Uma plataforma de comunicação e monitoramento baseado em SIG para gestão municipal

Resumo A renovação e o crescimento urbano são fatores imprescindíveis quando se trata de gestão urbana, observando as diversas crises e desafios existentes em uma cidade percebe-se a necessidade efetiva da aplicação de novas tecnologias no âmbito da gestão urbana e da participação popular nas tomadas de decisão. O presente estudo tem como objetivo a proposição teórica de uma interface para uma plataforma em um ambiente com um mapa digital interativo que pode ser acessado por website ou aplicativo baseados no Sistema de Informação Geográfica (SIG), que permite a mediação da gestão pública municipal e a população, visando contribuir na obtenção de informações necessárias para a elaboração, avaliação e monitoramento das diretrizes apresentadas no Plano Diretor Municipal, pautadas no usuário final, que é o cidadão.

Palavras-chave Plano diretor, Mapa digital interativo, Plataforma digital.

Autoria

  • Iasmin Jaime

    Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2016) e em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2012) e especialização em Processos e Produtos criativos pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente trabalha com coordenação e compatibilização de projetos BIM, e faz parte do corpo docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FASEM . Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em projetos de Construção Civil e desenvolvimentos BIM. Mestranda em Arquitetura e Urbanismo no Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade pela Universidade Federal de Goiás, no qual o objeto de pesquisa é a Cidade Contemporânea a partir do Urbanismo Paramétrico e do City Information Modeling.

Orientador

  • Ravi Passos

    Possui doutorado em Design pela Universidade de Aveiro - UA, mestrado em Design pela Universidade Anhembi Morumbi - UAM, especialização em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas pela Universidade de Brasília - UnB e graduação em Desenho Industrial, com habilitação em Programação Visual, pela UnB. É Professor no curso de Design Gráfico da Universidade Federal de Goiás - UFG e pesquisador associado ao Media Lab / UFG e ao CPAI / UnB. Tem experiência na área de Design, com ênfase em Design da Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: interface interativa, projeto gráfico, identidade visual e metodologia de projeto.

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1. Introdução

Há uma relação ainda complexa entre tecnologia e sociedade e isso percorre também a gestão pública e os serviços públicos prestados à população, que são garantias sociais estabelecidas na Constituição Federal. Entre os desafios relacionados a esse panorama está justamente, que todos os indivíduos possam ter acesso à informação, e, mais que isso, que consigam criar e manipular essa informação de maneira eficiente. Na era da informação, alguns equipamentos tornam-se indispensáveis nas funções cotidianas, entre eles, o de comunicação, que já modificou significantemente a maneira com que a sociedade lida com a tecnologia, a informação passa a ser personalizada assim como a relação do cidadão com o espaço urbano.

A construção do espaço virtual por meio dos avanços tecnológicos possibilita a troca de informação, permite abordar novas questões relacionadas às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) e a produção dos espaços urbanos. As TIC’s são ferramentas que permitem o processamento de dados, informações e conhecimento de um conjunto de recursos integrados, no qual é possível reunir, distribuir e compartilhar informações, além de permear todas as atividades humanas, parecendo tão naturais que os próprios usuários não a percebam. (BOLAÑO, 2004).

Nas últimas décadas os processos e ferramentas de comunicação e interação têm sofrido grandes mudanças, muitas delas aliadas ao objetivo de garantir o controle e aplicar as informações obtidas de forma correta e relevante, principalmente como apoio a tomadas de decisão. A facilidade ao acesso à informação e, principalmente, os sistemas de representação, as criações virtuais, a facilidade de acesso à internet, permite a participação efetiva dos usuários dessas tecnologias na vida pública da cidade. Percebe-se assim, a necessidade de intercâmbio das informações urbanas e da criação de ferramentas de acesso a informações úteis para a gestão municipal, principalmente quanto às informações geográficas, que são fundamentais para o gerenciamento e espacialização dessas informações.

A espacialização de dados possibilita que a informação a ser passada posteriormente, seja facilitada para o receptor da mesma. Segundo Mattos (2010, p. 5), “um sistema de informação é um sistema especializado no processamento e na comunicação de dados (máquinas) ou de informações (organismos vivos)”. Ele diz que as pessoas fazem parte desse sistema, e indispensável que as mesmas sejam protagonistas.

Grande parte das empresas privadas já investe na estratégia de mídias sociais para conhecer e conectar seus clientes, colocando o usuário em primeiro lugar a gestão pública tem tentado fazer o mesmo, criando sites e redes sociais, que são plataformas que permitem as pessoas se conectarem e interagirem. Novos canais de mídia como o Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, blogs, entre outros, proporcionaram mudanças significativas no setor da comunicação, mudando a estratégia como as pessoas lidam com a forma de se informar e se comunicar.

Essas novas estratégias devem estar presentes também na gestão pública, legitimadas pela utilização de novas tecnologias que permitam que o cidadão esteja mais próximo das decisões tomadas pelo poder público, a população já tem se colocado a frente dessas transformações e causando mudanças comportamentais e culturais na forma com que a política e os interesses coletivos se fazem presentes na vida pública. Para ilustrar estão as manifestações urbanas que ocorreram no Brasil em 2013, diversas delas organizadas através de mídias sociais, que foi um dos recursos importantíssimos, e que propiciaram a inspiração e coordenação das ações políticas e manifestos.

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A participação social tem sido inserida nas decisões da gestão pública principalmente através de canais de interlocução entre sociedade e governo. A incorporação de meios tecnológicos para essa interação propicia um melhor desenvolvimento do processo. A criação de novos instrumentos permite que a sociedade acompanhe, fiscalize e opine sobre as questões vivenciadas no cotidiano. A título de exemplo está a utilização dos mapas digitais interativos, que propiciam uma série de benefícios, principalmente para as informações que podem ser especializadas e disponibilizadas. O mapeamento temático digital possibilita e facilita aos gestores na tomada de decisão, assim como na aplicação das legislações. A informação é uma forma de conhecimento para a ação a ser desenvolvida, atuando como um mediador da comunicação e da interação entre os envolvidos.

Diante do exposto, verifica-se a necessidade de criação de uma proposta conceitual para uma plataforma de comunicação e monitoramento que visa auxiliar a administração municipal e ampliar a interlocução gestão pública e sociedade, baseada em um mapa digital interativo, permitindo que ambas as partes tenham acesso e facilidade a informação, configurando um canal de comunicação e interação voltado para atender as necessidades dos usuários da plataforma, e propicie aos gestores uma facilidade na manipulação dos dados obtidos. Este artigo pretende contribuir principalmente na sistematização de alguns aspectos relacionados às formas de interação da plataforma e facilitar o processo de tomada de decisão na escolha dos dados a serem empregados. A proposta é conceitual porque é um modelo descritivo e exploratório.

2. A sistematização das informações urbanas para a gestão

O século XXI caracteriza-se pela grande quantidade de informação disponível, mas percebe-se que a comunicação tem sido cada dia mais rara, nos séculos anteriores houveram diversas conquistas principalmente pautadas nas novas tecnologias, que propiciaram maior facilidade no acesso a informação e na comunicação, nem sempre ter acesso e produzir a informação significa comunicar-se. Para Dominique Wolton (2010, p.15),

A revolução do século XXI não é a da informação, mas a da comunicação, não é a da mensagem, mas a da relação. Não é a da produção e da distribuição da informação por meio de tecnologias sofisticadas, mas a das condições de sua aceitação ou de sua recusa pelos milhões de receptores, todos sempre diferentes e raramente em sintonia com os emissores.

A comunicação assumiu um papel importante principalmente nas relações institucionais. Para o desenvolvimento da cidadania na gestão pública, a comunicação é uma ferramenta básica e deve ser tratada com instrumento de socialização das informações, no qual a população deve-se informar facilmente das ações realizadas pela prefeitura. Para Wurman (1991, p. 275), “a informação enriquece a percepção”. Essa informação deve ser autêntica e interativa, para facilitar a elaboração dos conteúdos presentes, assim como na construção de uma opinião pública sobre o que se pretende comunicar.

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Dentro dos aspectos fundamentais estão a organização e a interpretação das informações, para que elas sejam processadas e implementadas adequadamente no espaço urbano. No campo da gestão pública, normalmente as ações são tomadas e, posteriormente, são interpretadas muitas vezes sem serem analisadas. Ainda existem diversos entraves, dentre eles a necessidade de troca de informação entre o poder público e a população, que é o principal agente envolvido. Mas grande parte das informações prestadas pela administração municipal a respeito da gestão pública ainda são baseadas nos portais eletrônicos de transparência, instituídos pela Lei Complementar nº 101/2000, que muitas vezes são considerados incompatíveis com as realidades, e grande parte dos websites que disponibilizam essas informações não possuem uma fácil interação para a manipulação da população.

Castells (2003, p.128) esperava que,

a Internet fosse um instrumento ideal para promover a democracia – e ainda se espera. Como dá fácil acesso à informação política, permite aos cidadãos serem quase tão bem informados quanto seus líderes. [...] a internet permite solicitar informações, expressar opiniões e pedir respostas pessoais a seus representantes.

Entretanto percebe-se que ainda existe uma grande distância a ser percorrida para o idealismo de Castells. A internet ainda é um meio desigual, tanto na possibilidade de conexão, quanto ao acesso à informação disponibilizada nela, a interface e a interação com os usuários ainda são barreiras a serem vencidas, principalmente nos artefatos disponibilizados pela gestão pública.

2.1. Uma plataforma de comunicação e monitoramento

As plataformas digitais constituem-se como um modelo que visa estimular a interação entre diversos usuários, a proposição de uma plataforma para interação e monitoramento permite que a gestão pública esteja mais próxima da sociedade. A construção de um mapa interativo permite a inclusão de várias camadas de informações, as mesmas podem ser extraídas de diversas fontes, mas sistematizadas e adaptadas às dinâmicas propostas.

Steven Johnson (2010) é um dos autores que defendem a ideia das mídias digitais de forma colaborativa, mostrando que a conectividade pode potencializar a solução de problemas.

As redes líquidas criam um ambiente em que essas ideias parciais podem se conectar; formam uma espécie de agência de encontros para instituições promissoras. Elas facilitam a disseminação de boas ideias, é claro, mas também fazem algo mais sublime: ajudam a completar as ideias. (JOHNSON, 2010, p.65)

A colaboração em plataformas pelos cidadãos pode auxiliar que a gestão pública tome decisões mais rápidas e eficazes, às vezes com medidas simples, que não foram pensadas pelo gestor, mas com a ajuda da população o problema pode ser solucionado. Com os indivíduos conectados a discussão sobre a cidade pode ser facilitada, sabe-se que não existem respostas prontas, principalmente quando se trata da complexidade existente em uma cidade, onde as coisas se modificam com uma enorme facilidade.

Com a compilação de inúmeras informações, em um ambiente tecnológico que possibilita que todos esses dados sejam gerenciados a partir de algoritmos, é possível criar uma interface de uma plataforma digital interativa com uma gama de informações online que permite atender diversos públicos, como profissionais, estudantes, educadores, a iniciativa privada, ONGs, e a própria sociedade. “A cultura comunitária virtual acrescenta uma dimensão social ao compartilhamento tecnológico, fazendo da Internet um meio de interação social seletiva e de integração simbólica”. (CASTELLS, 2003, p.34).

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O município é o ente federativo mais próximo da população, e grande parte de suas demandas sociais são supridas no âmbito municipal. Logo cabe ao poder público, identificar e interpretar o espaço urbano e todos os seus agentes envolvidos facilitando o acesso a qualquer tipo de informação. A forma de visualização de dados pela população deve ser facilitada, a informação é multiplataforma.

Uma framework multiplataforma é um conjunto de ficheiros de código-fonte, bibliotecas e ferramentas que suporta múltiplas plataformas, permite o desenvolvimento sem ramificações do código-fonte, tem uma linguagem de programação unificadora, possui uma interface de aplicação unificadora. (FREIRE E RIBEIRO, 2013, p.387).

É por meio dessas plataformas que as experiências dos usuários serão facilitadas, sejam elas pela facilidade de mobilidade ou pelos recursos cognitivos envolvidos no dispositivo, é nessa lógica que os usuários se mantêm conectados à rede, geram e consomem informação.

3. A gestão urbana municipal e a participação popular

A Constituição Federal de 1988 encarregou às gestões municipais novas responsabilidades, no qual ocorreram a municipalização de diversos serviços, dentre eles, os relacionados ao saneamento básico, saúde, habitação, educação e transporte. Anos depois, com a aprovação do Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001), instituiu-se as diretrizes e instrumentos de cumprimento da função social da terra e da propriedade urbana. Esta lei estabeleceu a criação dos Planos Diretores Municipais.

O Plano Diretor, segundo a ABNT 12267 (1992), é o “Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados”. A norma ainda estabelece que o Plano deve ser constituindo minimamente por três partes: fundamentação, diretrizes e instrumentação. “[...] planejar é sinônimo de conduzir conscientemente, não existirá então alternativa ao planejamento. Ou planejamos ou somos escravos da circunstância. Negar o planejamento é negar a possibilidade de escolher o futuro, é aceita-lo seja ele qual for’’. (MATUS, 1996, tomo I, p.14).

Contudo, sabe-se que grande parte dos Planos Diretores não foi e ainda não é competente para solucionar o problema das cidades, e, principalmente, as questões apresentadas por seus cidadãos. Neste caso, o empoderamento do cidadão é fundamental, principalmente nos aspectos relacionados à cidade e a forma com que ela deve ser construída, um indivíduo só fará parte das decisões coletivas, a partir do momento que ele tenha consciência do que ocorre no espaço que ele vive, e de que forma isso pode alterar o seu cotidiano. Para Maria Benevides (apud SOARES, 1998, p.75), “a própria Constituição de 1988 incorporou o princípio da participação popular direta na administração pública e ampliou a cidadania política, estabelecendo vários mecanismos de reforços às iniciativas populares”.

Os estudos elaborados pelo Observatório das Metrópoles, acerca dos Planos Diretores Municipais Pós-Estatuto da Cidade (SANTOS JUNIOR e MONTANDON, 2011), apontam que um dos grandes problemas atuais do planejamento urbano é o mal diagnóstico, que muitas vezes são irreais, e não contemplam a real necessidade da população e, por muitas vezes, realizam um planejamento que não é factível. Além da precariedade no acesso aos documentos de estudo como os mapas e os anexos das leis municipais.

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A disponibilização de informações deve ser de forma clara e objetiva, pois a partir do momento que existe a compreensão das tomadas de decisão da gestão municipal os indivíduos ou grupos sociais podem intervir nessas decisões e principalmente a favor de seus interesses. Para que os cidadãos possam exercer seus direitos diante da participação popular, e é importante que as informações estejam disponíveis. “O agir comunicativo, assim, pode colaborar para a realização de mais autonomia, mas, ao mesmo tempo, um certo grau de autonomia individual e coletiva é um pré-requisito para a ação comunicativa”. (SOUZA, 2015, p.150).

Abers (apud SOUZA, 2015 p.387) refere-se a três aspectos relacionados às dificuldades da participação popular, primeiramente a problemática de implementação devido as dificuldades relacionadas à administração “deficiências técnicas e organizacionais”, a problemática da cooptação, que refere-se ao fato de deformação da realidade participativa e passa a ser um instrumento de pseudoparticipação, e coerção da população, e a problemática da desigualdade que vai além das competências do Estado.

A participação, uma vez superados os diversos obstáculos, reforça o exercício da cidadania, ao expandir as chances de maior integração e minimização da exclusão dos desprivilegiados em relação ao acesso a fatores de satisfação de necessidades básicas. (SOUZA, 2015 p. 390).

Os avanços tecnológicos propiciaram novas condições de participação popular. O SIG se tornou um grande aliado da gestão pública justamente por propiciar essa facilidade da sistematização das informações. Com o crescimento acelerado da população e, consequentemente, das cidades, a facilidade de acesso à tecnologia, aumenta-se também a quantidade de dados gerados e a serem manipulados, existe ainda uma grande dificuldade de monitoramento desses dados.

4. O Sistema de Informação Geográfica e os Mapas Digitais Interativos

As políticas públicas são elaboradas baseando-se em dados, no qual a partir de referências é possível analisar e identificar a necessidade de investimento em certa região. Os municípios com maior concentração de pessoas e renda já têm implantado sistemas SIG, que permitem verificar o desenvolvimento econômico e social, assim como a elaboração do ordenamento territorial através de mapas e tabelas, que são capazes de incluir diversos dados simultaneamente. Segundo Wurman (1991), os mapas possibilitam formarmos “imagens” da informação.

O SIG é uma tecnologia que permite visualizar, manipular, analisar e transformar as informações, no qual ele une uma informação geográfica e uma informação descritiva. Apresentando onde esses dados estão e o que esses dados são em um ambiente digital, ressaltando que cada elemento tem uma forma de representação e visualização. É indispensável a utilização de componentes para a compreensão de todos os integrantes envolvidos no sistema de informação, no qual entre os principais estão os softwares, hardwares, as pessoas, os dados e informações, e os métodos e procedimentos.

Mapas são instrumentos de comunicação. A tarefa do analista de SIG é transformar dados geográficos de formato digital em um produto visual de fácil comunicação. A despeito do método de produção usado, um mapa é um meio de comunicação visual e, nessa condição, sua aparência afeta a sua percepção e, consequentemente, como a informação que dele contem é interpretada pelo usuário. (MIRANDA, 2005 p.350)

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Neste aspecto é importante ressaltar que todos os dados geográficos possuem uma estrutura e um formato. Na estrutura estão as camadas ou layers, que permite a manipulação e a dinâmica dessas informações. Os formatos específicos são o vetor e o raster. No qual os vetores são representados por tipos de linhas, pontos e formas (áreas), uma informação descritiva dentro de uma informação geográfica, que podem ter diversas extensões. Já o raster refere-se aos dados que são obtidos de forma remota, e são conhecidos como dados matriciais ou imagens, dentre os tipos estão as imagens de satélite, de radar e as fotos áreas, sendo indispensável que elas sejam georreferenciadas, e possuam uma referência espacial, possuindo coordenadas conhecidas. Diante disso, todas as layers devem estar associadas a um sistema de coordenadas e projeções cartográficas, no qual elas podem ser geográficas ou planas.

Para Wurman (1991, p. 285), “o tipo de mapa de que precisa é o que tem relação com aquilo que você vê e sente, o que apresenta a extensão dentro da qual você pode agir sobre a informação”. Nas últimas décadas ocorreu significantemente o crescimento dos mapeamentos digitais, os mapas em si não são uma estratégia recente, ao contrário, são umas das formas cartográficas mais antigas, em sua maioria, criados para indicar divisões territoriais, apresentar rotas e caminhos. Uma forma de comunicação que foi se desenvolvendo e aprimorando com as novas tecnologias.

Montello (2002), explica que não necessariamente um mapa comunica um conhecimento, e sim o estimulam, no caso sugerindo um conhecimento. O mapeamento colaborativo virou uma tendência nos últimos anos, a criação de mapas temáticos voltados para atender necessidades diversas, sejam elas de cunho turístico ou não, sendo possível criar mapas sobre qualquer assunto. Essa facilidade é vista principalmente nos mapas digitais, que possibilitam apresentar diversas informações através deles, e principalmente pela facilidade de manuseio das ferramentas. Para Wurman (1991, p. 285) “A finalidade de um mapa, ou o seu vocabulário, se refere à vivência que deve proporcionar ao usuário”. “Os mapas representam um componente importante da navegação da internet. Sites comuns de mapeamento da web, como MapQuest, Yahoo e Google Maps, produzem milhões de mapas por dia. [...] As pessoas agora olham a internet para encontrar todos os tipos de mapas e claramente isso tornou-se um novo tipo de cartografia”. (PETERSON, 2007, p. 2)

Grande parte dos mapas digitais interativos combina mapas e imagens satélites. Dentre a principal está a interface do Google Map, que segundo Peterson (2007), construiu um mapa em formato raster e incorporou isso a uma página da Web para seus usuários. A interface também permite que os usuários possam compartilhar suas próprias informações no mapa, ou até mesmo construir seus próprios mapas, através de programação de aplicação (API).

Os mapas digitais podem se apresentar com uma maneira nova e inovadora de apresentar os dados aos usuários, neste caso, uma maneira que a gestão pública teria de apresentar suas propostas e especializa-las através de mapas interativos.

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São visíveis as mudanças que aconteceram na representação geográfica no último século, os mapas antes estáticos agora possuem “escalas” livres que substituem as escalas métricas e que permitem que o usuário seja livre para aumentar ou diminuir, com um simples toque ou arrastar de dedos.

5. Estrutura de aplicação da Plataforma de Comunicação e Monitoramento

As interfaces computacionais estão presentes em diversos sistemas interativos e aparelhos, e fazem parte da vida cotidiana das pessoas, a usabilidade de certo sistema, seja ele web ou móvel, necessariamente traz conceitos de design, principalmente porque estão alinhados com critérios de usabilidade, com a experiência do usuário, com a interface utilizada e todas essas aplicações estão inseridas no processo de design. Os usuários devem ter direito a uma interface que permita ver as informações de forma clara,

A interface é, por definição, a área de comunicação entre homem e máquina. Ela é criada entre o ser humano e um dispositivo virtual (no caso das ferramentas do ciberespaço) ou entre o homem e um dispositivo real, como qualquer objeto ou mecanismo que encontramos no espaço tridimensional que nos rodeia. (ROYO, 2008, p.89).

Os métodos foram criados com a tentativa de racionalizar esses processos, no qual a busca inicial é a caracterização do objeto. Nesse sentido, será apresentado a seguir o método de projeto em design utilizado para a elaboração do canal de comunicação através de mapas digitais interativos. Passos (2014, p.109), apresenta a seguinte uma sistematização relacionada ao design:

Imagem 1. Sistematização global do método de projeto em design. (PASSOS, 2014, p.109).

Para a delimitação do objeto foi definida a criação de mapa digital interativo disponível em plataforma web, que permita a comunicação entre população e a gestão municipal, com enfoque nas diretrizes apresentadas no Plano Diretor Municipal, e nas atividades realizadas pela gestão para o cumprimento das metas estabelecidas anualmente.

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6. Análise de Similar

Para o conhecimento do objeto foram realizados estudos em plataformas similares, como o Sistema de Consulta do Mapa Digital da Cidade de São Paulo – GeoSampa Mapa, que é mantido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. A partir de 2017 a plataforma começou a ser aberta para os usuários em geral, possibilitando a consulta e download de dados. O mapa foi criado com a intenção de identificar os principais problemas da cidade, e possibilitar a população o acesso ao grande volume de informações georreferenciadas, no qual através de um ambiente compartilhado integra dados geográficos aos sistemas de informação. Segundo o tutorial GeoSampa (2017, online),

o projeto de construção do SIG-SP vem sendo implantado passo a passo, de modo a permitir a disponibilização de ferramentas aos usuários já nos primeiros meses de projeto. Como principais etapas, destacam-se 1) a construção da base corporativa de dados pela organização de dados cartográficos (Mapa Digital da Cidade), cadastrais (setor, quadra, lotes, logradouros) e temáticos; 2) a implantação de um sistema de infraestrutura dos dados municipais; 3) elaboração do catálogo de metadados e 4) a integração das bases e sistemas já existentes via conversão de dados espaciais.

O sistema desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e a empresa Prodam permite a sobreposição de imagens de satélite, novas e antigas, e as informações atuais. O GeoSampa, cuja interface este demonstrada na imagem abaixo (Figura 02), possui diversos dados detalhados e georreferenciados sobre toda a cidade de São Paulo. O mapa digital interativo está dividido em cinco menus: menu de ferramentas, onde é possível realizar uma pesquisa de região, fazer cálculo de distâncias, marcação de áreas, download de arquivos, entre outros; menu de conteúdo/camadas, onde estão todas as indicações e informações sobre as camadas disponíveis, são como “shapesfile disponíveis para apresentação no mapa, como os limites municipais, os locais onde existem escolas, hospitais, dentre outros; o menu de dados abertos; o menu acessar metadados, que permite que os downloads das planilhas de metadados sejam realizados e; tutorial do mapa, onde é possível acessar o documento que permite aprender como manipular a plataforma.

Imagem 2. Imagem da interface da Plataforma GeoSampa. Fonte: Tutorial Geosampa.
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7. A plataforma proposta

Para a estruturação e criação da plataforma, como produto final, foram divididas em fases, entretanto não é escopo deste trabalho a apresentação de um produto e sim de um estudo de necessidade com proposição para a solução da interface da plataforma em questão. Neste caso, serão apresentadas a seguir as seis fases necessárias inicialmente para a criação da plataforma, e na qual os estudos da interface do sistema estão inseridos desde a primeira fase.

Merecem destaque em relação à criação um banco de dados georreferenciados, a sistematização de um banco de dados com informações espaciais, assim como os fluxos que esses dados percorrem. Arctur e Zeiler (2004) afirmam que existem passos a serem seguidos para criar um geodatabase que, no caso, servem como suporte para a criação das plataformas. Entre essas etapas está a identificação dos produtos de informação que serão produzidos e a identificação das principais camadas temática com base nas informações, e a representação inicial da interface da plataforma.

Neste caso, o produto a ser desenvolvido é uma interface para a plataforma de comunicação e monitoramento que poderá ser acessada via web, tanto por um website como por um web aplicativo. A base é o mapa digital interativo do município, onde será possível acrescentar, sobrepor ou filtrar camadas. Representado através de um diagrama na figura 03.

Imagem 3. Diagrama da Plataforma.
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A estrutura fundamental da plataforma depende de alguns fatores que estão listados no diagrama a seguir (figura 4), são eles: as pessoas que integrarão essa plataforma, que por ser uma plataforma aberta tem dois perfis; a população no geral e a administração pública; os procedimentos organizacionais, que serão fundamentais para delimitar regras e políticas de implantação para a plataforma; os dados, que são a base para a construção das camadas e; os programas a serem utilizados para a construção da plataforma.

Imagem 4. Diagrama da Plataforma.

Como estratégia de desenvolvimento entende-se que se inicia o tratamento da informação pela elaboração do mapa base, contendo as informações político-administrativas, como a delimitação do município, os bairros (e/ou regiões administrativas), quadras e lotes. Esses arquivos devem ser anteriormente tratados em uma plataforma SIG.

O usuário é um artefato importante no desenvolvimento do processo de interação com a plataforma, para isso foram definidos quatro usuários tipo, por ser uma pesquisa expositiva não foi realizada uma pesquisa extensa com cada usuário, atentando-se apenas as demandas principais de cada um dos tipos, apresentados no diagrama a seguir (Figura 05). Os usuários foram identificados pelos seus perfis de acesso à plataforma. Nos quais estão presentes dois tipos de técnicos da administração pública um (uma equipe de trabalho) que trabalha diariamente com os bancos de dados, com softwares SIG e com a plataforma em si, obtendo, sistematizando, analisando e disponibilizando os dados. O segundo (também uma equipe de trabalho) que tem como principal função a interação direta com o cidadão seja pelo chat, seja pela verificação e aceite das informações imputadas pelo cidadão. O terceiro usuário são normalmente técnicos e pesquisadores que precisam ter acesso aos dados confiáveis e podem fazer isso por meio da plataforma, normalmente solicitando a extração desses arquivos, por download de gráficos, mapas, impressões e acesso de dados em formato editável, como shapefiles. E o quarto são os cidadãos que utilizam a plataforma principalmente com o objetivo de comunicação e monitoramento das ações da gestão municipal. Cada nível de acesso terá uma interface específica, demonstrada no decorrer do texto.

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Imagem 5. Diagrama dos tipos de usuários.

A plataforma será composta por uma interface web inicial, na qual o usuário pode ou não fazer login no sistema, caso ele deseje acrescentar alguma informação, ou comentário, acessar o chat, ele deverá fazer o cadastro na plataforma, informando seus dados, o que o encaminhará diretamente no mapa para seu bairro de moradia. O usuário pode selecionar o mapa base que deseja utilizar, e adicionar as camadas de acordo com o seu interesse, elas estão separadas por categorias e subcategorias, como: equipamentos, transporte, sistema viário, dentre outros (ver figura 06).

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Imagem 6. Diagrama das camadas.

Todos os dados inseridos na plataforma serão previamente tratados, editados e analisados, segundo o padrão estabelecido pela OGC, utilizando um software SIG, que nesse estudo foi definido o QGis, e colocados em um servidor geográfico, o Geoserver. Fazendo assim a integração de ferramentas, e estruturando o banco de dados a partir da geolocalização dos mesmos. Primeiramente será feita a aquisição de dados por meio de outras plataformas digitais, dentre elas a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mapa base deve ser realizado com levantamentos do município, grande parte dos municípios já possuem um levantamento cadastral e um mapa territorial, diante disso, o mesmo deve ser atualizado para conter todas as informações do município.

Além da inserção ou remoção de camadas. Será possível visualizar o mapa dentro do espaço temporal, isso significa indicar o ano que deseja buscar, o usuário poderá acompanhar o histórico de implantação das camadas de interesse e até mesmo monitorar qual deve ser a situação futura em determinado tempo, previamente definido através das diretrizes do Plano Diretor e da Lei de Diretrizes Orçamentarias, que serão inseridas na plataforma pelo órgão competente da prefeitura.

Visando não somente o monitoramento e perspectiva futura de implantação, também será possível aos usuários realizarem o acompanhamento da situação real momentânea, por meio da inserção de informações no mapa digital interativo, utilizando fotos, vídeos e comentários, que poderão ser visualizadas pelos órgãos competentes responsáveis pelo município, definidas nos procedimentos organizacionais. O órgão governamental responsável deverá acompanhar e validar as informações disponibilizadas pelos usuários, além do que outros usuários também poderão confirmar tais informações a fim de validar as mesmas.

Seguindo as etapas do processo metodológico utilizado, o diagrama a seguir (figura 07) mostra a estrutura hierárquica de acesso e navegação do sistema. No qual foram definidos grids e os elementos específicos para cada interface, sendo as mesmas ajustáveis para os aplicativos móveis. As peças gráficas devem ser elaboradas seguindo a proposta conceitual de cada ícone e seu contexto a ser representado, o que não será tratado neste estudo.

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Imagem 7. Diagrama de interfaces.

Entre as questões fundamentais a serem destacadas na criação do mapa interativo está o fato de que os sentidos humanos serão colocados em prática. Para Moraes e Loper (2014), os maiores responsáveis pela interação do usuário com o software são os olhos, e as pessoas visualizam primeiramente os lugares de seu interesse no mapa, e isso está diretamente ligado à movimentação dos olhos, neste caso a importância sempre vai ser dada para a informação mapeada percebida. Nesse sentido, definiu-se que ao fazer o login o usuário seja encaminhado para sua região de interesse.

A intenção para utilização de tal estratégia é que, tanto no contexto web quanto móvel, a usabilidade da plataforma seja simplificada e facilitada, visando sempre que a interação se dê de forma legível, adaptável e acessível, para atender qualquer perfil de usuário (MORAES e LOPER, 2014). Segundo Hiltnuen et al. (2002 p.95), a experiência do usuário móvel está ligada diretamente aos cinco elementos influenciadores: utilidade, usabilidade, disponibilidade, estética, processo offline.

Determinaram-se assim, apenas três barras de ferramentas, que serão onde as “subpastas” estarão localizadas, através de ícones representativos das ferramentas necessárias. Dentre as preocupações relacionadas à interface estão a tipografia e a paleta de cores, que também deve ser definida levando em consideração as matizes mais relevantes, observando que as camadas e o mapa em si já possuem padrões definidos, devido aos dados geográficos representados, entende-se então que a paleta deve possuir tons de cinza. A plataforma também permite outputs, que podem ser imagens de exportação, a exportação dos “shapefiles” ou a impressão dos mapas.

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8. Conclusões

A presente pesquisa teve como objetivo a contribuição de uma proposição de uma interface para uma plataforma de comunicação e monitoramento da gestão pública, a proposição teórica e conceitual que buscou apresentar conceitos bases e correlatos para a estruturação do tema. Sabe-se que o acesso à informação ainda é uma ação complexa, principalmente no campo da gestão pública.

Conclusivamente, pode-se afirmar que uma plataforma de monitoramento é sim uma possibilidade para que a população tenha acesso a uma informação de qualidade, as elaborações em nível de detalhe da interface da plataforma não foram concluídas totalmente, e para a construção de um protótipo observa-se a necessidade de uma melhor estruturação da proposta conceitual apresentada, observando algumas limitações diagnosticadas no desenvolvimento do processo. O percurso percorrido possibilitou o conhecimento da complexidade imbuída neste processo, que estão além da elaboração da interface. Percebe-se que aplicação do método foi fundamental para a estruturação dos diagramas apresentados.

A informação por si só é algo complexo, e a maneira com que ela deve ser transmitida deve ser facilitada, e isso é o objetivo da plataforma, a sistematização e o tratamento da informação para que o mesmo seja facilitado ao chegar ao cidadão final. Verificou-se também a importância do usuário no processo de concepção da interface, e da identificação de cada tipo de usuário que acessa a plataforma. A pesquisa contribuiu para avaliar as potencialidades e dificuldades apresentadas para a elaboração do produto final. Essas que percorrem decisões a serem tomadas não apenas pelo desenvolvedor da interface, mas, principalmente, pelo contratante, neste caso, a gestão pública.

Referências

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OGC (Open Geospatial Consortium) é uma organização internacional sem fins lucrativos, que tem como objetivo facilitar a interoperabilidade entre sistemas que envolvem informações espaciais, criando padrões abertos de qualidade para os dados geoespaciais.