Roselene Candida Barroso Mendonça (UniEvangélica)

Graziela Vanessa Parreira (UniEvangélica)

Cláudia Regina Major (UniEvangélica)

Residência pedagógica na prática

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Resumo

O Projeto de Residência Pedagógica do curso de Pedagogia do Centro Universitário de Anápolis, submetido e aprovado pela Capes,tem por objetivo a implementação das dez competências gerais da BNCC. Este relato discorre sobre como funciona o Programa de Residência na prática e quais suas contribuições na formação do pedagogo. Para isso, faz-se uma explanação sobre o programa, assim como das dez competências da BNCC para a educação básica, que nortearam o projeto implementado em uma escola de ensino fundamental erelata o projeto de intervenção pedagógica implantado na escola. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação. Como resultado deste projeto, já é perceptível a melhora da aprendizagem dos acadêmicos envolvidos, que foi possível devido ao maior tempo de atuação dos residentes junto às turmas de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental na escola participante,atuando na prática e desenvolvendo estudos teóricos mais aprofundados e recebendo orientações pontuais por parte das preceptoras, docente orientadora e coordenadora institucional do projeto. Além delas, também contamos com a colaboração dos professores das salas de aulas atendidas durante o programa. A troca de experiências propiciada entre professor titular da classe e residente viabilizou o crescimento de ambose possibilitou uma parceria que tem como resultado a melhoria da aprendizagem dos alunos que apresentavam dificuldades. Para o residente, houvea oportunidade de auxiliar a escola, contribuindo em diversos aspectos: aproximação teoria e prática, oportunidade de desenvolver pesquisa, o recebimento de bolsa financeira que ajuda o discente de pedagogia durante a graduação e o impacto extremamente positivo na aprendizagem de todos os envolvidos no projeto.

Palavras-chave: Contribuições. Residência Pedagógica. BNCC.

Introdução

Este trabalho é resultante da participação no Programa de Residência Pedagógica e tem como objetivo relatar a experiência vivida, assim como elucidar a relevância de se fazer parte deste projeto em uma turma de 2º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Anápolis. Assim, apresenta-se o trabalho desenvolvido na Escola Municipal Manoel Gonçalves da Cruz, que acolheu o Projeto de Residência Pedagógica da UniEvangélica aprovado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Vale afirmar que este artigo foi impulsionado pelas seguintes questões: como funciona o Programa de Residência Pedagógica na prática e quais suas contribuições para a formação do professor? Trata-se, portanto, de um relato de experiência de um projeto em andamento. A parte teórica fundamenta-se, principalmente, nas concepções da nova Base Nacional Comum Curricular (2017).

Partindo destas questões, esse trabalho se organiza da seguinte forma: inicialmente, descrevemos algumas definições para compreender o Projeto de Residência Pedagógica da nossa instituição e as competências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que compõem a fundamentação teórica que subsidia este trabalho.Em seguida, está disposto o Projeto de Intervenção Pedagógica que foi implementado na escola campo no primeiro semestre de 2019. Logo depois, relata-se a experiência de participação no Programa de Residência Pedagógica, assim como sua relevância geral, incluindo a formação docente.

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Residência pedagógica

O Programa de Residência Pedagógica é uma das iniciativas que compõem a Política Nacional de Formação de Professores e visa a promoção de melhoria no que se refere à parte prática da formação do indivíduo nos cursos de licenciatura.

O projeto da nossa instituição de ensino está vinculado ao curso de Pedagogia e às disciplinas de estágio, e tem como objetivo implantar as dez competências gerais da BNCC em dois núcleos (escolas municipais de Anápolis) indicados pela secretaria municipal de educação. Cada núcleo recebeu 24 residentes - acadêmicos do curso -, e estes, por sua vez, estão sob a orientação da coordenadora institucional do projeto, de uma docente orientadora- professora do curso - e de uma preceptora- professora regente da escola. O projeto se estrutura em duas etapas: de ambientação e intervenção. No período de ambientação, o acadêmico passa por uma imersão em toda a rotina da escola, conhecendo os projetos desenvolvidos, observando as turmas, participando de reuniões de planejamento, lendo e analisando o Projeto Político Pedagógico, identificando necessidades, enfim, coletando dados para a construção do projeto a ser realizado no período de intervenção. Em seguida, realiza-se então a etapa de intervenção, momento em que o acadêmico aplicou o projeto de intervenção, que no caso da escola Manoel Gonçalves, foi articular as dez competências gerais da BNCC a uma proposta de reforço para os alunos com baixo rendimento escolar. Essa intervenção foi desenvolvida através da metodologia de pesquisa-ação. A escolha da metodologia se deu devido ao fato de estarmos imersos na realidade pesquisada, aplicando o projeto de modo contínuo e dinâmico. Segundo Toledo e Jacobi (2013, p. 158):

“…ao posicionar-se como um instrumento de investigação e ação à disposição da sociedade, a pesquisa-ação exerce também uma função política, oferecendo subsídios para que, por meio da interação entre pesquisadores e atores sociais implicados na situação investigada, sejam encontradas respostas e soluções capazes de promover a transformação de representações e mobilizar os sujeitos para ações práticas. Na pesquisa-ação as intervenções e a produção do conhecimento se interrelacionam.”

Durante esse período de imersão na escola de educação básica, o graduando realizou regência de sala de aula e intervenção pedagógica, ou seja, aplicou seu projeto de reforço escolar.

A base nacional comum curricular

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que norteia a construção de currículos da educação básica no Brasil. Assim, determina que a educação deve proporcionar o desenvolvimento integral dos estudantes a fim de torná-los aptos a cooperarem com a criação de uma sociedade moral, igualitária e sustentável (SILVA, 2019).Com este intuito, a BNCC estipula dez competências gerais – pode-se entender aqui competência como mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que capacitem o indivíduo a resolver as exigências da vida enquanto cidadão e trabalhador – que devem ser aplicadas durante toda a educação básica, ou seja, da educação infantil até o ensino médio. Desse modo, a meta é que as escolas não sejam meras transmissoras de conteúdos, mas que ajudem o aluno a encarar as diversas questões presentes na sua vida.

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As dez competências estabelecidas pela BNCC são:

  1. Conhecimento: “Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital...” a fim de “...entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva” (BRASIL, 2017, p. 9).
  2. Pensamento científico, crítico e criativo: “Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade...” , com o propósito de “...investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas” (BRASIL, 2017, p. 9).
  3. Repertório cultural: “Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural” (BRASIL, 2017, p. 9).
  4. Comunicação: “Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica...” para que seja capaz de “...se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo” (BRASIL, 2017, p. 9).
  5. Cultura digital: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)...” para formar a capacidade de “...se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva” (BRASIL, 2017, p. 9).
  6. Trabalho e projeto de vida: “Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências...” a fim de “...entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade” (BRASIL, 2017, p. 9).
  7. Argumentação: “Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis...” com o intuito de “...formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global...” manifestando ainda um “...posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta” (BRASIL, 2017, p. 9).
  8. Autoconhecimento e autocuidado: “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas” (BRASIL, 2017, p. 10).
  9. Empatia e cooperação: “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos...” proporcionando ainda “...acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza” (BRASIL, 2017, p. 10).
  10. Responsabilidade e cidadania: “Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários” (BRASIL, 2017, p. 10).
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Diante da importância de se compreender melhor essas competências, e sobretudo, buscar provocar efeitos satisfatórios ao serem trabalhadas em sala de aula, visando ao desenvolvimento integral dos alunos, todo o planejamento do trabalho desenvolvido ao longo do semestre no Programa de Residência Pedagógica foi pautado no que rege a BNCC e também a Matriz Curricular do Município de Anápolis.

Projeto de intervenção pedagógica

O projeto de intervenção pedagógica foi proposto à Escola Municipal Manoel Gonçalves da Cruz, localizada no município de Anápolis sob a orientação de uma preceptora (professora regente da escola), uma docente orientadora e uma coordenadora, essas últimas, docentes do Centro Universitário de Anápolis – UniEvangélica.

O público que participou desta primeira etapa do projeto foram 25 crianças do 2º ano do Ensino Fundamental I, a maioria com 7 anos de idade e alguns com 8. Assim, o foco principal era atender 6 crianças dessa turma que se encontravam com dificuldades, principalmente na leitura e escrita. Algumas delas conheciam algumas sílabas, já outras, apenas algumas letras, no entanto, em ambos os casos ainda não liam. Além do mais, foi observado uma nítida necessidade de se trabalhar números e adição com tais estudantes, para fortalecê-los na Matemática. Esses alunos pertencem a uma comunidade de baixa renda, sendo que alguns deles não recebem incentivo familiar quanto aos estudos.

Dessa forma, foi implantado um reforço escolar como meio de resgatar o aluno, estimulando-o a aprender a Língua Portuguesa, bem como suas especificidades, como ler, escrever, interpretar e produzir textos, e na Matemática, o propósito foi fomentar o aprendizado das quatro operações básicas e a interpretação de problemas da vida cotidiana. Portanto, este projeto pretendeu melhorar a aprendizagem dos alunos que apresentavam dificuldades, através de atendimento mais individualizado e personalizado, para favorecer o esclarecimento de dúvidas e a retomada de ideias e conceitos ainda não dominados.

Consequentemente, este projeto objetivou a melhora da aprendizagem dos alunos que apresentavam baixo rendimento ou necessidades educacionais específicas, auxiliando o professor a fazer com que os educandos adquirissem as competências almejadas. Para isso, foi promovido um diagnóstico inicial para avaliar o nível dos alunos e, depois disso, foram organizadoso cronograma e os recursos necessários para a realização das aulas, em que seriam trabalhadas as disciplinas Língua Portuguesa e Matemática, buscando instrumentos para expor os conteúdos de diversas maneiras, a fim de se alcançar uma aprendizagem efetiva por parte do discente. Também, foram desenvolvidas atividades para elevar a autoestima dos alunos que apresentavam dificuldades de aprendizagem, procurando sempre trabalhar com exercícios interessantes e diferenciados, que envolvessem os alunos de forma participativa e garantissem o vínculo entre os alunos e os residentes.Outro ponto fundamental foi buscar desenvolver as competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na elaboração dos planos de aula e, logo, nas regências realizadas, contemplando os reforços dos conteúdos fundamentais para o desenvolvimento dos alunos.

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Relato de experiência

Após um período de ambientação na escola, estudo da BNCC e da Matriz Curricular do Município de Anápolis, foi possível identificar as reais necessidades presentes na escola-campo e traçar um plano de ação com objetivo de ministrar aulas às crianças do 2º ano do ensino fundamental, relacionando então, os conteúdos das disciplinas com as competências da BNCC e da matriz curricular.

O foco da intervenção esteve atrelado ao reforço de Língua Portuguesa e Matemática. No campo da Língua Portuguesa o maior desafio era incentivar seis alunos da turma a superarem grandes dificuldades na leitura. Alguns deles já conheciam algumas sílabas, já outros, apenas algumas letras, entretanto, em ambos os casos ainda não eram capazes de ler.

À vista disso, foram elaboradas aulas que intencionavam, principalmente, desenvolver nos estudantes o gosto pela leitura. Para esse fim, foram realizadas contação de histórias de forma lúdica e leitura de livros que traziam histórias interessantes em diferentes gêneros textuais. Após a tentativa de despertar o interesse pela leitura, foram introduzidas diversas atividades que se utilizavam de materiais concretos, iconográficos e abstratos para alavancar o desenvolvimento da leitura e da escrita naquelas crianças, trabalhando sempre com situações que faziam sentido para a classe, ou seja, mantendo-se dentro do contexto dos discentes para favorecer a aprendizagem deles.

Em relação à Matemática, o grande problema para alguns alunos ainda compreendia questões simples de adição. Então, as aulas lecionadas foram, em sua maioria, baseadas no ensino dos números e aplicação de problemas que abordavam questões do dia a dia, da forma mais contextualizada possível. Assim, foram utilizados inclusive os nomes das crianças da classe como personagens desses problemas, vivenciando situações potencialmente realistas. Desse modo, igualmente ao ensinamento da Língua Portuguesa, também foram utilizados instrumentos concretos, iconográficos e abstratos na investida de fortalecê-los na disciplina.

No decorrer do semestre, os residentes compareceram à escola semanalmente para o desenvolvimento das ações do projeto de intervenção e regências, com permanência média de cinco horas diárias, ou vinte horas mensais. Consequentemente, a presença intensa dos docentes em formação dentro da escola oportunizou reflexões constantes sobre sua futura atuação como professor do ensino fundamental, além de promover maior chance de observação, análise e problematização das questões da gestão educacional e das práticas de ensino-aprendizagem, fatores indispensáveis na formação crítica do pedagogo, que o levará a encarar a docência e a gestão de organizações escolares como atividades essenciais e transformadoras da realidade.

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Além do período extendido que se permanecia na escola campo, os professores em formação que participaram do Programa de Residência Pedagógica também se dedicavam cerca de 12 horas mensais em encontros presenciais na instuição formadora (Instituto Superior de Educação – ISE/ UniEvangélica) para planejamento e estudo teórico. Os encontros para orientação foram de grande valia, já que eram nesses momentos que as dúvidas sobre a maneira de proceder em diferentes situações ocorridas na prática eram esclarecidas e confrontadas com as teorias estudadas. Ainda nessas ocasiões, eram clarificadas eventuais dificuldades na elaboração dos planos de aula.Portanto, é notório que o Programa de Residência Pedagógica viabiliza ao acadêmico maior contato com as instituições educacionais, preparando-o de maneira mais eficaz para a prática docente.

Outro fator relevante para os participantes do programa foi a troca de experiências propiciada entre professor titular da classe e professor residente. Enquanto se fazia a observação participativa, o residente tinha a oportunidade de aprender com alguém que já possui vasta experiência no ensino de conteúdos, em como conduzir a aula, como lidar com questões de indisciplina, enfim, como se relacionar com as crianças enquanto as ensina. Além disso, o momento de regência do residente, também foi uma chance de ser observado por um parceiro perito na prática do ensino, que, por meio de exortação e críticas construtivas, promoveu ainda mais a capacitação do professor em formação.

Por outro lado, foi perceptível que o professsor experiente também pôde aprender com o acadêmico no que diz respeito a uma maneira de ensinar fundamentada em estudos mais recentes, que trazem à tona a ludicidade e interdisciplinaridade como meios de alavancar a aprendizagem.

Adicionado à vantagem da troca de experiências entre professor veterano e aprendiz, pode-se ainda apontar como ponto significativo dessa parceria, a oportunidade de, juntos em sala de aula, destinarem maior dedicação aos estudantes que apresentavam dificuldades na aprendizagem. No momento em que o professor residente estava ministrando a aula, o professor titular permanecia na classe e tinha a oportunidade de se dedicar àqueles alunos que necessitavam de apoio, ao passo que, no seu dia de observação participativa, era a vez do residente dispensar atenção exclusiva às crianças que necessitavam de reforço.

Com relação ao funcionamento geral do ambiente escolar, permite-se ainda inserir às contribuições do Programa de Residência Pedagógica, a presença do residente na instituição como um auxílio para o bom desempenho da escola. Muitas vezes, diante da falta de profissionais, o ensino pode ser prejudicado imensamente. Dessa maneira, a disponibilidade do professor em formação na escola pôde, em muitos casos, suprir a falta dos funcionários, seja à frente de uma sala de aula que estava sem professor naquele determinado momento, ou contribuindo ao observar as crianças durante o recreio, ou até mesmo em diversas outras funções que se fizeram necessárias no cotidiano colegial.

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Portanto, diante deste relato de experiência, é correto afirmar que o Programa de Residência Pedagógica traz uma proposta de melhoria na formação do professor, fazendo com que o envolvimento do acadêmico com sua formação prática seja mais completo. Assim, ao participar deste projeto foi possível detectar numerosas contribuições, tais como: melhor compreensão acerca dos documentos que norteiam a educação no Brasil, principalmente a BNCC e a matriz municipal; elaboração de aulas que buscassem atender mais prontamente às necessidades dos alunos; aprendizado mais intensivo sobre o que consiste a prática pedagógica, por meio de mais estudo teórico, mais horas envolvidas com o fazer pedagógico; grande troca de experiências entre professor titular e residente; oportunidade de ajudar e cooperar para o bom funcionamento da escola; e ainda, recebimento de uma bolsa financeira que ampara o acadêmico durante a graduação.

Por fim, o impacto na aprendizagem das crianças envolvidas foi extremamente surpreendente para aqueles que participaram do programa. O trabalho desenvolvido na Escola Municipal Manoel Gonçalves da Cruz proporcionou àquelas crianças do 2º ano do ensino fundamental grande avanço na leitura, escrita e questões matemáticas, atingindo assim, o principal objetivo proposto neste projeto.

Considerações finais

Ao se encerrar os estudos e as reflexões acerca da experiência vivenciada, é correto afirmar que, o semestre destinado à realização do Projeto de Residência Pedagógica foi um período de grande crescimento acadêmico e profissional, no qual se pôde evidenciar imensurável relevância em se fazer parte do programa.

Dentre as contribuições percebidas, estão a permanência na escola durante um período mais intensivo, que leva o residente a uma maior compreensão acerca da prática docente, maior dedicação ao aprendizado com possibilidade de reflexão frequente, além de auxílio constante das docentes orientadoras e do (a) professor (a) titular da classe.

Assim, é notório que o acadêmico que participa do programa tem a chance de aprender mais e tende a se preparar melhor para sua futura prática em sala de aula.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasília, 2017.

FUNDAÇÃO CAPES. Programa de Residência Pedagógica. 2018. Disponível em: http://www.capes.gov.br/pt/educacao-basica/programa-residencia-pedagogica. Acesso em: 19 jul 2019.

SILVA, Gabriele. Educa mais Brasil. 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/bncc-conheca-as-10-competencias-gerais-da-educacao-basica. Acesso em: 20 jul. 2019.

Toledo, R. F de; Jacobi, P. R. Pesquisa-Ação e Educação: compartilhando princípios na construção de conhecimentos e no fortalecimento comunitário para o enfrentamento de problemas. Revista Educ. Soc., Campinas - SP, v. 34, n. 122, p. 155-173, jan.-mar. 2013. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: julho de 2019.

Notas

1.Graduanda do curso de Pedagogia da UniEvangélica (roselenecbm@gmail.com)

2.Professora Mestre do Instituto Superior de Educação – UniEvangélica (grazielaparreira@gmail.com)

3.Professora Mestre do Instituto Superior de Educação – UniEvangélica (claudia.major@hotmail.com)