Pesquisa-ação no olhar do IPEARTES/SEDUC: da Ameba ao Megazord
53A partir dos estudos coletivos a cerca das diretrizes metodológicas e pedagógicas do IPEARTES/SEDUC, o coletivo educador buscou sintetizar neste documento uma breve consideração a respeito do que entendemos por Pesquisa-Ação e Educação Integral. Partimos de uma revisão bibliográfica que além destes dois conceitos, se debruçou também na diferenciação entre pesquisa tradicional e da observação participante, para situar a singularidade da Pesquisa-Ação. Compreendemos que a Pesquisa-Ação é uma ferramenta para fazer ‘com’ e não ‘para’’, ou seja, que ela é um caminho potente para a construção de práticas educativas que visem a educação integral no nosso território de atuação. Uma das formas de nos atentar sobre a relação com os educandos é perceber em nós, educadores, as nossas concepções sobre o mundo. As ciências sociais nos auxiliam nesta questão por desvelar inúmeras nuances da vida social e evidenciar que a cultura molda um ‘óculos’ pelo qual concebemos o que é bom, belo ou certo. Neste artigo, exemplificamos esta questão pela alimentação. Um dos desafios do trabalho com comunidade, seja ela dentro ou fora do ambiente escolar, é de não hierarquizar os conhecimentos, colocando o conhecimento científico ou o formal acima dos saberes populares. Nesta direção, a postura crítica e reflexiva, própria do pesquisador, contribui para um olhar mais sensível do educador. Nesta direção, buscamos situar as nossas reflexões em cima destes conceitos e da nossa prática em busca de criarmos uma dança onde os atores sociais da comunidade educadora, possam aprender juntos, compreendendo que saber é poder, e que os diversos saberes (acadêmico e o popular) podem ser valorizados a partir de uma prática compreensiva dos educadores-pesquisadores.
Palavras-Chaves:Educação Integral. Pesquisa Ação. Educação Transformadora.