Samuel Cavalcante da Silva (PPGEL/UFG)
samuel_silva@ufg.br

O discurso de autoajuda e as práticas de subjetivação do sujeito professor

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O presente trabalho considera que a autoajuda configura-se um modo contemporâneo de subjetivação, uma prática discursiva que visa moldar os sujeitos. Diante do papel que a autoajuda pode exercer na constituição de sujeitos, sentimo-nos impelidos a pesquisar os processos discursivos que fazem emergir práticas de subjetivação do sujeito professor presente no discurso de autoajuda em Pais brilhantes, professores fascinantes, do escritor Augusto Cury, um dos nomes representativos desse tipo de literatura no Brasil. Utilizamos como caminho teórico-metodológico os postulados da Análise do Discurso Francesa, mais especificamente as contribuições de Michel Foucault e a noção de sujeito que este autor teoriza. A partir desse suporte teórico buscamos analisar a obra supracitada com objetivo de refletir sobre a constituição do sujeito professor que tal discurso propõe, destacando os modos de subjetivação e as práticas disciplinas presentes nos enunciados. Com tal análise identificamos que esses enunciados evidenciam as posições-sujeito produzidas nas e pelas relações de saber e poder estabelecidas sócio-historicamente, produzindo, assim, regimes de verdade e, portanto, de controle.

Palavras-Chaves: Sujeito Professor. Autoajuda. Prática de Subjetivação.