Ecobat: Artefato auxiliar na logística reversa de baterias e pilhas portáteis

Resumo Este artigo tem o objetivo de apresentar a criação de um artefato/aplicativo que será auxiliar na logística reversa de pilhas e baterias ao fabricante ou ao reciclador final, que nomeamos de EcoBat. O EcoBat é um artefato/aplicativo que avisa ao fabricante ou reciclador final que o recipiente está cheio, sendo o momento de recolher. Pretende-se essencialmente criar eficiência na rota de recolhimento de pilhas e baterias, bem como criar entusiasmo no consumidor final em fazer o descarte destes produtos nos compartimentos do EcoBat, sendo dado como incentivo uma pontuação que poderá ser usada no rankeamento de diversas campanhas.

Palavras-chave Logística reversa; Inovação; Sustentabilidade; Reciclagem; Consciência ambiental

Autoria

  • Andreia Rodrigues

    Administradora, trabalha nos Correios na Gerência de Vendas

  • Paulo Henrique D. Narciso

    Analista de Sistema, trabalha nos Correios na área de TI.

  • Sheila Rodrigues

    Professora de Artes e Educação Física na Secretaria Estadual de Educação de Cultura e Esporte do Estado de Goiás desde 1999.Orientadora EAD UFG desde 2010. Graduada em Artes, Pedagogia e Educação Física, Pós Graduada em Educação Física Escolar, Cursando Pós-Graduação em Patrimônio e Direitos Culturais FD-UFG.

Orientador

  • Márcio Rocha

    Ph.D em MediaArts, Design e Tecnologia pela Universidade de Plymouth no Reino Unido, pelo programa Transtechnology Research Group, Mestre pelo Instituto Goiano de Pré-historia e Antropologia em Gestão do Patrimonio Historico e Cultural pela Pontifice Universidade Catolica de Goias - PUC-GO e Bacharel em Artes Visuais com Habilitação em Design Gráfico pela Faculdade de Artes Visuais - FAV, da Universidade Federal de Goias - UFG. Coordenador do Curso de Design Grafico da Universidade Federal de Goias, foi professor Convidado pela Universidade de Plymouth (Reino Unido) no curso de MediaArts (2010-2013), Atualmente é Professor da Universidade Federal de Goiás - UFG na Faculdade de Artes Visuais, no Bacharelado em Design Grafico , onde tambem coordena o Curso de Design Grafico, Membro Pesquisador e Professor no Curso a Distancia em Inovacão em Midias interativas do MediaLab. Membro Pesquisador do Transtechnology Research Group (Reino Unido) e Editor Associado do Transtechnology Open Acess Papers. Atua e tem experiencia nas seguintes areas e disciplinas: Midias interativas. Interação Humano Computador, Design de interação, Design de Interface, Design da Experiencia do Usuario e Usabilidade. Atua tambem nas Areas de Design Grafico com especialização no desenvolvimento de Sistemas de Identidades Visuais e Branding, possui larga experiencia em Gestão de design, Design Editorial e Produção grafica. Atuou por mais de 12 anos na industria de design tendo como clientes empresas como: Nike, Levis Jeans, Banco Real, Banco Bradesco, Natura, Integral Medica, Rossi Construtora, entre outras empresas. Mais recentemente, em seu processo de Doutoramento (2010-2014), se especializou em uma abordagem transdisciplinar para o desenvolvimento de interação Humano Computador e Interação homem-maquina, utilizando modelos mentais, filosofia da mente, cognição incorporada, inteligencia artificial, mitologia, maquinas antigas e automatons usando arqueologia de media (media archeology), assim como artes performaticas (Performative Arts) utilizando teatro de bonecos e ventriloquos (Puppetry e Ventriloquism) como modelo cibernetico para o desenvolvimento de interação humano computador. (Puppetry e Ventriloquism). Desenvolve trabalhos e pesquisas com especial enfase nas seguintes disciplinas: Arquelogia da Media (Media Arqueology), Cibernetica, Inteligencia Artificial, Ciencias Cognitivas, Ciencias da Computação, Psicologia Cognitiva, Modelos Mentais, Filosofia da Mente, Cognição incorporada (Embodied Cognition), design de interação e interfaces, Externalismo, Artes, Performance (performative Arts) numa aproximação transversal e transdisciplinar.

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1. Introdução

O resíduo sólido, quando disposto no meio ambiente sem tratamento, acarreta a transmissão de doenças, contamina o solo, água e ar, além de trazer prejuízos para a imagem dos centros urbanos, já que os lixões ficam expostos a céu aberto. A produção de rejeitos é inerente à interação vital, uma vez que a produção industrial gerou o aumento na variedade de componentes que a natureza não está preparada para absorver. Os seres humanos, por sua vez, passaram a ter de conviver com o lixo, que diariamente é produzido em toneladas.

A sustentabilidade ambiental é inerente aos nossos dias e está balizada em diversas leis, entre elas a Lei 12.305/10, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que dita sobre a responsabilidade do fabricante de alguns tipos de produtos a promoverem a logística reversa, por exemplo, de pilhas e baterias, produtos que constituem o foco deste artigo.

A sociedade preocupada com o futuro, pactuada com a Lei 12.305/10, procura categorizar a gestão de resíduos sólidos estabelecendo responsabilidades, determinando instrumentos e designando metas para que cada município se torne eficiente no controle dos resíduos produzidos naquela cidade.

A Lei 12.305/10 explicita a necessidade de se estabelecer soluções singulares para a especificidade de cada tipo de resíduo, desde vidro, papéis, material orgânico, pilhas, baterias, lâmpadas, entre outros. Atribuindo a responsabilidade compartilhada, envolvendo toda a sociedade, tais como a indústria, distribuidor, comerciante, consumidor final e órgãos públicos.

Uma das estratégias de redução dos resíduos sólidos é o retorno à indústria após o consumo, a logística reversa. Logística reversa são procedimentos de coleta e restituição de resíduos sólidos ao setor onde foi produzido, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada. A sua coerência está baseada na coleta seletiva, assegurando-se que os resíduos sejam separados de acordo com sua constituição e também impondo a alguns setores produtores coordenar a logística reversa de seus produtos, tais como pilhas, baterias, pneus, embalagens de agrotóxicos, entre outros.

Atualmente existe no Brasil, sob supervisão do Ministério do Meio Ambiente, a política de logística reversa, onde o decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criou o Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa.

A responsabilidade pela logística reversa é dos empresários – responsáveis, portanto, pelos recolhimentos, desmontagem, reciclagem e destinação ambiental correta desses materiais. Os empresários devem criar meios e parcerias para realizar esses procedimentos. A criação de meios e métodos que adequam essa necessidade ambiental ao cumprimento da legislação por meio dos empresários foi a responsável pela ideia da criação de um artefato que venha atender esses empresários.

O crescimento da competitividade e a necessidade cada vez maior de se aproximar do consumidor e diminuir os impactos na natureza e nas operações comerciais, e a necessidade de uma logística de planejamento de produção, distribuição e recolhimento, para cumprir com a legislação ambiental, torna a logística reversa muito mais que uma ação ambiental. Trata-se de uma ação comercial também, pela necessidade de modernização da gestão de produção das empresas. Visa, assim, uma gestão mais eficiente do retorno dos resíduos, facilitando também o acesso aos clientes de maneira clara e educativa.

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O tema sociedade e meio ambiente é de grande importância, e percebe-se que a logística reversa ainda possui pouca pesquisa e poucos materiais desenvolvidos. O desafio, portanto, é ampliar a discussão sobre o tema e buscar uma solução que seja simples, de fácil retorno e economicamente viável, tendo como foco o relacionamento entre empresa e consumidor final.

Entretanto, a aplicação da lei no que diz respeito à logística reversa não é tão fácil, devido, por exemplo, à dispersão destes resíduos nos centros urbanos, um obstáculo considerável ao recolhimento. Temos que considerar também a quantidade de determinado resíduo necessário para gerar volume de coleta para otimizar os custos da reciclagem.

Assim, este projeto pretende criar um aplicativo que auxilie o fabricante no recolhimento de pilhas e baterias, de forma a facilitar a coleta desses materiais dispersos nas cidades. O aplicativo será conectado a um dispositivo que avisa o fabricante ou o reciclador final que o compartimento está cheio, possibilitando que se crie uma rota de recolhimento mais precisa e eficiente. Também terá incentivo para que o cidadão se insira na dinâmica, assumindo seu papel na reciclagem, que é devolver ao fabricante o rejeito. Para isso será desenvolvido uma função que cadastra pontos e ranqueia quem fez o descarte do artefato, pontuação que poderá ser usada em campanhas, dentro de um processo análogo à gamificação. Com essas funções, o utensílio estará atendendo as duas questões principais das dificuldades da logística reversa: a dispersão no território e a quantidade necessária para atingir uma eficiência mínima em custos.

2. Metodologia de pesquisa

Inicialmente será feito a revisão bibliográfica, abordando temas relevantes à sustentabilidade e consciência ambiental. Concomitantemente, as questões de logística serão levadas em conta, para que se possa ter o melhor aproveitamento de tempo e espaço, além das metodologias adequadas para o desenvolvimento do aplicativo, unindo as boas práticas do design de interface e de otimização da experiência do usuário.

A revisão bibliográfica para o embasamento do sensor a ser utilizado no artefato será realizada para esclarecer um ponto inovador no processo, permitindo que a central de recolhimento seja notificada quando o artefato estiver com capacidade suficiente para ter seu conteúdo coletado. O projeto também descreverá as necessidades de tecnologia da informação para apoia-lo, pois serão necessários softwares e design (aplicativo e website). A proposta é realizar protótipo de telas e realizar a descrição do funcionamento dos mesmos.

Finalmente será realizada uma detalhada descrição do artefato baseando-se na Metodologia de Desenvolvimento de Produto. Serão descritas as tecnologias embarcadas e das ferramentas tecnológicas que comporão o projeto.

A junção de todos esses estudos resultará em um projeto que permitirá ter visão clara do resultado pretendido, onde teremos o artefato que contribuirá com uma sociedade mais sustentável, aproveitando o melhor da logística e da tecnologia da informação.

3. Referencial teórico

3.1. Sustentabilidade

Martins e Cândido (2010) observam que “a sustentabilidade significa a possibilidade de se obter continuamente condições iguais ou superiores de vida em um dado ecossistema vislumbrando o sustentáculo da vida”. Nesse pensamento, a sustentabilidade tem como significado atender a demanda de necessidades do todo, mantendo a limitação do uso racional e consciente, uma vez que há vários recursos que não podem ser renovados, gerando assim uma má qualidade de vida para futuras gerações do ponto de vista climático, custo com novos projetos emobilidade urbana inadequada.

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Para Barreto (2004), o conceito de sustentabilidade deseja algo contínuo e duradouro. Dessa forma ela está para trazer a continuidade na esfera como um todo, dentre possibilidades de avanços que virão de forma lógica, devido ao crescimento da sociedade e que necessitarão de um cuidado especial a fim de evitar perdas e promover o equilíbrio dessas nuances.

Para Barreto (2004), o conceito de sustentabilidade deseja algo contínuo e duradouro. Dessa forma ela está para trazer a continuidade na esfera como um todo, dentre possibilidades de avanços que virão de forma lógica, devido ao crescimento da sociedade e que necessitarão de um cuidado especial a fim de evitar perdas e promover o equilíbrio dessas nuances.

Desse modo é compreensível que as estratégias implantadas para se ter um alto nível de produção sustentável trará aos responsáveis um retorno financeiro, uma vez que as políticas visando a gestão ambiental são vistas como práticas de responsabilidade social e geram fortalecimento da marca. “Há vários benefícios financeiros que podem ser obtidos pelas empresas ao reduzirem os resíduos lançados no meio ambiente natural e adotarem mecanismos de controle de poluição” (DIAS, 2011, p.61).

Como se pode observar, a opção por reduzir a quantidade de resíduos lançados no meio ambiente pode trazer benefícios que tanto podem ser para o meio ambiente, quanto para a própria empresa, pois hoje o paradigma da sustentabilidade requer ações voltadas para o meio ambiente com foco na preservação dos recursos naturais.

Na busca por medidas para evitar e diminuir a poluição, promovem-se grandes benfeitorias para a empresa que segue métodos sustentáveis, do ponto de vista econômico as organizações tendem a ganhar também.

Com o aumento da consciência ambiental em todo o mundo, está consolidando-se um novo tipo de consumidores, chamados de ‘’verdes’’, que faz com que a preocupação com o meio ambiente não seja somente um importante novo fato social, mas seja considerado também como um fenômeno no marketing novo (DIAS,2011,p. 61).

Nota-se que a preocupação atual não é somente com a “empresa verde” e/ou que prima pela sustentabilidade, pois os clientes também tendem a procurar as organizações que desenvolvem ações pautadas na questão ambiental, como aquelas que contam com projetos específicos de redução de resíduos ou reaproveitamento deles.

No cenário comercial, empreendimentos que buscam trazer inovações no assunto detêm uma maior visibilidade perante outros que não se preocupam tanto com esses quesitos. Essa busca não é apenas por futuras vantagens na questão financeira, mas também na própria imagem do produto, dotada de medidas que demonstram certa preocupação com o meio ambiente.

A sustentabilidade está associada à ideia de inovação, uma vez que, para aderir a esse paradigma, é preciso buscar estratégias para utilizar os recursos sem agredir o meio ambiente.

3.2. Reciclagem

Como o volume de lixo tem aumentado numa taxa superior ao crescimento da população, os aterros sanitários, em sua grande maioria, ainda que tenham sido corretamente projetados e corretamente construídos e utilizados, já apresentam capacidade máxima. Para evitar a saturação desses locais muitas ações têm sido empreendidas e a reciclagem é uma delas (EOS, 2018).

Reciclagem é o nome dado ao processo de reaproveitamento de objetos usados para confecção de novos produtos. Esse processo não somente ameniza os problemas ambientais, como também gera riquezas, uma vez que algumas organizações utilizam esse procedimento para reduzir custos, além de buscar estratégias para preservar o meio ambiente. Os materiais mais reciclados são o papel, o plástico, o vidro e o alumínio. (PATRIOTA, 2011).

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Para que os resíduos sólidos sejam devidamente diferenciados deve-se conhecer sua origem, seus constituintes e características. Esses resíduos se classificam quanto à origem, ao tipo, à composição e periculosidade.

Conforme Silva (2015, p. 2) essa classificação se dá da seguinte maneira:

Origem: resíduos hospitalares ou de serviços de saúde, domiciliares, agrícolas, comerciais, industriais, entulhos, etc.

Tipo: resíduos recicláveis como papel, plástico, metal, alumínio, etc. e resíduos não recicláveis.

Composição química: resíduos orgânicos como restos de alimentos, folhas, esterco, etc. e inorgânicos como vidros, plásticos, borrachas, etc.

Periculosidade: resíduos perigosos que podem apresentar inflamabilidade, corrosividade, reatividade, etc. e os não perigosos.

No processo de coleta, deve-se ter o cuidado de selecionar tais resíduos, respeitando-se cada uma das etapas a fim de evitar eventuais problemas como intoxicações, queimaduras na pele, entre outros.

Ainda de acordo com Silva (2015) muitos resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para serem decompostos. Mas, ao mesmo tempo, muitos também são formados por materiais recicláveis e podem voltar à cadeia produtiva como matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia. Além de contribuir com o meio ambiente e, consequentemente com o planeta, o importante processo da coleta seletiva e reciclagem gera renda para trabalhadores e de lucro para empresas.

Além dos resíduos que são coletados no cotidiano das cidades, outros passaram a ter reciclagem obrigatória, como é o caso dos lubrificantes. Da mesma maneira aconteceu com os eletrônicos pois, a cada dia tem-se apresentado novas tecnologias e aquelas que foram trocadas tendem a serem descartadas no lixo.

Nos últimos anos, com a popularização de computadores, televisores, aparelhos celulares e eletrodomésticos, o lixo eletrônico ou tecnológico se tornou um grave problema ambiental. Milhares de toneladas desse tipo de resíduo são produzidas diariamente em todo o país, um número que cresce a cada dia já que esses aparelhos perdem rapidamente a utilidade ou simplesmente ficam ultrapassados para os consumidores (ECOD, 2009 p. 1).

Conforme EcoD (2009) sem a reciclagem, reutilização ou destinação final adequada, esse lixo termina poluindo o meio ambiente, liberando substâncias tóxicas como mercúrio, cádmio, berílio, chumbo, retardantes de chamas (BRT) e PVC. Essas substâncias contaminam o lençol freático e, consequentemente, os mananciais que abastecem de água a população. Quando queimados, poluem o ar.

Além dos eletrônicos, outra preocupação tem sido com o destino das pilhas e baterias. Existem dois tipos de pilhas e baterias: as primárias e as secundárias.

Primárias - dentre as inúmeras pilhas e baterias primárias comercializadas, as que se destacam no mercado nacional são as secas do tipo zinco-carbono. São produzidas em dimensões padronizadas internacionalmente nas formas cilíndricas, tipo botão e tipo moeda. A preferência pela forma cilíndrica ocorre pela maior facilidade de produção quando comparada com as demais formas. São amplamente utilizadas em lanternas, rádios e relógios. O termo ‘seca’ é utilizado neste caso, pois o eletrólito está em estado pastoso, e não líquido. As pilhas secas cilíndricas contêm em sua composição zinco (Zn), grafite (carbono) e dióxido de manganês (MnO2); além destas substâncias, contêm, também, mercúrio (Hg), chumbo (Pb) e cádmio (Cd), usados para revestir o eletrodo de zinco e, assim, reduzir a corrosão, aumentando o desempenho. Exemplos de algumas pilhas primárias são: zinco / dióxido de manganês (Leclanché), zinco / cloreto (Heavy Duty), zinco / dióxido de manganês (alcalina) e zinco / óxido de prata, dentre outras. As pilhas e baterias primárias não podem ser recarregadas, pois a reação química acaba por destruir um dos eletrodos, normalmente o negativo (anodo) (MACHADO, 2014 p. 2).

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Destaca-se que pilhas e baterias são amplamente comercializadas e estão presentes na maioria dos eletrônicos e quando vence sua validade, geralmente são descartadas sem o devido cuidado, o que pode ocasionar contaminações no solo ou água.

Ainda de acordo com Machado (2014, p. 3):

Uma pilha ou bateria é considerada secundária (recarregável) quando é capaz de suportar 300 ciclos completos de carga e descarga, com 80% da sua capacidade. Diferentemente das baterias primárias, as baterias secundárias são usadas, principalmente, em aplicações que requerem alta potência (maiores correntes elétricas num menor tempo) como, por exemplo, aparelhos sem fio, notebooks, telefones celulares e outros produtos eletrônicos. As pilhas/baterias secundárias que dominam o mercado nacional são: chumbo-ácido (Pb-ácido), niquel-cádmio (Ni-Cd), níquel-hidreto metálico (Ni-MH) e íons lítio (Li-íon). Um cuidado que devemos ter ao descrever as pilhas secundárias é quanto à denominação dos terminais positivo (catodo) e negativo (anodo), já estes se invertem durante a recarga.

Esse tipo de pilha tem maior vantagem sobre as demais em razão de serem recarregáveis e nesse caso até que complete seu ciclo limite, não é lançada no meio ambiente como as pilhas primárias.

Existe no país alguns programas que incentivam o recolhimento de pilhas e baterias, como o Programa Real de Reciclagem, denominado “Papa-Pilhas”, do Banco ABN AMRO Real, que recolhe pilhas e baterias portáteis usadas e se encarrega de sua reciclagem. O objetivo do programa é conscientizar as pessoas sobre a necessidade de dar uma destinação correta a esses materiais, reduzindo a quantidade de pilhas e baterias lançadas inadequadamente no meio ambiente. A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para realizar esse trabalho (TAGORE, 2009).

Outro exemplo é o “Programa ABINEE recebe pilhas”. Os fabricantes, tais como, Alfacell, ATTIC, Bic, Carrefour, Cyber Energy, Duracell, Elgin, Energizer, Eveready, Fiat Lux, Goal, Jonhson, Kodak, Maxprint, Panasonic, Philips, Rayovac, Sony, disponibilizaram postos de coleta distribuídos nas capitais no Brasil. O operador logístico é a empresa Suzaquim Recicladora, que obtém como resultado da reciclagem sais e óxidos metálicos, que podem ser utilizados nas indústrias de colorífico cerâmico, vidros, tintas, refratários e indústrias químicas no geral. Os parceiros cadastrados no projeto como coletores solicitam a retirada do material quando atingem o mínimo de 30 kg e o máximo de 250 Kg (OLIVEIRA e FIGUEIREDO, 2015).

3.3. Logística e sua importância

A logística é uma subárea da administração que possui uma visão organizacional, com responsabilidade de prover os recursos e informações, monitorando e gerenciando desde a compra, entrada de materiais, planejamento de produção, armazenamento, transporte e distribuição dos produtos. Origina-se do verbo francês loger, que significa alojar, colocar, habitar. O termo é utilizado com o objetivo de descrever a movimentação, suprimentos e manutenção de forças militares no terreno, assim sendo logisttkas. Portanto, a logística e suas finalidades não são recentes. Era usada na Grécia Antiga, Império Romano e Império Bizantino, ou seja, tem anos de existência e com o passar do tempo sofreu modificações, atualizações e tornou-se mais importante.

Para Nogueira (2012) os oficiais militares responsáveis pelos assuntos financeiros e distribuição, ao avançar com seus guerreiros, precisavam de uma equipe que planejava e organizava o deslocamento de munição, mantimentos, equipamentos e socorro médico na hora certa para o campo de batalha. A logística é um processo que faz parte da vida de todos nós e que possui condições para melhorar a qualidade de vida das pessoas, quando bem praticada.

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Atualmente muitas empresas de grande porte utilizam, aperfeiçoam e inovam os processos logísticos para chegar a um bom resultado desenvolvido pelas suas atividades. Devido ao aumento das empresas pela procura e otimização dos processos e profissionais capacitados, está havendo um crescimento de cursos de Tecnologia em Logística.

Essa atividade está ligada à gestão de fluxos entre funções de negócios. Atualmente a definição da logística tem grandes fluxos, quando comparados com o passado. Anteriormente as empresas incluíam em seus processos logísticos, de modo simples, só a entrada de matérias primas e o fluxo de saída de produtos acabados (NOGUEIRA, 2012).

No entanto, a definição de logística se expandiu, incluindo todas as formas de movimento de produtos e informações. Os resultados de uma empresa podem ser influenciados através dos processos de logística. Caso esse processo seja pouco eficiente, a empresa obtém clientes insatisfeitos como consequência. A logística tradicional é importante, já a logística reversa é indispensável para garantir bons resultados, desde que esteja sendo aplicada com qualidade. Sendo assim, merece mais um pouco de atenção dos gestores para que a performance da empresa não deixe a desejar.

Segundo Leite (2003) a logística reversa como área da logística empresarial, planeja e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo. Por meio dos canais de distribuição reversos, agrega-lhes valor de diversas naturezas: econômicos, ecológicos, legal, logísticos, de imagem corporativa, entre outros.

A logística tradicional é um processo de entregar um produto ao cliente no menor tempo e com os menores custos possíveis. Já logística reversa é o caminho oposto, ou seja, o produto sai do ponto de consumo para o ponto de origem, como no caso de uma devolução do cliente por motivo de defeito ou porque o produto não o agradou de alguma forma.

3.3.1 Logística Reversa

A logística reversa pode ser identificada também como logística inversa. Pode-se exemplificar a reversa (inversa) como o retorno das garrafas e vasilhames, recolha / coleta de lixos recicláveis, a devolução do botijão de gás vazio ou no caso da compra de um novo botijão de gás, em que o cliente paga somente o valor do gás.

De acordo com Nogueira (2012) por trás do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados

Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz: O retorno ou a recuperação de produtos; A redução do consumo de matérias-primas; A reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; A deposição de resíduos; A reparação e refabricação de produtos; Desta forma, o circuito da cadeia de abastecimento é fechado de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (DIAS, 2005 p. 206).

Estudos aprofundados e a sistematização do processo inerente à logística reversa tiveram início na década de 80. Esse desenvolvimento foi impulsionado em grande parte como por questões ambientais, que se referiam ao problema da decomposição das embalagens dos produtos com defeitos ou produtos com fim de vida. As leis existentes impõem um forte crescimento desta área da logística, além disso, existe a conscientização ambiental das empresas, organizações e organismos públicos. Sendo assim, essa vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, pois as políticas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes.

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Para o mesmo autor, os fornecedores acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos. Essa é uma vantagem percebida onde os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isso envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados (NOGUEIRA, 2012).

3.3.2. Custo Logístico

Conforme já mencionado, as empresas estão à procura de uma melhoria contínua (kaizen), com o objetivo de melhorar os serviços em relação ao cliente, o que incide em custos em todos os seus aspectos:

Do ponto de vista do financeiro, fica evidente que, além dos custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todos o gerenciamento do seu fluxo reverso (NOGUEIRA, 2012, p. 81)

O custo logístico oferece um resultado significativo para a empresa. Entretanto, pode ser analisado ao atender a estrutura de cada organização. Alguns desses custos podem ser destacados, como o transporte, que pode ter custo fixo (depreciação das frotas, manutenção, salários) e custos variáveis (combustível, pneus, lubrificantes e outros); a armazenagem, gerando custo, por exemplo, com o aluguel do armazém, aquisição de paletes, custo da mão de obra de armazenagem e outros; o estoque, com custos gerados para manter materiais estocados.

3.3.3. Gerenciamento de cadeia de suprimentos

Conforme Fleury.et al (2000) o gerenciamento da cadeia de suprimentos é uma ponte de controle que liga o fabricante, fornecedor e o distribuidor. Ou seja, durante o ciclo de suprimento, o fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques, como por exemplo.

Entretanto desde o início do ciclo da cadeia de suprimento, o processo logístico tem algumas finalidades como: desenvolvimento, especificações e projeto do produto, previsão da demanda, planejamento das necessidades, desenvolvimento de novas fontes de fornecimento, compras e o controle sobre essas fases do processo.

De acordo com Nogueira (2012) o grupo de pesquisa Global Supply Chain Fórum (GSCF) nos EUA reúne-se anualmente com o objetivo de colocar com a teoria e prática em SCM (Supply Chain Management). Este grupo definiu que: SCM é a integração dos processos de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais (primários) que providenciam produtos, serviços e informações que adicionam valor para os clientes e stakeholders.

O controle da cadeia de suprimentos ou abastecimento e o fluxo de materiais entre fornecedor fabricante e cliente têm dois objetivos, sendo eles melhorar o serviço ao cliente e maximizar os lucros. Observando que o cliente é o único a fornecer um fluxo de caixa positivo e os demais estágios são meros intercâmbios de materiais. E para maximizar o lucro é necessário toda integração dos estágios, pois deve ser analisado a cadeia de suprimento como um todo, maximizando a lucratividade total e não nos lucros de um estágio isolado.

Conforme Chopra (2003) uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimento não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes.

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3.3.4. Logística no contexto ambiental

Devido à exigência e o aumento de clientes que estão tendo a consciência ecológica, a preocupação social está levando as empresas a desenvolverem produtos ecologicamente corretos e com certificação das normas internacionais, como ISO 14000.

Para a empresa ter uma boa competitividade é necessário buscar o que o cliente quer, e também buscar alternativas para reduzir custos. Uma motivação a mais para a empresa na implantação da Logística Reversa é a legislação ambiental, que faz com que as empresas estejam cada vez mais responsáveis por todo o ciclo de vida de seus produtos, tornando-as legalmente responsáveis pela entrega de produtos aos clientes e pelo impacto causado no meio ambiente pelos seus produtos. “Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto de um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida”. (NOGUEIRA, 2012 p. 81).

3.3.5. Canais de distribuição reverso

Com o avanço da tecnologia, novas técnicas e a importância econômica da distribuição, as empresas estão procurando satisfazer e melhorar o atendimento ao cliente, atendendo a padrões e níveis de serviços diferenciados, de forma a garantir seu posicionamento competitivo no mercado. Uma das preocupações das empresas tem sido a logística reversa como diferencial de mercado e pela imagem de fiel cumpridor da legislação ambiental.

A logística reversa permite que às formas e aos meios em que uma parcela de produtos, tenha o ciclo de vida útil ampliando ou após extinta a sua vida útil, retorna ao ciclo produtivo ou de negócio, readquirindo valor em mercados secundários pelo reuso ou pela reciclagem de seus materiais constituintes (LEITE, 2003 p. 4).

Como um dos fatores competitivos para as empresas é um bom relacionamento entre seus fornecedores, clientes e principalmente a conscientização em relação ao meio ambiente devido à degradação causada por alguns produtos e materiais descartados de modo incorreto. Sendo que as organizações utilizam a preocupação com meio ambiente de forma estratégica, ganhando visibilidade no mercado, favorecendo o meio ambiente, a economia para a empresa e a satisfação e confiança do cliente.

A distribuição reversa e logística reversa são áreas da logística empresarial que têm a preocupação com os aspectos logísticos de retorno ao ciclo de negócios ou produtivos, podendo agregar valores de diversas naturezas (econômico, legal, imagem corporativa). Podendo destacar fases importantes para a logística reversa com os bens de pós-venda e pós-consumo.

3.3.6. Logística reversa de pós – consumo

Os materiais descartados pela sociedade após o consumo, denominando em bens com fins de vida útil, mas contendo a possibilidade de utilização dos resíduos industriais, podem retornar ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos especificados.

Através dos produtos descartados, possuindo condições de utilização, pode-se utilizar como objetivo estratégico agregando valor ao produto. Ou seja, originam-se de bens duráveis ou descartáveis por canais reversos de reuso, desmanche e reciclagem até a destinação final.

Esse canal de distribuição reverso representa importante comércio, destinado bens e materiais para sub canais reversos de extensão de utilidade do bem (reuso), industriais ou residenciais, subcanais de distribuição de equipamentos de segunda mão, sub canais reversos de desmanche ou desmontagem dos bens, com a separação em subconjunto e peças de reposição destinadas à distribuição em mercado secundário de peças, e sub canais reversos dos materiais constituintes ou sucatas em geral para a indústrias de transformação.” (LEITE, 2003 p.10).

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Assim sendo, a logística reversa pode atuar em algumas atividades na classificação de fim de oferecer vida útil, dividindo em duas áreas: bens duráveis e os descartáveis. Os materiais bens duráveis entrarão no canal reverso de desmontagem e reciclagem industrial, serão desmontados na área de desmanche, e com a separação de seus subconjuntos, poderão ser aproveitados remanufaturados, contendo a possibilidade de retornar ao mercado secundário ou de serem reutilizados pela própria indústria.

Já na área de atuação dos bens de consumo descartáveis, os produtos são retornados por meio do canal reverso de reciclagem industrial, devido às condições de logísticas. Estes materiais constituintes são reaproveitados e serão constituídos em matérias primas secundárias. Mas não havendo condições de reaproveitamento, os mesmos são encaminhados ao ”destino final”: aterros sanitários, lixões e incinerações.

Segundo Leite (2003), o canal reverso tem muita importância, mas não tendo grande aprofundamento de estudos metodológicos, para melhorar na identificação e sua caracterização na medição de valores econômicos e logística de realce. No canal de distribuição reverso, o fluxo de pós-vendas e as devoluções de produtos estão relacionados à garantia/qualidade, os quais apresentam defeitos de fabricação ou de funcionamento, avarias no produto ou na embalagem e outros motivos como data de validade expirada, por estarem em consignação e outros.

O fluxo reverso de bens de pós-venda pode se originar de várias formas, por problemas de performance do produto ou por garantias comerciais: ao mesmo tempo, pode se originar em diferentes momentos da distribuição direta, ou seja, do consumidor final para o varejista ou entre membros da cadeia de distribuição direta (LEITE 2003, p. 9)

Os produtos poderão ser submetidos a consertos ou reformas que possam permitir o retorno ao mercado primário, ou a mercados diferenciados denominados secundários, agregando valor.

No pós-venda não são classificados somente aqueles produtos com defeitos, mas também aqueles que por finalidade de retornar ao fabricante, como por exemplo: vasilhames de refrigerante que retornam a indústria para adquirir um novo item e posteriormente retornar ao mercado primário com um valor comercial. O ciclo é contínuo, mas chegará um momento que o produto terá o fim de vida útil, destinados com objetivo final, na impossibilidade de reaproveitamento.

3.4. Inovação

A inovação tende a ser confundida com a criatividade. Embora estejam relacionadas, seus significados são diferentes. A criatividade tem a ver com a capacidade de criar alguma coisa. A inovação por sua vez está voltada para a aplicação de uma novidade, que pode se apresentar das mais diversas formas, sejam elas técnicas, científicas ou algo que nunca existiu (EOS, 2017).

É possível inovar de diferentes maneiras dentro de uma organização. Para tanto, é importante ter consciência de que a inovação gera mudanças, sendo que essa mudança somente acontece a partir da consciência dos parceiros, colaboradores e da própria gerência. Além disso, as inovações proporcionam uma mudança não só de mentalidade, mas também de métodos, processos organizacionais e até mesmo de ferramentas (EOS, 2017).

A inovação também deve partir da ideia de que a transição para um modelo de produção de maior eficiência e a tendência e será na busca de redução das desigualdades nas atividades produtivas, de modo a preservar o meio ambiente.

Nesse aspecto, a contribuição da economia verde como solução para a sustentabilidade ambiental e empresarial, o qual considera a recuperação econômica. Sabendo-se da existência da crise ambiental do século 21, cujas mudanças acontecerão a partir da busca de mecanismos para se produzir causando menos impactos ao meio ambiente, (Pifer, 2017). Essa nova consciência envolve o reaproveitamento de resíduos e a reciclagem, que têm adquirido grande importância na sociedade contemporânea na busca por sustentabilidade.

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4. Ecobat

4.1. Descrição tecnológica

O EcoBat é um artefato recolhedor de pilhas e baterias portáteis. Composto por um recipiente, conta com tecnologia digital para cadastro, identificação do recolhedor do material e alerta de que o recipiente está lotado, devendo ser recolhido as pilhas e baterias. Outra função tecnológica proposta é o cadastro, identificação, geração de QR Codes e cálculo de ranking de cada cidadão que fez o descarte no EcoBat.

O aplicativo tem a função para computar os números dos usuários e das campanhas, apesar desta função não ter uso obrigatório. No aplicativo, o usuário poderá realizar seu cadastro que permitirá que ele possa se identificar nos recipientes de recolhimento de material para reciclagem e também permitirá que se cadastre para alguma campanha que queira promover de forma mais particular. Com o cadastro da campanha, pode-se montar o ranking dentro da campanha. O aplicativo também permitirá mostrar o ranking do usuário na campanha e também o ranking geral, onde contabiliza a participação de todos os usuários da plataforma.

Para receber o material para a reciclagem (pilha/bateria), o artefato possui um aparelho celular embutido, o qual captura o código QR do aplicativo do usuário, que irá depositar o material para reciclagem. As unidades depositadas são contadas por um sensor de presença conectado ao celular. Essas informações são enviadas para a base de dados da plataforma, onde os dados serão computados para a campanha escolhida pelo usuário. O usuário tem a opção de somente depositar – nesse caso, a contagem será para um usuário anônimo. Quando o recipiente está com 95% de lotação, um sensor conectado a um módulo Arduino wi-fi envia um aviso à empresa de logística reversa para que o recolhimento seja realizado.

O site da plataforma mostrará os rankings de campanha e de usuários, permitindo ver os volumes parciais e globais de usuários e entidades.

4.2. Telas do APP

Tela Inicial
Cadastro de Usuário
Cadastro de Campanha
Tela de Login
Ranking da Campanha
Ranking Pessoal
Gerar QR Code
QR Code
Navegação
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4.3 Infográfico ilustrativo do projeto

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5. Conclusão

Papel, plástico, vidro, alumínio são expressivamente reciclados no Brasil. Contudo, reciclar pilhas e baterias esgotadas ainda não é parte do comportamento da maior parte do consumidor brasileiro. Apenas 30% dos 800 milhões de pilhas produzidas e dos 37, 5 milhões de baterias dos celulares ativos são reciclados no Brasil. Descartar esses materiais de forma incorreta é muito perigoso, pois a pilha e a bateria possuem componentes altamente nocivos à saúde e meio ambiente.

Esses materiais são compostos de três metais pesados: chumbo, zinco e manganês, que são acumulativos, com grande poder de contaminação. Por isso, são necessárias medidas no sentido de se promover a logística reversa das pilhas e baterias portáteis.

Assim, justifica-se a criação de um artefato/aplicativo que venha a contribuir com a eficiência no recolhimento na logística reversa. O EcoBat se propõe a avisar ao recolhedor que o recipiente está lotado, e assim, facilitar o planejamento da rota de recolhimento, diminuindo a utilização de recursos como combustível e pessoal. Outro atrativo do EcoBat é a criação de um ranking dos consumidores que estão fazendo o recolhimento destes materiais no EcoBat. Este ranking poderá ser usado para o reconhecimento e/ou premiação destes consumidores.

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Oferta de incentivos de forma lúdica, baseado na teoria de jogos.Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/125459/mod_resource/content/1/gamificacao.pdf.