza dialógica da linguagem aparece como um movimento constante de contraposição e eventual hibridização entre o individual e o social que permeia as relações humanas, constituindo o sujeito e a realidade. Isso acontece a partir das interações verbais (oral e escrita) imersas em um processo de constituição e ruptura entre o Eu e o Outro, característica marcante do dialogismo que permite ao indivíduo ter consciência do seu ato sociocultural e ideológico. Seguindo essa perspectiva, compreende-se que as crianças se formam a partir da inter-relação constante entre o histórico e o presente, orientado entre o individual e o social.

Assim, o referido autor afirma que não se pode compreender a aquisição de uma língua sob o prisma puramente linguístico (aspecto semântico e estrutural), uma vez que isto significa excluir a intencionalidade do sujeito no processo comunicativo. Significa, ainda, afastar de o sentido enunciativo da linguagem, visto que as interações sociais, em todos os domínios, ocorrem entre sujeitos cultural e historicamente constituídos por meio da linguagem. Nesse sentido, o DC-GO traz certo avanço para a melhoria do ensino de LI, uma vez que propõe a articulação dos eixos (Oralidade, Leitura, Escrita, Conhecimentos Linguísticos e Dimensão Intercultural) baseado na interculturalidade com a finalidade de formar cidadãos críticos e autônomos.

Diante desses pressupostos teóricos de interação comunicativa e dialógico, é necessário que os professores proponham ações pedagógicas voltadas para situações relevantes para a realidade das crianças, ou seja, baseadas em brincadeiras e em atividades lúdicas.

Ludicidade, Brincadeiras e o Ensino de Língua Inglesa para Crianças

A ludicidade e as brincadeiras devem permear as ações pedagógicas para oportunizar momentos de descontração e prazer no ambiente escolar, com o intuito de transformar a aula de língua inglesa mais envolvente e adequada ao seu desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. Dessa forma, elas podem se considerar em parte do processo ao perceberem que o processo de aprendizagem acontece a partir de experiências agradáveis ao interagirem com seus pares e/ou com o professor.

De acordo com Vygotsky (1998), a progressão psicológica da criança acontece por meio dessa interação com crianças mais experientes e com adultos/professor. Ao analisar o desenvolvimento psicológico da criança, o autor define a Teoria de Desenvolvimento Proximal (ZPD) como:

[...] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1998, p.112)
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Observa-se, desse modo, que o lúdico e a brincadeira são instrumentos relevantes para o aprendizado de LI, pois ao usar ações pedagógicas que envolvem a ludicidade e o ato de brincar, o professor está mediando a relação entre a criança e o saber que este já carrega consigo. Assim, ele precisa proporcionar situações discursivas em que a língua pode se tornar significativa, encorajando e aumentando a cooperação entre as crianças que podem, a partir da ZDP, construir o seu próprio conhecimento e alterar a sua estrutura cognitiva ao se apropriar de novas experiências.

Vygotsky (1998) afirma que a brincadeira oportuniza às crianças uma nova forma de desejar que se articula a um eu fictício, ao seu papel na brincadeira e suas regras. Sabe-se que o desenvolvimento das crianças é determinado pela ação na esfera imaginativa, pela criação de intenções voluntárias, pela formação de planos da vida real e pelas motivações.

Ao se fundamentar pelo pensamento vygostkiano para verificar a importância das brincadeiras em sala de aula de LI para crianças, Baron (2002) ressalta o aspecto presente, vivencial e subjetivador dessas atividades. Segundo a autora,

(...) ao brincar, o sujeito ensaia, treina, aprende, se distrai, sim; mas se constrói: afirma, assimila, reorganiza, descobre e inventa suas formas de enfrentar os enigmas, os desafios, as oportunidades e as imposições que a vida lhe apresenta. Além do mais, este é um acontecimento que se dá, necessariamente, na presença de um outro e a importância dessa presença – física ou internalizada – é um aspecto fundamental a ser considerado. (BARON, 2002, p.56)

De acordo com esta linha de pensamento, o DC-GO propõe um ensino de LI para crianças baseado na ludicidade e no ato de brincar, uma vez que são atividades humanas criadoras de aprendizagens na infância, em que a imaginação, a fantasia e a realidade relacionam-se com o intuito de produzir novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças. É por meio das vivências lúdicas, com jogos, brincadeiras que envolvem cantar, desenhar, recitar, entre outras, que as crianças iniciam o processo de agenciamento social.

Seguindo essa perspectiva, o professor, ao planejar as atividades pedagógicas, deve se atentar que a construção de uma aprendizagem significativa é pautada em conhecimentos já existentes; conceitos reais; conteúdos apresentados através de histórias, cantigas, poemas, brincadeiras de roda, entre outros; e, principalmente, nos interesses das crianças, possibilitando-lhes a expressão do seu próprio universo.

Ademais, o ensino de LI, segundo o DC-GO, faz parte da educação integral do aprendiz e se relaciona com as demais áreas da fase educacional em que a criança se encontra. Esse ensino é mediado por uma variedade cultural que permite a apropriação contínua e gradativa da linguagem. E, também se beneficia das atividades lúdicas e respeita os ritmos diferentes de desenvolvimento das habilidades das crianças. Desse modo, faz-se necessário que o professor tenha consciência que diferentes saberes e formas de aprender línguas vão além de práticas que focalizam o texto escrito e a gramática. Esses saberes, por sua vez, são pautados pelo conhecimento que as crianças trazem dessas novas linguagens e buscam fomentar a criticidade em relação a elas e às práticas sociais.

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Considerações Finais

Este artigo apresenta os fundamentos teóricos que perpassam o DC-GO, documento baseado na BNCC. Para tanto, apresentamos pontos relevantes da teoria sociocultural (VYGOSTKY, 1998) bem como da natureza dialógica da linguagem (BAKHTIN, 1979), relacionando-os com o ensino de língua inglesa para crianças. Além disso, articulamos algumas considerações teóricas sobre a ludicidade e as brincadeiras nas aulas durante esse período escolar.

A análise dos pressupostos teóricos evidenciados na proposta do DC-GO nos permite compreender que o ensino de LI para crianças pode avançar na medida em que possibilita a ressignificação de discursos de que a aula de língua inglesa deve se pautar pela estrutura ou o léxico da língua ao favorecer um cenário de interações linguísticas contextualizadas, oportunizando as crianças um contato com diferentes culturas, que possibilita reflexões sobre sua própria cultura.

Referências Bibiográficas

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BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1979.

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TEIXEIRA, C. E. J. A Ludicidade na Escola. São Paulo: Loyola, 1995.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Notas

1. Pesquisadora e Professora de Língua Inglesa da Secretaria de Estado da Educação de Goiás. Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Goiás (2003); especialização em Língua Inglesa (UniEvangélica) e LIBRAS(Faculdades Integradas de Jacarepaguá); mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2010). Atualmente é Redatora e Formadora de Língua Inglesa ProBNCC.

2. Pesquisadora e Professora de Língua Inglesa da Secretaria de Estado da Educação de Goiás. Atua na equipe do Centro de estudos, pesquisa e formação dos profissionais da educação. É mestre em Educação, Linguagem e Tecnologia pela Universidade Estadual de Goiás-UEG.

3. O processo de construção do DC-GO aconteceu em regime de colaboração entre a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Goiás (UNDIME-GO) e Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) aqui representado pela Secretaria Estadual de Educação de Goiás (SEDUC-GO) e faz parte do processo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O DC-GO foi homologado no dia 06 de dezembro de 2018 pelo Conselho Estadual de Educação (CEE).

4. A BNCC foi homologada em dezembro de 2017 e define as aprendizagens essenciais que os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica.

5. De acordo com a BNCC, a educação integral representa a opção por um projeto educativo integrado, em sintonia com a vida, as necessidades, possibilidades e interesses dos estudantes. Um projeto em que crianças, adolescentes e jovens são vistos como cidadãos de direitos em todas as suas dimensões. Não se trata apenas de seu desenvolvimento intelectual, mas também do físico, do cuidado com sua saúde, além do oferecimento de oportunidades para que desfrute e produza arte, conheça e valorize sua história e seu patrimônio cultural, tenha uma atitude responsável diante da natureza, aprenda a respeitar os direitos humanos e os das crianças e adolescentes, seja um cidadão criativo, empreendedor e participante, consciente de suas responsabilidades e direitos, capaz de respeitar as diferenças e a promover a convivência pacífica e fraterna entre todos (BRASIL, 2017).

6. Segundo Ausubel (1973), a Aprendizagem Significativa é o procedimento pelo qual um novo conhecimento se associa de forma não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do estudante, de modo que o conhecimento prévio do aluno interage, de forma significativa, com o novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando transformações em sua estrutura cognitiva.

7. Segundo a BNCC, os eixos são os elementos organizadores propostos para o componente de Língua Inglesa.