SINAIS E SINTOMAS
- Dor abdominal
- Náuseas e vômitos
- Febre
- Calafrios
- Constipação intestinal ou diarreia
- Líquido peritoneal turvo
- Dor à palpação do abdome
- Dor à descompressão brusca do abdome
- Leucocitose no sangue
Modificado de : Manual de Diálise, Daugirdas JT, 2016.
PRINCIPAIS MICROORGANISMOS ISOLADOS NA PERITONITE
- Microorganismos GRAM-positivos:
- S.aureus
- Espécies de estafilococos coagulase-negativas
- Microorganismos GRAM-negativos:
- Pseudomonas sp.
- E.coli
- Fungos
- Micobactérias
- Polimicrobiano
Modificado de : Manual de Diálise, Daugirdas JT, 2016.
DIAGNÓSTICO DA PERITONITE BACTERIANA
- Pelo menos 2 dos seguintes:
- Características clínicas consistente com peritonite (dor abdominal e / ou líquido peritoneal turvo);
- Leucócitos do líquido peritoneal >100 / µL (líquido peritoneal na cavidade por 2 horas), com > 50% de polimorfonucleares;
- Cultura do líquido peritoneal positiva.
- Presume-se que tenha peritonite e seja iniciado tratamento até diagnóstico seja confirmado ou excluído.
- Deve -se solicitar coloração com GRAM e cultura sempre que houver suspeita de peritonite.
MANEJO DA PERITONITE BACTERIANA
64EVOLUÇÃO
- Em 48 horas do início da terapia a maioria dos pacientes apresentam melhora clínica;
- O líquido peritoneal deve ser inspecionado regularmente (observar clareamento);
- Caso não haja melhora após 48 horas do início da terapia, deve-se realizar nova coleta de líquido peritoneal.
NOTA
Peritonite refratária:
- Falha de clareamento do líquido peritoneal após 5 dias de antibiótico apropriado;
- Indica-se a remoção do cateter nos casos de peritonite refratária ou antes caso haja deterioração clínica (preservar peritônio para reduzir morbimortalidade);
- Tentativas prolongadas de tratamento da peritonite refratária sem retirada do cateter podem culminar em internações repetidas/ dano à membrana peritoneal, aumentando assim o risco de peritonite fúngica e consequentemente aumento da mortalidade.
Peritonite fúngica:
- Retirar o cateter;
- Tratamento com antifúngico por até 2 semanas após remoção do cateter;
- A terapia inicial é combinação de anfotericina B e flucitosina;
- A Anfotericina IP causa peritonite e dor e a EV possui baixa biodisponibilidade peritoneal;
- A flucitosina não está amplamente disponível (monitorização regular da concentração sérica para evitar a toxicidade MO);
- Outros agentes: fluconazol, caspofungina, micafungina, posaconazol e voriconazol.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
- Li PK, et al. SPD Peritonitis Recommendations: 2016 Update on prevention and treatment. Perit Dial Int, vol. 36,n5, pp. 481–508, 2016.
- Stezo C, Li PKT, Leehey DJ. Peritonite e Infecção no sítio de saída. In:Daugirdas JT, Blake PG, Ing TS. Manual de Diálise. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2019. Cap.27, pag.394-409.