Texto de apoio: Gustavo Araujo, atleta de tiro com arco com deficiência visual

Gustavo Mendes Araújo, campeão do Pan-Americano de tiro com arco em Santiago, Chile, em 2022, tornou-se o primeiro paratleta a conquistar o título na categoria de deficientes visuais. Essa classe não faz parte do atual Programa dos Jogos Parapan-Americanos e Paralímpicos.

Gustavo começou a praticar o esporte em 2015, inspirado por um amigo que participou de um campeonato mundial na Alemanha. Em 2017, foi impedido de competir no Mundial na China devido à exclusão de sua categoria. Em 2019, participou do Mundial na Holanda, mas não obteve sucesso.

Adaptações no esporte: Gustavo utiliza uma base no chão para alinhar e manter os pés na posição correta e constante e um tripé com uma mira tátil que ajuda a direcionar o arco. Esse equipamento é montado e alinhado pelo técnico na direção do centro do alvo. O tempo é o mesmo em todas as categorias do tiro com arco.

No Brasil, o esporte ainda está em crescimento, com poucos atletas de alto rendimento. Gustavo é o único competidor oficial de sua categoria no país.

Fonte: BRASIL, P. Entrevista com Gustavo Mendes, o arqueiro cego, campeão do Parapan-Americano de tiro ao arco. YouTube, 14 dez. 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k9MIn4993-Y. Acesso em: 29 jul. 2024.

Texto de apoio: Matt Stutzman, atleta de tiro com arco com deficiência física

Matt Stutzman, também conhecido por Arqueiro sem braços, nasceu sem os braços e foi adotado aos quatro meses de idade. Ele cresceu em uma família de caçadores em Iowa, nos Estados Unidos. Aos 16 anos, com a ajuda de seu pai, adquiriu seu primeiro arco, mas foi roubado no ano seguinte. Em 2008, ele retomou a prática, desenvolvendo uma técnica única que envolve o uso do ombro direito e um dispositivo mecânico para atirar.

Stutzman ganhou notoriedade internacional ao conquistar a medalha de prata nas Paralimpíadas de Londres, em 2012. Posteriormente, estrelou no documentário da Netflix chamado Rising Phoenix, lançado em agosto de 2020. Indo para seu terceiro Jogos Paralímpicos em Tóquio 2020, Stutzman almejava superar seu resultado de prata obtido no composto individual masculino em 2012.

Ao longo de sua carreira, ele também ganhou uma medalha de prata nos Jogos Parapan-americanos de 2015, uma medalha de ouro por equipe no Campeonato Mundial de Tiro com Arco Paralímpico de 2015, e uma de bronze no Campeonato Mundial de Tiro com Arco Paralímpico de 2019. Em 9 de dezembro de 2015, Stutzman quebrou o recorde mundial do Guinness ao acertar um alvo a 310 jardas, a maior distância ratificada por qualquer atleta.

Fonte: INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE. Matt Stutzman. s.d. Disponível em: https://www.paralympic.org/matt-stutzman. Acesso em: 29 jul. 2024.

Texto de apoio: Capacitismo

Capacitismo é o termo utilizado para descrever preconceito, discriminação ou opressão contra pessoas com deficiência. Relacionada principalmente aos impedimentos corporais, essa discriminação ocorre quando se presume que indivíduos com deficiência têm capacidades limitadas ou reduzidas, constituindo-se automaticamente em menos capazes ou sem autonomia em comparação com aqueles sem deficiência. O capacitismo está baseado na suposição de que as capacidades das pessoas sem deficiência são a norma, o que resulta em visão limitada e depreciativa das capacidades delas.

Fonte: MARCHESAN, A.; CARPENEDO, R. F. Capacitismo: entre a designação e a significação da pessoa com deficiência. Trama, v. 17, n. 40, p. 56–66, 2021. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/trama/article/view/26199. Acesso em: 30 jul. 2024.

Texto de apoio: Tiro com arco paralímpico

O objetivo do tiro com arco é lançar flechas o mais próximo possível do centro do alvo, que está situado a 70 metros de distância. Quanto mais perto do círculo central a flecha acertar maior será a pontuação, variando de 1 a 10. O alvo é composto por 10 círculos concêntricos com um diâmetro de 1,20 metros.

Nas Paralimpíadas, o tiro com arco pode ser praticado por pessoas com amputações, paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral, doenças progressivas e disfuncionais como atrofia muscular e escleroses, disfunções articulares, lesões na coluna e múltiplas deficiências. Além das competições individuais e em duplas, a modalidade inclui disputas por equipes, com três arqueiros em cada time. As regras seguem as mesmas adotadas nas Olimpíadas. Os atletas de tiro com arco são divididos em três grupos de classes diferenciadas pela capacidade de ficar em pé e/ou pela mobilidade dos braços e tronco, sendo elas:

W1 e W2: para atletas com deficiências graves que afetam três ou quatro membros (braços e pernas).

OPEN (arco recurvo e composto): para atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior) ou em dois membros (inferiores ou superior e inferior do mesmo lado).

V1, V2 e V3: para atletas com deficiência visual (essa categoria não faz parte dos Jogos Paralímpicos).

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Tiro com Arco. Disponível em: https://cpb.org.br/modalidades/tiro-com-arco/. Acesso em: 30 jul. 2024.

ORIENTAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DOS MATERIAIS

Para cada aluno, entregue cinco palitos de churrasco, sendo dois cortados ao meio, 50cm de fio de nylon ou linha de pesca, uma tampinha de garrafa pet e fitas crepe. Para a construção, siga as orientações do vídeo Como fazer um arco e flecha, do canal Tubalatudo.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jC6G1pfw4yE&t=203s. acesso em: 30 jul. 2024.

É possível também construir um arco maior com cano PVC de 25mm. No entanto, devido a necessidade de recursos como fogo, recomendamos que esta construção seja realizada previamente pelo professor.