Texto de apoio: Tiro paradesportivo

No esporte de precisão tiro paradesportivo, os atletas usam a concentração e controle da respiração para diminuir sua frequência cardíaca para garantir maior estabilidade e desempenho durante a prova. O objetivo é atingir o centro do alvo com um número determinado de disparos. O alvo possui 10 anéis, cada um atribuindo uma pontuação de 1 a 10, com o anel central valendo 10 pontos.

As provas são divididas em masculina, feminina e mista nas modalidades de carabina (rifle) e pistola, com competições em três distâncias: 10m, 25m e 50m.

As regras (incluindo o número de tiros e o limite de tempo) dependem da arma, da distância, do alvo ou da posição de tiro.

Podem participar da modalidade nas Paralimpíadas atletas que possuam deficiência física nos membros superiores ou inferiores. A classificação dos competidores é realizada com base no equilíbrio, na mobilidade dos membros, na força muscular e no grau de funcionalidade do tronco. Atletas com variados tipos de deficiência competem entre si, sendo distribuídos em duas classes: SH1 e SH2.

Classe SH1: Atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para a arma.

Classe SH2: Atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar.

Recentemente, a World Shooting Para Sport, organização internacional responsável pela supervisão e regulamentação do tiro esportivo paradesportivo, adotou a categoria de tiro para pessoas com deficientes visuais (SH3).

Alvo de tiro para impressão https://bit.ly/3SmGnmZ

ORIENTAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DOS MATERIAIS

Carabina: um cano PVC 25 mm de 25 cm de comprimento, 1 cano PVC 25 mm de 15 cm de comprimento, cola quente, fita isolante.

Cole os dois canos com a cola quente, encaixe a bexiga no cano de 25 cm, reforce com a fita isolante.

Pistola: um T de PVC de 25mm, um cano PVC de 25 mm de 15 cm, dois canos PVC de 25 mm de 6 cm, uma fita isolante.

Encaixe os canos no T, o cano de 15cm será encaixado na frente, coloque a bexiga no cano de 6 cm e reforce com a fita dois canos de 4 cm aos joelhos.

Durante a vivência, tenha bexigas reserva e fitas, caso algum brinquedo estrague.

Texto de apoio: Movimento Surdolímpico

Inicialmente chamados Jogos Internacionais Silenciosos, as Surdolimpíadas ou Deaflympics foram criadas em 1920 e tiveram sua principal competição internacional em 1924, com a criação do Comitê Internacional de Esportes para Surdos (Santana Jr, 2023).

Segundo Franco (2019), o objetivo de sua criação foi promover o esporte entre as pessoas surdas, mostrando-se como forma de combater o preconceito da época com relação a elas. Os surdoatletas competem seguindo as regras oficiais dos esportes convencionais com algumas modificações relacionadas à arbitragem (Franco, 2019), como o uso de luzes de cores diferentes utilizadas na largada e na saída nas provas de natação e atletismo ou u uso de bandeirinhas pelos árbitros no caso do futsal e do futebol. A elegibilidade para participar das Surdolimpíadas requer uma perda auditiva de pelo menos 55 dB no melhor ouvido, conforme avaliação realizada por audiometria. Os atletas se classificam em única classe de competição (Santana Jr, 2023).

A surdez não é uma deficiência elegível nos Jogos Paralímpicos. De acordo com Franco (2019), a surdez é percebida pelos surdos como característica de sua identidade e sua forma de comunicação. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma das principais marcas da cultura das pessoas surdas. Esse meio de comunicação, além de fazer parte da construção de sua identidade, é também um modo de fortalecimento social e político.

Embora haja interesse em incluir as pessoas surdas nos Jogos Paralímpicos, existem barreiras que impedem que isso aconteça, como inviabilidade financeira e logística. Essas barreiras incluem a necessidade de intérpretes de várias nacionalidades, a falta de garantia de igualdade entre os atletas devido à presença de ouvintes e a possibilidade de descaracterizar a competição, tirando a autonomia de surdos na organização do evento (Ammons; Eickman, 2011).

Saiba mais em: Movimento Surdolimpico, Disponível em: https://paradesporto.unifesp.br/producao/. Surdolimpíadas (deaflympics): histórias e memórias dos esportes surdos no Brasil (1993-2017), Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/202258. Acesso em 05 maio 2024.