Ana Laura Brasil Peralta (UFG)
jadirueg@gmail.com

Carla Ramirez Albuquerque Barbosa (UFG)
danielguirraone@gmail.com

Metodologia da Problematização: uma opção didática para trabalhar a disciplina de diversidade, cidadania e direitos

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Resumo

No contexto educacional brasileiro, os debates acerca da crise nos processos de ensino-aprendizagem e da necessidade de mudanças na educação básica, vêm associados à premência de modificações na formação inicial de professores. No enfrentamento dos desafios, está se desenvolvendo a compreensão de que as intervenções que tornam possível a inovação nos cursos de formação envolvem a busca de novas abordagens curriculares e propostas de metodologias ativas. A metodologia da problematização possibilita a participação ativa do estudante na construção significativa do conhecimento. Constitui-se em um método de resolução de problemas que estimula o raciocínio, a exploração lógica dos dados e a generalização, priorizando o desenvolvimento de habilidades intelectuais dos discentes e docentes evolvidos nesse processo. O presente relato constitui parte de uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva com o objetivo de apresentar vivencias da metodologia de problematização em disciplinas do Ensino Superior. Participaram 90 estudantes do primeiro e sétimo períodos dos cursos de História, Letras e Pedagogia do Campus Formosa da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus Formosa. A pesquisa tem sido desenvolvida com o suporte dos pressupostos teóricos metodológicos desenvolvidos pela professora Neusi Berbel. Foi organizada uma sequência de atividades inspiradas nos princípios da metodologia da problematização e na sua transposição para o cotidiano dos discentes dos períodos iniciais e finais dos cursos em questão. Os discentes depararam-se com uma proposta de ensino-aprendizagem reflexivo e desafiador em contatos diretos com sua realidade concreta, privilegiando a investigação, estruturação/sistematização dos dados da pesquisa realizada no seu ambiente de formação. O comprometimento/envolvimento dos discentes otimizou tanto os processos de investigação, como de reflexão e discussão dos temas estudados. Enfim, verificou-se que a metodologia de problematização apresenta-se como uma alternativa consistente para a aprendizagem e a construção da identidade profissional docente.

Palavras-chave: Metodologia da problematização. Pedagogia. Ensino Aprendizagem.

Introdução

O presente relato de experiência resulta de um trabalho especifico de aplicação da metodologia de problematização na Universidade Estadual de Goiás - Campus Formosa, na disciplina de Diversidade Cidadania e Direitos com a participação de 3 professores com formação acadêmica diferente (História, Química e Educação) e 90 estudantes. Cada docente com sua formação específica, mas com o desafio de formar professores para os anos iniciais do ensino fundamental e de buscar inovações no ensino superior capazes de alcançar a educação básica. Uma das preocupações dos professores foi recuperar os passos do método cientifico na prática dos estudantes, considerando a metodologia da problematização como o arco de Maguerez, conforme proposto por Neusi Berbel (1995, 1998, 2012,) aplicado e explicado por Bordenave e Pereira (2010).

Para Masetto (2017) a inovação no ensino superior sempre é provocada por um problema ou uma necessidade, uma carência diagnosticada na formação dos profissionais, para a qual o currículo existente já não apresenta respostas adequadas. Na mesma direção, Bacich e Moran (2018), observam que as metodologias ativas abarcam uma concepção dos processos de ensino-aprendizagem centrada na participação direta dos estudantes na construção de novos saberes, a partir da utilização de diferentes estratégias organizadas de acordo com o ritmo, estilo e tempo dos alunos.

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Nesse sentido, destacamos que Anastesiou (2015) argumenta que o “conhecer” seria resultante de uma decisão interna, pessoal e voluntária do estudante que se assume como sujeito de seu aprendizado, essa atitude implica em compromisso, responsabilidade e disciplina, condições elementares para aplicação das metodologias ativas. Da mesma forma, segundo a mesma autora, o “ensinar”, por sua parte, constitui uma ação profissional do docente, mediando os saberes e desafios específicos dos cursos de formação de professores.

Metodologia

Esse relato de experiência pretende historicizar, em um primeiro momento, a inserção da metodologia de problematização em disciplinas do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus Formosa. O trabalho efetivamente iniciou-se em 2016 com a disciplina de Conteúdos e Processos do Ensino de Ciências para os alunos do 4º ano do curso de Pedagogia e Psicologia da educação para o 1º ano. Em 2017/1 o trabalho foi ampliado em mais três disciplinas no 1o semestre e mais três no 2º semestre, conforme descrito no quadro 1. Em 2018 acrescentou-se a disciplina de Diversidade, Cidadania e direitos às já existentes (Conteúdos e processos do ensino de Ciências, História e matemática).

Quadro 1 - Disciplinas do curso de pedagogia trabalhadas com a metodologia da problematização.
Fonte: dados organizados pelos professores.
2016/1 2016/2 2017/1 2017/2 2018/1
1. Conteúdos e Processos do Ensino de Ciências. 1. Psicologia da Educação 1. Conteúdos e Processos do Ensino de Ciências 1. Psicologia da Educação 1. Conteúdos e Processos do Ensino de História
2. Conteúdos e Processos do Ensino de História 2. Educação e Diversidade 2. Conteúdos e Processos do Ensino de Matemática
3. Conteúdos e Processos do Ensino de Matemática 3. Conteúdos e Processos do Ensino de História 3. Conteúdo e Processos do Ensino de Ciências
4. Diversidade Cidadania e direitos

Desde o ano de 2016 já participaram quase 500 estudantes do 1º 3º e 4º anos do curso de pedagogia. A carga horária de todas as disciplinas é de 72 horas com todas as aulas na modalidade presencial no período matutino e todas do curso de pedagogia. O planejamento das disciplinas foi feito em conjunto pelos três professores das respectivas disciplinas. Na apresentação do programa de Ensino e em boa parte das aulas os três professores atuaram conjuntamente, trabalhando os fundamentos das disciplinas e participando ativamente das discussões e encaminhamentos das atividades para os estudantes. Nessas condições, destacamos os fundamentos da disciplina “Diversidade, Cidadania e Direitos” e os pressupostos teóricos e metodológicos que estruturam os conteúdos da disciplina.

Segundo Moreira e Candau (2008), as práticas escolares estão em constante processo de reinvenção do fazer pedagógico, pois não é possível desvincular as questões culturais e as diferenças existentes na comunidade escolar da sociedade como um todo, assim

Existe uma relação intrínseca entre educação e cultura (s). Estes universos estão profundamente entrelaçados e não podem ser analisados a 1 não ser a partir de sua íntima articulação. No entanto, há momentos históricos em que se experimenta um descompasso, um estranhamento e mesmo um confronto intenso nestas relações (MOREIRA e CANDAU, 2008, p. 13 e 14).
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Portanto, a diversidade se manifesta na sociedade de maneira ampla, conforme o dicionário Aurélio (2009), a palavra diversidade tem como definição: “diferença, dessemelhança, divergência, caráter do que, por determinado aspecto, não se identifica com algum outro, multiplicidade de coisas diversas” (p. 693).

De acordo com Gusmão (2000, p.12), “[...] o diferente e a diferença são partes da descoberta de um sentimento que, armado pelos símbolos da cultura, nos diz que nem tudo é o que eu sou e nem todos são como eu sou”. Visto que, cada indivíduo possui singularidades e peculiaridades, as diversas particularidades caracterizam os seres humanos enquanto sujeitos de uma relação de alteridade.

Sobre esse assunto, Moreira e Candau observam que,

A diversidade na educação é ambivalência, porque é desafio a satisfazer, realidade com a qual devemos contar e problema para o qual há respostas contrapostas. É uma chamada a respeitar a condição da realidade humana e da cultura, forma parte de um programa defendido pela perspectiva democrática, é uma pretensão das políticas de inclusão social e se opõe ao domínio das totalidades únicas do pensamento moderno (MOREIRA e CANDAU, 2008, p. 14).

Em suma, muitas foram as discussões no Brasil acerca da inclusão social, principalmente após a Nova Constituição Federal da República (1988), que apresenta como premissa básica a necessidade de:

Quebrar velhos paradigmas, mostrando que todos são diferentes, porém, iguais perante as leis, e que não é a deficiência que determinará o passado, o presente e o futuro de uma pessoa. Respeitar e saber lidar com as diferenças são fatores indispensáveis para o exercício da cidadania (PORTO e OLIVEIRA, 2010, p. 09).

No mesmo sentido, a Constituição Federal de 1988, assegurou uma série de direitos com o objetivo de superar as diferenças e promover a inclusão Social. Porto e Oliveira (2010), afirmam que a inclusão questiona as estruturas escolares do ensino e as práticas pedagógicas, defendendo a premissa básica de não deixar nenhum aluno fora da escola, sem o direito de ser respeitado e ter suas necessidades consideradas.

Discussão Teórica

Romper com o paradigma da fragmentação do ensino na educação básica, ensino médio e superior é uma preocupação de muitos educadores. No âmbito do ensino superior, os professores universitários e toda a estrutura da universidade devem atuar no sentido de superar modelos historicamente fundados no modelo tradicional de ensino-aprendizagem. Nessa mesma, linha Masetto observa que “o conhecimento que se exige hoje do profissional é um conhecimento interdisciplinar, que integre áreas de conhecimentos, ciências, novas pesquisas, diferentes perspectivas.” (MASETTO, 2017 p. 6). Já Carvalho e Águas (2015) uma reestruturação dos conhecimentos acadêmicos não só no Brasil, mas em toda a América Latina, trata-se de uma perspectiva pedagógica que integra o pensar, o sentir e o fazer. Nesse sentido, as “Metodologias ativas em si mesmas e por si mesmas não fazem a diferença. Fazem a diferença quando usadas em função de objetivos adequados, de modo eficiente e eficaz e trabalhadas por professores preparados para tal”. (MASETTO, 2017, p. 5).

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Ainda segundo Masetto (2017), a inovação representa um trabalho de equipe, onde um grupo de professores, estudantes e gestores se comprometam com mudanças urgentes nos cursos de graduação, propondo um projeto de currículo que seja efetivamente inovador. Na sociedade contemporânea a inovação está associada ao desenvolvimento social e econômico da sociedade e a universidade deveria desempenhar um papel importante nesse cenário. A implementação de metodologias ativas e em especial a metodologia da problematização é relevante para consolidar práticas pedagógicas inovadoras, favorece e proporciona o trabalho com princípios relativos à abordagens interdisciplinares do conhecimento, desenvolvimento da autonomia, articulação teoria e prática, restringindo a fragmentação das disciplinas, dentre outros, ou ainda parafraseando Carvalho e Aguas (2017) “seria uma perspectiva que integra o pensar, o sentir e o fazer”.

Trata-se de um método de resolução de problemas que estimula o raciocínio, a exploração lógica dos dados e a generalização, ou seja, prioriza o desenvolvimento de habilidades intelectuais e a aquisição de conhecimentos. Consiste em problematizar a realidade, em seus pontos de partida e de chegada: “Efetiva-se através da aplicação à realidade na qual se observou o problema, ao retornar posteriormente a essa mesma realidade, com novas informações e conhecimento” (COLOMBO; BERBEL, 2007, p. 125).

Para que seja possível compreender a articulação entre a Diversidade, Cidadania e Direitos se faz necessário, inicialmente, investigar o conceito de cidadania e a sua relação com os direitos sociais e, na mesma direção, identificar a responsabilidade do aparelho estatal no que diz respeito às condições em que vive a sociedade. Nesse sentido, Figueiredo et al observa que:

Ao refletirmos sobre o tema em discussão, primeiramente associamos cidadania ao direito ao voto, porém percebemos que esta não se reduz apenas à questão política. Ela também consiste na preservação das necessidades humanas básicas, tais como a manutenção da saúde, o oferecimento de condições dignas de moradia, alimentação, educação e saneamento básico. (FIGUEIREDO et al., 2009, p. 285)

Assim, pode-se afirmar que a cidadania abrange muito mais do que ter acesso a direitos políticos, mas para que isso ocorra é necessário que os cidadãos conheçam os direitos sociais previstos na Constituição Federal (1988). Dessa forma, é preciso considerar a relação entre a Diversidade, Cidadania e Direitos no que se refere à saúde pública, objetivando ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição sociopolítica. Isto posto, podemos concluir que a cidadania decorre da participação ativa da sociedade em todas as atividades e decisões relativas a sua vida social. Da mesma forma, quando consideramos como a representação social se constitui em um instrumento que condiciona as pessoas a reconhecer os privilégios daqueles que são detentores de uma condição socioeconômica acima da média. Nesse caso, Moscovici (2007) esclarece que:

Além de ilustrar o papel e a influência da comunicação no processo da representação social, ilustra também a maneira como as representações se tomam senso comum. Elas entram para o mundo comum e cotidiano em que nós habitamos e discutimos com nossos amigos e colegas e circulam na mídia que lemos e olhamos. Em síntese, as representações sustentadas pelas influências sociais da comunicação constituem as realidades de nossas vidas cotidianas e servem como o principal meio para estabelecer as associações com as quais nós nos ligamos uns aos outros. (MOSCOVICI, 2007, p. 8)
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Nesse sentido, o autor observa que as representações sociais expressam a influência e o poder de algumas pessoas, reforçando e legitimando o que esses indivíduos consideram como correto ou definitivo. Assim, a cidadania fica condicionada a vários julgamentos acerca do que aparentemente poderia ser certo, que no final pode se consolidar através dessas representações, onde um grupo maior passa a reforçar essas orientações, apenas pelo fato de se constituir, aparentemente, em termos discursivos na atitude “correta” para a sociedade.

Resultados e Discussão

A partir da bibliografia consultada e análise dos dados extraídos da pesquisa, verificou-se que Diversidade, Cidadania e Direitos e inclusão são temas de extrema importância no âmbito escolar e social, pois trata-se de temas que precisam ser discutidos diariamente em sala de aula.

Verificou-se que os estudantes, em sua maioria, reconhecem o significado (teórico) dos termos: Diversidade, Cidadania e Direitos, mas na prática em suas relações interpessoais demonstraram desconhecimento em relação aos seus Direitos e garantias sociais, particularmente no que se refere aos princípios elementares da Cidadania, como: direito à educação, saúde, segurança e moradia, por exemplo.

Considerações Provisórias

Pode se considerar, a partir do marco teórico, que os conhecimentos sobre a Diversidade Cidadania e Direitos, entre os estudantes é fragmentado. O déficit em relação ao conhecimento básico sobre cidadania e saúde pública demonstra esta precariedade no que resultou na utilização de argumentos relativos a condições financeiras, influências pessoais e recorrendo a observações de que as coisas são assim mesmo, não há nada que se possa fazer (conformismo). De maneira que assim com esta percepção de desigualdade, os cidadãos permanecem inertes, em razão da falta de interesse, ou simplesmente não apresentando consciência e senso crítico para buscar direitos que são assegurados por lei, o que resulta em uma percepção equivocada e confusa sobre Diversidade, Cidadania e Direitos, amplamente demonstrada pelas respostas dos estudantes entrevistados. Enfim, a participação ativa dos estudantes no projeto revelou interesse e compromisso, a partir de sua participação efetiva nos processos de investigação, problematização, revisão bibliográfica e apresentação de possiblidades e alternativas para solucionar os problemas levantados.

Referências

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Notas

1. Doutor em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor titular da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus Formosa. Membro do LIMA - Laboratório de Inovação em Metodologias Ativas.

2. Acadêmico do curso de Licenciatura em História na Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus Formosa. Membro do LIMA - Laboratório de Inovação em Metodologias Ativas.

3. Caráter ou estado do que é diferente; que é outro; que se opõe à identidade.