Os sentidos expressos no patrimônio cultural goiano: as Cavalhadas de Pirenópolis em foco

Resumo O respectivo trabalho encontra-se comprometido a fazer referências sobre as Cavalhadas de Pirenópolis, consideradas patrimônio goiano, visando-se possibilitar uma maior propagação desta festividade popular pirenopolina. Assim, este projeto tem por objetivo maior contemplar a importância das festividades advindas destas tradições culturais. Destarte, este estudo terá por método um diálogo bibliográfico com autores de cunho teórico, que, com suas obras, oferecem base para a compreensão deste acontecimento típico que acontece na cidade de Pirenópolis, em Goiás, durante a festa do Divino Pai Eterno. Contudo, os resultados esperados foram alcançados, frente às pesquisas feitas para a realização deste trabalho, estando eles direcionados a oferecer mais conhecimento sobre o quão este festejo é solene, belo e encantador. Portanto, conclui-se que este evento pode ser visto como expressões indentitárias de um povo, construindo-se assim consideráveis linguagens de suma importância para agregar e manter a herança histórica de um povo.

Palavras-chave Cavalhadas de Pirenópolis, Identidade, Povo, Festa.

Autoria

  • Verônica Daniela Gomes de Lima

    Licenciatura Plena em Letras pela UEG/Quirinópolis e Licenciatura Plena em Educação Física pela UFG/Goiânia; Especialização na UFG/EAD-Rio Verde-GO com a temática: “Educação Integral e Integrada” e Pós Graduação em Projetos e Produtos Criativos, pela UFG/Goiânia.

Orientador

  • Adair Marques

    Doutor em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (PSTO) pela Universidade de Brasilia (2015). Mestre em Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da UFG (2007). Graduado em Moda pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (2002). Especialista em Docência Universitária pela Universidade Estadual de Goiás (2004). Atualmente é professor Adjunto, nível II da Faculdade de Artes Visuais/FAV da Universidade Federal de Goiás/UFG, atuando como professor do Curso de Bacharelado em Moda e no Curso de Licenciatura em Artes Visuais modalidade EAD. Tem publicações na área de imagem e moda em eventos regionais, nacionais e internacionais. Tem experiência na área de Moda , com ênfase em manufatura de Vestuário, atuando ainda nos seguintes temas: Teoria Queer, Imagem Masculina, Modelagem Plana e Tridimensional e Tecnologias da Confecção. Desde 2013 é avaliador de cursos de graduação (Licenciaturas, Bacharelados e Tecnólogos) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, nas áreas de Moda, Design e Artes Visuais. É membro integrante da Diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Moda - ABEMODA (2014-2018). Coordenador do Grupo de Pesquisa e Inovação em Tecnologias do Vestuário - GVEST, da FAV/UFG.

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1. Introdução

São inúmeros os campos sociais quando se busca fomentar e abranger temáticas voltadas à multiculturalidade, tornando-se de grande proveito desenvolver a variedade cultural no mundo pós-moderno, sobe uma ótica voltada à compreensão da lógica interna e seus aspectos identificadores de expor e identificar na tradição cultural, a exposição de momentos de caráter sublime e transcendental.

Partindo-se dessas inserções, gerar aquisição de conhecimentos, saberes e experiências grandiosas, ofertando-se assim a possibilidade de aumentar com excelência esses conceitos e, por conseguinte, buscar uma significativa transformação positiva e preservação de identidade dos povos.

Destarte, acredita-se ser importante enaltecer que as Cavalhadas de Pirenópolis transportam com relação a sua magnitude e grandiosidade que esta festa tradicional, cultural e imaterial abrange.

Portanto, a atração é uma importante manifestação cultural e imaterial que acontece todos os anos, atraindo milhares de turistas e espectadores que vão em busca de contemplar e prestigiar este folguedo.

A problematização deste estudo está ligada em buscar respostas sobre porque faz-se pertinente acrescentar algumas reflexões em relação à relevância cultural e popular que esta festividade possui, tanto no âmbito goiano bem como em todo Brasil.

O problema a ser respondido está voltado a compreender a importância que festas como as Cavalhadas de Pirenópolis possuem e podem oferecer para a sociedade?

Contudo, uma das hipóteses levantadas foi oferecer algumas considerações, estando estas interligadas a este trabalho, que sendo assim, poderão oferecer embasamentos teóricos para aumentar o conhecimento sobre as Cavalhadas que acontecem anualmente em Pirenópolis-Goiás.

Dessa maneira, justifica-se neste projeto, a intenção de apresentar reflexões voltadas à importância histórica que esta apresentação teatral a céu aberto, livre e gratuito contempla, onde no ritual do Divino Espírito Santo encena batalhas medievais entre mouros e cristãos, seguida por algumas provas de aptidões correlacionadas a simbólicas lutas entre os cavaleiros e participantes.

O objetivo geral deste estudo encontra-se voltado a seus aspectos identificadores de expor, apontar e ressaltar sobre a relevância que a exposição de diferentes culturas, como a Festa das Cavalhadas transportam, mostrando-se assim que se pode, partindo dessas inserções, obter experiências de suma excelência.

Sobre os objetivos específicos, estes estão intercalados em identificar a grandiosidade desta festa cultural; oferecer informações sobre a origem histórica da festa; realçar que as cavalhadas são patrimônio goiano; bem como o quanto estas festividades são elementos que enriquecem as memórias de um povo.

Deste modo, um ambiente multicultural tem por foco estabelecer e criar meios de renovação constante de pensamentos e reflexões, respaldados frente ao conhecimento, maior compreensão e percepção de acontecimentos diversos, como as Cavalhadas, sendo este papel de suma importância na construção histórica de um povo.

Portanto, as Cavalhadas são uma confraternização comemorativa de amizade, que muitos estimam, participam e apreciam, visto serem de uma grande magnitude, simetria e beleza revestidas assim de um harmônico acontecimento histórico, cultural e tradicional.

2. Revisão de Literatura

2.1. Breve Histórico das Cavalhadas de Pirenópolis, suas Composições Históricas e Estruturas Próprias

A cidade goiana de Pirenópolis é considerada como um município histórico, situado a cerca de cento e trinta quilômetros da capital de Goiás, Goiânia, com uma população estimada, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - 2017), de 24.761 habitantes. A cidade preserva diversas tradições culturais que propagam e elevam o turismo local.

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Assim, a Festa do Divino Espírito Santo constitui-se em uma secular tradição religiosa, mas que se difunde em diferentes regiões brasileiras, com dimensões próprias e significativas (CARVALHO, 2008, apud MESQUITA; OLIVEIRA, 2013, p. 2).

A Festa do Divino Espírito Santo teve sua origem em Portugal, com a construção da Igreja do Espírito Santo, em Alenquer, estabelecida pela rainha Dona Isabel, no século XIII (LIMA, 1981, p. 21).

Contudo, na cidade de Pirenópolis, diante dessa realidade, alguns momentos rituais precisos se preservam como importantes ocasiões de agrupamento social, onde para Cavalcanti (2006, apud SPINELLI, 2010):

É o caso das festas tradicionais, dentre as quais tem particular destaque a que é anualmente realizada em homenagem ao Divino Espírito Santo. Os dias de festa são momentos privilegiados de socialização, de trocas, de exposição pública. Neles também se materializam ideias de tradição e categorias de pertencimento, que operam em diferentes planos. Deste modo, através do rito emergem elementos estruturantes do grupo social que o produz e executa (CAVALCANTI, 2006, apud SPINELLI, 2010).

As Cavalhadas são solenidades bem organizadas e estruturadas, voltadas a prestar homenagem ao Divino Espírito Santo, onde nestes dias de festas e apresentações teatrais busca-se compartilhar toda a multiculturalidade que este evento abarca, contando com a participação de diferentes grupos sociais que, como afirmam os autores acima, organizam, produzem e executam para a grandeza deste espetáculo.

Atualmente, a festa do Divino é considerada a mais tradicional manifestação cultural da cidade. Trata-se de um complexo festivo que se realiza cinquenta dias após a Páscoa, na época de Pentecostes, e cuja produção implica um extenso processo ritual (TURNER, 1974, apud SPINELLI, 2010).

A festividade é composta por diversas manifestações tais como: as novenas, as rezas de terços, as procissões, o levantamento de mastros, a queima de fogueiras, os hinos, os teatros, os mascarados, o reinado e o juizado, as folias, dentre outras. São três as folias realizadas em louvor ao Divino Espírito Santo dentro da festa maior na cidade de Pirenópolis (LOBO; LUZ, 2015, p. 2).

Embora se desenrole nos dias que antecedem o domingo de Pentecostes, neste dia preciso e nos dois que o seguem, o império é pensado ao longo de todo o ano. Um dos motivos da sua dimensão duradoura repousa no fato de que são sorteados, no domingo de Pentecostes, o imperador e os mordomos, responsáveis pela realização da festa do ano subsequente (SPINELLI, 2010).

Para Veiga (2002):

As folias do Divino abrem as celebrações da trama espetacular de ritos que se desenrolam na Festa do Divino Espírito Santo em Pirenópolis, durante os meses de maio e junho. Têm o caráter de convocatória para a grande festa na cidade, estendendo os domínios do sagrado sobre o meio rural (folia da roça) e a periferia (folia da cidade). As folias dramatizam uma série de regras de hospitalidade entre “os de casa” e “os de fora”, atribuindo distintos papéis rituais a anfitriões e hóspedes – no caso, os foliões (VEIGA, 2002, p. 2).

Contudo, os folguedos do Divino Espírito Santo iniciam os espetáculos das Cavalhadas tendo uma parte que visa intercalar tanto a parte rural quanto a urbana da cidade de Pirenópolis, almejando-se assim a participação de toda a comunidade pirenopolina.

Desta forma, conforme afirmam Lobo e Luz (2015):

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Na prática acontecem atualmente três Folias do Divino durante as comemorações ao Espírito Santo: duas folias rurais e uma urbana. A primeira folia a sair é a Folia da Renovação Cristã, realizada na zona rural, por devotos ligados a Igreja Católica, chamada também de ―Folia do Padre‖, sua saída ocorre em uma sexta-feira, três semanas antes do domingo de Pentecostes, uma semana depois saem as outras duas folias, a Folia da Cidade, conhecida também por ―Folia da Rua‖, e a Folia Tradicional comumente chamada de ―Folia do Roque (LOBO; LUZ, 2015, p. 4).

Assim, as Cavalhadas são espetáculos organizados e realizados em diversos momentos, atribuindo e incorporando as várias folias que comportam toda a programação cultural destes dias de festas, carregando e dispondo elementos que renovam a fé, o gosto, o interesse e a beleza que ganha a cada ano uma grande gama de visitantes e pessoas interessadas por este evento.

Portanto, as encenações são uma representação tradicional pirenopolina que refaz artisticamente e simboliza as batalhas entre cristãos e mouros no período da Reconquista (século XVII), com a história baseada no livro Carlos Magno e os doze pares da França, sendo divulgada pelos trovadores que viajavam por toda Europa como demonstração de bravura e lealdade cristã.

Desta forma, as Cavalhadas de Pirenópolis são uma encenação que é realizada em três dias, sequenciados em um domingo, uma segunda e uma terça, onde pode ser subentendida como uma espécie de representação teatral dramática, executada ao ar livre, que simboliza assim uma batalha medieval.

As partes artísticas são envoltas de peças musicais, especialmente organizadas e ensaiadas para a ocasião, divididas em: I-Galope: Dos mouros e dos Cristãos; II-Quadrilhas: Violetas, Flor da Noite, Três Sossegados, Noiva Encantada; III - Valsa: Do batismo; IV- Galope Final: A cavalhada termina.

2.2. Importância das Cavalhadas para a Sociedade Brasileira

O festejo das Cavalhadas realizado em Pirenópolis, cuja realização encontra-se voltada a glorificar e louvar o Divino Espírito Santo, configura-se um universo que abrange o espaço urbano e rural, envolvendo a igreja, comunidade, participantes diretos e indiretos, bem como os turistas, ganhando formas distintas, dinâmicas e heterogêneas de religiosidades que visam se unirem para organizar, compor e conceber estas comemorações tradicionais.

Contudo, vale a pensa ressaltar que a Festa do Divino Espírito Santo, que acontece em Pirenópolis (Goiás) desde 1819, é uma significativa manifestação da religiosidade popular, que perdura por gerações e possui grande representatividade, por isso foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil em 2010 (CURADO; SILVA, 2015).

De acordo com Lobo e Luz (2015, p. 3), “para a população pirenopolina, a festa possui sua própria eficácia, traduzida na expressão da fé e na manutenção das tradições, os festejos são um comprometimento de Pirenópolis para com o Divino Espírito Santo”.

Assim Brandão (1978) apud Lobo e Luz (2015) corroboram em afirmar que:

[...] a festa instaura uma transformação, não só na rotina de vida da sociedade local, como na própria vida de seus participantes. Os comprometimentos com os festejos do Divino redefinem-se, uns para com os outros, ao se incorporarem a um sistema de posições-relações que, mesmo derivado de sistemas correlatos que operam em outras áreas da sociedade local, somente possuem valor dentro da situação da festa e seus rituais (BRANDÃO,1978, apud LOBO, LUZ, 2015, p. 3).

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Desta forma, vale a pena destacar que as Cavalhadas de Pirenópolis abriram espaço para que alguns artistas e autores pudessem expor suas obras e, assim, seus nomes e trabalhos fossem divulgados, sendo reconhecidos tanto a nível nacional quanto no aspecto internacional, como é o caso de:

O antropólogo Carlos Rodrigues Brandão, autor de duas obras literárias, uma: As Cavalhadas de Pirenópolis, que lhe deu o prêmio Americano do Brasil, em 1973, publicado no ano posterior e logo depois: O Divino, o Santo e a Senhora, publicado em 1979, bem como os autores: Mara Públio de Souza Veiga Jardim e Niomar de Souza Pereira, que, no ano de 1979, lançaram trabalhos sobre a festa do Divino em Goiás e Pirenópolis, onde Niomar, em 1983, lançou o livro Cavalhadas no Brasil, com grandes referências à festa de Pirenópolis, e já no ano de 1980, outro livro sobre Pirenópolis era esperado e noticiado pela revista folclórica: o da arquiteta Grace Curado, Pirenópolis, Uma Cidade para o Turismo, que, embora não tratasse especificamente da festa, como qualquer trabalho daquela época, não deixou de mencionar algo sobre o festejo, colaborando para a valorização e a construção de imagens positivas sobre a magnitude desta festa (SILVA, 2011, p. 15).

O turismo em Goiás depois da festa das Cavalhadas, que acontece em diversas cidades goianas e brasileiras, aqui em especial a de Pirenópolis, constitui-se um marco no turismo, construindo uma singular imagem desta tradição, correlacionada a alguns elementos festivos e religiosos, como o que os turistas, visitantes e participantes encontram nestes dias solenes.

Silva (2011) corrobora em afirmar que:

[...] é evidente o entrelaçamento entre as políticas culturais e as instituições de valorização da cultura, do folclore e do turismo e os memorialistas e agentes das culturas populares nos diferentes municípios brasileiros que colaboraram tanto na reelaboração e invenção de rituais, assim como na preservação dos elementos que julgavam legítimos, bem como no apoio e amparo a grupos folclóricos e tradições religiosas (SILVA, 2011, p. 17).

Contudo, tanto o turismo quanto o prestígio da cultura e do folclore ganharam um maior prestígio e enaltecimento de suas memórias e legados, onde ainda para Silva (2011) “em Goiás, o processo que criou, definiu e selecionou elementos para uma identidade regional, certamente criou os seus lugares de memória em determinadas festas, em museus, personalidades, instituições para ser referência da própria história e para serem utilizados sempre que possível”.

Nesse sentido, faz-se importante pressupor que diversos personagens folcloristas contribuíram para a construção e edificação das memórias socioculturais de um povo, preservando-se assim tradições históricas e populares.

Para Spinelli (2010):

Diferentes relatos indicavam que o ambiente da festa gera nos pirenopolinos momentos de vivência de caráter transcendental. Trata-se efetivamente de uma festa religiosa, através da qual se constitui uma noção de pertencimento coletivo a uma comunidade de fiéis, traço que identifica os participantes da festa entre si, de modo que possam se sentir "em harmonia". Os valores encenados e vividos através da festa também estão relacionados com a dimensão familiar, marcante na produção e experiência do momento festivo. O ato de compartilhar os dias de festa entre parentes e amigos é um dos principais sentidos atribuídos à tradição festiva; é um dos motivos para sua longa duração na cidade (SPINELLI, 2010, p. 32).

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Doravante, as Cavalhadas em Pirenópolis é uma tradição muito esperada pelos pirenopolinos e visitantes, pois além de uma festa habitual que ocorre há vários anos, aos quais assim como outras festividades que acontecem em outras cidades brasileiras, os seus cidadãos preparam-se para oferecer uma bela cerimônia, movendo a integração de inúmeras pessoas, trazendo alegria, socialização, envolvimento, criatividade, espírito de equipe, harmonia, transposição de valores, união, expectativas, dentre outros sentimentos que são despertados e aflorados nos participantes, convidados, atores, colaboradores, turistas e demais sujeitos envolvidos neste belo ritual multicultural.

3. Considerações Finais

As Cavalhadas são representações teatrais e culturais que se baseiam nas tradições europeias da Idade Média, onde na cidade de Pirenópolis, Goiás, é a celebração festiva mais antiga e com mais repercussão, datada de meados de 1826, comportando encenações que duram em média três dias, onde em cada um deles ocorre o espetáculo simbólico de uma nova batalha, e desta forma, ao final, os cristãos derrotam os mouros, que sendo assim convertem-se simbolicamente ao cristianismo.

Portanto, este trabalho buscou oferecer ponderações acerca de propagar e aumentar o conhecimento das pessoas sobre esta festividade, pois acredita-se que a comemoração que é realizada após a festa do Divino Espírito Santo tornou-se símbolo e referência para que outras cidades brasileiras também se interessassem. Desta forma, começaram a oferecer para o público esta manifestação teatral/artística, folclórica e tradicional, que passou a fazer parte rotineira da história destes povoados.

Nosso país é repleto de tradições e culturas que elevam e enaltecem nossas memórias históricas, valorizando a identidade de um povo, que por meio da exposição de obras, histórias, festas, estão em constante busca de ascensão e de maior reconhecimento nacional e internacional.

Assim, os costumes/hábitos/comportamentos de um conjunto de pessoas estão correlacionados às práticas que contemplam as suas vivências e experiências, visto que poder privilegiar e valorizar festas típicas e folclóricas como as cavalhadas poderá ser também visto como um meio/tipo de aprendizado, e assim sendo, essas competências pré-adquiridas estão interligadas à formação cultural de um povo.

Todavia, esta pesquisa bibliográfica buscou também priorizar a importância desta manifestação cultural, fortalecendo que esta festividade pirenopolina é uma das maneiras de valorizar a diversidade de um povo que muito contribuiu/contribui para a construção da identidade cultural goiana. Uma festa teatral que permite, então, que a coletividade de um grupo seja compartilhada frente a elementos da cultura local.

Desta forma, as Cavalhadas de Pirenópolis são um marco na tradição desta cidade, sendo elas, desde 2010, reconhecidas como patrimônio cultural e imaterial goiano, merecendo assim maior reconhecimento, valorização e prestígio, aumentando-se o gosto, requinte e o contentamento de participar das solenidades, bem como compartilhar sua história, beleza e encanto que este espetáculo sociocultural representa.

Referências

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