O desenvolvimento da criança em fase pré-escolar e a construção do pensamento matemático

O presente artigo traz uma discussão sobre o desenvolvimento do indivíduo de forma integral, para posteriormente abarcar o conceito de mediação segundo Vigotski e o desenvolvimento da criança em fase pré-escolar relacionado à construção do pensamento matemático. Foi feita uma pesquisa bibliográfica. O referencial teórico está pautado na teoria histórico cultural. Segundo os teóricos soviéticos da abordagem histórico-cultural, a atividade principal da criança em idade pré-escolar é o jogo de papéis sociais. Esta fase é marcada pelo desenvolvimento do pensamento abstrato, onde a criança começa a separar o que é real e o que faz parte de seu mundo imaginário. A criatividade se faz presente nas brincadeiras de faz-de-conta, as vontades, os desejos são nitidamente expressos. A base que a criança tem de mundo, neste período pré-escolar vai determinar o conteúdo de suas brincadeiras, entretanto não é uma ação instintiva. O convívio social, as relações com os outros indivíduos, o contexto no qual a criança está inserida vão ter uma relação direta com o que ela reproduz em suas brincadeiras. A exploração do mundo imaginário na brincadeira e o início da distinção entre o real e o abstrato na fase pré-escolar ocorre em paralelo com o primeiro contato formal com a matemática. Vigotski aponta o brinquedo/jogo como principal meio de desenvolvimento cultural e social da criança. Deste modo, o jogo/brincadeira pode ser caracterizado como mediador entre a imaginação da criança e a realidade, bem como entre a ação e o pensamento matemático. Sendo o professor o agente mediador neste processo de construção do pensamento matemático e da capacidade de abstração, ele poderá explorar os jogos e brincadeiras como recursos didáticos para desenvolver conceitos, situações problemas e estimular o cálculo mental.

Palavras-Chaves: Desenvolvimento. Criança. Matemática.