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E-learning

Autores
Brenda Cristyanne Silva Cabral
Eliane Carolina de Oliveira
Marina Brito Campos
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Introdução/evolução histórica

Nas ultimas décadas, percebe-se cada vez mais o acréscimo da letra ‘e’ a um conjunto de palavras tais como: e-commerce, e-banking, e-business, e-research, e-science, e-learning, e-lessons, entre outras, para designar o componente ‘eletrônico’ que se faz presente nas várias áreas da sociedade atual. No campo da educação, o termo 'e-learning', juntamente com 'aprendizado on-line' e 'aprendizado virtual' também começaram a aparecer designando uma modalidade de ensino que faz uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs). A consolidação do e-learning ocorreu a partir da educação à distância, sendo iniciada por meio do ensino e tutoria com o uso de correspondências, rádio e televisão (ALVES, 2011). De fato, o e-learning, da forma como é desenvolvido atualmente, é produto de anos de engenho e inovação humana e há momentos na história que contribuem para o seu nascimento. Dessa forma, com o objetivo de tecer uma história de como o e-learning surgiu, este capítulo apresenta uma evolução histórica da formação/educação a distância e do e-learning os quais encontram-se associados a uma sucessão de revoluções tecnológicas.

No Brasil, os primeiros registros desse tipo de educação foram a partir do século XX com anúncio em jornais de cursos profissionalizantes por correspondência. Entre as décadas de 1970 e 1980 iniciou-se a oferta de cursos supletivos no modelo de teleducação, caracterizado por aulas via satélite e materiais impressos complementares. Na década de 1990, a maior parte das Instituições de Ensino Superior Brasileiras incluiu a educação a distância com as novas TICs, fazendo da Web a mais usada fonte de informação (CAÇÃO, DIAS; 2003; ALVES, 2011).

Atualmente, a oferta dessa modalidade tem sido crescente em vários segmentos educacionais, desde cursos de capacitação profissional, formação em licenciaturas e ainda cursos de pós-graduação lato e stricto sensu com o uso do e-learning. Tais cursos são vinculados a uma série de vantagens como a interatividade e o alcance simultâneo de inúmeras pessoas. Numa sociedade na qual a desatualização é rapidamente construída, são necessárias não somente novas formas de ensino e aprendizagem que acompanhem essa dinamização, mas também que se adéquem ao estilo e ao ritmo de aprendizado de cada aluno. Entretanto, é importante pontuar que, mesmo com os avanços, a formação a distância e o e-learning enfrentam desafios para alcançar um lugar de destaque no meio educacional (MARQUES; CARVALHO, 2009; ALVES, 2011).

Definição dos termos

Segundo Cação e Dias (2003, p. 24), e-learning é “um tipo de aprendizagem na qual a informação e o material de estudo se encontram disponíveis na Internet”. Nesse mesmo sentido, Rego Jr (2001, p. 222) conceitua o termo como “o aprendizado remoto com a utilização de algum meio de comunicação”. Dessa forma, percebe-se que o e-learning alia os conceitos de aprendizagem eletrônica e formação à distância via internet.

Para promover o e-learning, alguns recursos são necessários, uma vez que o conteúdo (aulas, documentos de apoio, testes, vídeos, chats etc.) deve estar acessível ao grupo de alunos onde quer que eles estejam fisicamente, por meio da utilização das TICs. Nesse sentido, os recursos mínimos utilizados em um e-learning são: computador (ou outro equipamento com funções similares, por exemplo, um Personal Digital Assistant (PDA)), conexão com a Internet e software de navegação na Web (browser) (CAÇÃO, 2003; GOMES, 2005). Portanto, observa-se que o e-learning está intrinsecamente associado à formação à distância via Internet e ao serviço WWW (World Wide Web), uma vez que o conteúdo encontra-se disponível on-line, 24 horas por dia podendo o aluno acessá-lo quando lhe for mais conveniente (CAÇÃO; DIAS, 2003; GOMES, 2005).

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Diferença entre e-learning e educação à distância

Tanto o e-learning quanto a educação à distância (EAD) utilizam a interatividade como recurso para o aprendizado colaborativo, possibilitado pelas novas TICs (FERNANDES, 2013). No entanto, conforme destacado por Bernardo-Rocha e Arata (2003), há autores que contestam a utilização do termo EAD como sinônimo de e-learning, pois veem a EAD sendo mais utilizada no contexto acadêmico para oferecer cursos de caráter educacional, enquanto o e-learning pode ser utilizado também em um contexto corporativo visando atender, por exemplo, as necessidades de treinamento de funcionários de uma empresa para o alcance de melhores resultados nos negócios.

Em seu artigo, Fernandes (2013) faz algumas observações que ajudam a entender as diferenças entre essas duas formas de aprendizado expressas no quadro 1, a seguir.

Quadro 1. Diferenças entre e-learning e EAD.
Modalidade de Educação E-learning EAD
Aplicação Apenas por meios eletrônicos e tecnológicos Dá-se tanto por ferramentas impressas quanto eletrônicas e tecnológicas
Formas de transmissão Se consolidou com o desenvolvimento das TICs e o advento da internet Professores e alunos estão separados espacialmente e diversas tecnologias de comunicação são utilizadas (baixo ou alto nível tecnológico)

Modelos pedagógicos

O modelo pedagógico para EAD consiste em um conjunto de ideias teóricas que representa, informa e orienta como abordar este modelo no currículo, como concretizá-lo em práticas pedagógicas e nas interações professor, aluno e conhecimento (BEHAR, 2009). Podem ser caracterizados, como:

Auto-formação

No modelo que utiliza a auto-formação, o formando trabalha sozinho ou com uma participação muito limitada do formador, cabendo ao formando toda a organização do seu processo de aprendizagem, definindo ele mesmo quando, onde e como aprender, sendo a participação de um tutor ou formador escassa ou inexistente, podendo o aluno recorrer a ele para esclarecer algumas questões específicas (CAÇÃO; DIAS, 2003).

Aprendizagem colaborativa

Nesse modelo pedagógico, o formando integra-se num grupo de trabalho virtual, com o apoio do formador ou tutor, podendo existir além da interação entre professor-aluno (formador-formando), um modelo de interação aluno-aluno (formando-formando), numa perspectiva colaborativa através da utilização de ferramentas de comunicação, como o e-mail, os fóruns, chats, mensageiros instantâneos e outros que possibilitem estabelecer um contato rápido (CAÇÃO; DIAS, 2003; GOMES, 2005).

Assim, a aprendizagem colaborativa é, segundo ideias apresentadas em Usbancorp (Piper Jaffray, Helping Investors Climb the e-Learning Curve; Nov. 1999, p. 13, citado em Learnframe, 2000) e citadas por Gomes (2005), baseada no significado não no prefixo ‘e’, mas em palavras iniciadas pela letra “e”, como: “Exploração de uma imensa quantidade e diversidade de recursos disponíveis na Internet, na partilha de Experiências entre todos os participantes, no Envolvimento decorrente da participação numa comunidade de aprendizagem no espaço virtual, numa perspectiva Empreendorista do papel do aluno, tudo isto facilitado por uma relação (metaforicamente) Empática com a utilização da Web enquanto tecnologia de suporte”.

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Tipos de ensino

Outra classificação comumente realizada quando se refere ao e-learning e discutida por Cação e Dias (2003), está apresentada no quadro 2.

Quadro 2. Classificação dos tipos de ensino em e-learning.
Tipos de ensino Características Interatividade
Síncrono a aprendizagem on-line reproduz virtualmente, o ambiente de sala de aula presencial, com um professor presente, turma limitada e com hora marcada. Imediata. Chat, voz ou vídeo.
Assíncrono o ensino é dado a distância, de forma individual, independente de horário e da presença do professor, e o número de alunos em simultâneo está ilimitado. Não imediato. E-mail, grupos de discussão ou fóruns.
Blended-learning é um modelo de formação misto, que integra a aprendizagem on-line e a presencial. É preferencialmente adotado pelas universidades. A presença do aluno, na sala de aula, em determinadas etapas do processo de ensino é considerada determinante (avaliação). Não imediato. Fórum on-line, encontros presenciais agendados.

Evidências sobre Eficácia, vantagens e desvantagens

A eficácia do e-learning tem sido demonstrada por artigos, que, em sua maioria, o compara com abordagens tradicionais orientadas pelo professor. Os principais aspectos estudados incluem o custo-efetividade, a viabilidade do método e a satisfação dos alunos (RUIZ; MINTZER; LEIPZIG, 2006).

A partir dos resultados dos estudos, observou-se, uma crescente satisfação dos estudantes com o uso do modelo, resultando em aprendizagem equivalente ao ensino tradicional ou até mesmo com melhor retenção de conteúdos (CHUMLEY-JONES; DOBBIE, 2002; CHAUHAN et al., 2019). Devido à facilidade do uso e ao suporte visual adicional, foi verificado em estudo qualitativo, que o ensino vinculado ao meio virtual, favoreceu o processo de aprendizagem clínica em alunos de enfermagem, sugerido como alternativa para reduzir lacunas entre teoria e prática (BARISONE et al., 2019). Ao avaliar o e-learning na perspectiva de discentes, verificou-se vários relatos vinculados aos benefícios de modelos híbridos para o ensino com abordagens tradicionais, seguido pelo e-learning. Porém, o método também apresenta limitações a serem discutidas (CHAUHAN et al., 2019).

Dentre as vantagens e as desvantagens do modelo, podemos destacar com base em Cação; Dias (2003) e Cabero (2006) as seguintes:

Quadro 3. Vantagens e desvantagens do e-learning.
Vantagens Desvantagens
  • Facilidade de acesso a um amplo volume de informações, independente do momento temporal e do espaço físico;
  • Ensino mais versátil com rapidez de publicação e atualização de conteúdos;
  • Eficácia na formação personalizada. O aluno pode manter seu ritmo de aprendizado e realizar cursos de acordo com suas necessidades e interesse;
  • Aluno com participação mais ativa;
  • Diversidade de ferramentas e serviços de comunicação;
  • Estimula a interação e a formação em grupo, colaborativa;
  • Formação com custos mais baixos;
  • Reforço da cultura empresarial;
  • Informação distribuída com uniformidade para os usuários.
  • Fatores técnicos que envolvem velocidade e seguranças dos acessos à internet;
  • Fatores pedagógicos caracterizando falta de conhecimento sobre as metodologias de aprendizagem na modalidade on-line;
  • Professores mal treinados;
  • Falta de mão de obra especializada;
  • Requer habilidades de auto-aprendizagem do aluno;
  • Lacunas na avaliação dos alunos;
  • Preconceito quanto à certificação;
  • Generalização nas universidades;
  • Dificuldade de concentração dos alunos por mais de 20 minutos;
  • Resistência à mudanças do sistema tradicional;
  • Alguns cursos com baixa qualidade de conteúdos.
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Avaliação

O processo de avaliação no e-learning consiste na utilização de ferramentas informatizadas. Estas ferramentas disponibilizam uma variedade de perguntas, a possibilidade da criação de base de dados com questões, produção de relatórios com os resultados e o fornecimento de retorno imediato aos alunos (CAÇÃO, 2003; MARQUES; CARVALHO, 2009). As ferramentas podem estar incluídas num sistema de gestão de aprendizagem (Learning Management System - LMS) ou adquiridas de forma independente. Como exemplo de avaliação adquirida, tem-se, por exemplo, o Question Mark e o Question Tools Suite. Outras ferramentas da web 2.0 também podem ser utilizadas no processo, tais como o Survey Monkey e o Google Docs (MARQUES; CARVALHO, 2009).

Papel na sociedade e oportunidades de utilização

O e-learning está em expansão e tem sido utilizado tanto no setor educacional quanto no setor produtivo por possibilitar acesso à tecnologia e à informação como base para a promoção da aprendizagem contínua. Um exemplo em que esses dois setores podem se beneficiar é o Work-based learning que integra as atividades no ambiente de trabalho às atividades acadêmicas, diminuindo a distância entre a universidade tradicional e o mercado de trabalho e, também, a oferta de cursos temáticos voltados para a formação profissional (inglês, francês, informática, tecnologias). Assim, as universidades e as empresas estão se aproximando mais, atuando em sinergia, principalmente, nas áreas de gestão e administração (CAÇÃO; DIAS, 2003; FERNANDES, 2013).

No setor educacional, o e-learning pode funcionar como complemento ou mesmo como alternativa ao ensino convencional. Já no setor produtivo, o e-learning pode ser utilizado na realização de treinamento online de funcionários (Educação corporativa à Distância/Universidades Corporativas), em capacitações planejadas conforme as demandas de aprendizagem interna dos funcionários (CAÇÃO; DIAS, 2003; FERNANDES, 2013).

Atualmente, observa-se também, além da utilização de e-books (livros didáticos eletrônicos que apresentam atualização frequente sem custo de impressão) e outros recursos presentes no computador, uma variação tecnológica que tem possibilitado uma nova oportunidade de utilização do e-learning: o Mobile Learning (m-learning), que é a aprendizagem por meio de dispositivos móveis, como celulares, tablets, notebooks. Tais dispositivos geralmente possuem acesso às redes sem fio, que abrigam conteúdos multimídias para o aluno estudar em todo lugar, a qualquer momento. Além disso, os mundos virtuais em 3D, games e ambientes em realidade aumentada também têm sido utilizados como espaços de aprendizagem (CAÇÃO; DIAS, 2003; FERNANDES, 2013).

Como desenvolver um ambiente de e-learning

Para se criar um sistema de aprendizagem e-learning é preciso prestar atenção ao perfil do aluno, sua instrução e desenvoltura com a informática. Além disso, é necessário desenvolver uma linguagem de fácil compreensão e possibilitar uma navegação tranquila e produtiva aos usuários. Ademais, alguns componentes principais são importantes, como: um portal de aprendizado, um “sistema de gerenciamento do aprendizado” (Learning Management System - LMS), o conteúdo de aprendizagem, a infraestrutura tecnológica e o padrão de informações (BERNARDO-ROCHA; ARATA, 2003; AROUCA, 2006).

Ainda, em relação aos componentes do e-learning, Ruiz, Mintzer e Leipzing, (2006) destacam os seguintes pontos:

  • Elaboração de materiais didáticos, baseados em princípios pedagógicos para o alcance dos objetivos educacionais;
  • Gerenciamento de conteúdos e rastreamento do sistema, que inclui funções administrativas necessárias para disponibilizar materiais (plataformas, portais, bibliotecas digitais), além de supervisionar o funcionamento do e-learning e o desempenho dos alunos para cada atividade proposta;
  • Padrões que forneçam compatibilidade e utilidade, facilitando o uso disseminado de materiais do e-learning.
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Na tabela 1, a seguir, destacam-se alguns itens essenciais para a elaboração de uma proposta de e-learning e para a escolha do LMS mais adequado, conforme apontado por Cruz (2014).

Tabela 1. Indicadores avaliados para escolha do LMS e das funcionalidades necessárias.
Itens Funcionalidades
Comunicação/Elaboração Calendário; anúncios; e-mail para a turma; discussões; chat; quadro branco; grupos.
Conteúdos Tipos de ficheiros suportados; facilidade de integração de média (A / V); facilidade de ligação a um Website; criação de uma página; upload do ficheiro (um ficheiro / zipado); estrutura do gestor de ficheiros / pastas; a partilha de ficheiros entre disciplinas; módulos de aprendizagem: design / flexibilidade; gestão de conteúdo; glossário.
Avaliação Questionários, pesquisas; base de dados de questões; controle da disponibilidade dos testes; importação / exportação; as discussões em torno de notas; avaliações do grupo; apresentações; envio de trabalhos.
Recursos de gestão de turmas Listas; relatórios de acompanhamento; gestão do grupo; disponibilização seletiva de notas; módulo de aprendizagem / estrutura / flexibilidade; importação / exportação / migração de disciplinas; flexibilidade do projeto / estrutura.
Características das classificações Importação / exportação para Excel; flexibilidade de pontos de vista; fluxo de trabalho; personalização.

Outra ferramenta muito importante durante uma formação à distância é a Tutoria: uma espécie de “tira-dúvidas virtual”, onde o aluno poderá obter respostas simples e automáticas (sobre a localização de determinado assunto dentro do site, por exemplo) ou ainda questões mais elaboradas e/ou relacionadas ao conteúdo, que exigem certo tempo para que o professor possa responder (BERNARDO-ROCHA; ARATA, 2003).

Dessa forma, nota-se que a escolha do LMS adequado é essencial para o sucesso do e-learning, uma vez que gerencia a interação entre os usuários e os recursos de aprendizados. Os principais disponíveis no mercado são: Moodle, Formare, Teleformar.net, Dokeos, Intralearn e Blackboard (AROUCA; 2006, CRUZ, 2014).

Em seus estudos, as autoras Gabardo, Quevedo e Ulbricht (2010) selecionaram as oito plataformas mais citadas nas fontes de pesquisa e utilizadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, conforme descrição na tabela 2, a seguir.

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Tabela 2. Descrição das principais plataformas de e-learning utilizadas no Brasil (GABARDO, QUEVEDO, ULBRICHT; 2010).
Plataforma Portal Disponibilidade Ferramentas de aprendizagem Acessibilidade
TelEduc http://www.teleduc.org.br/ Gratuito.
Desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.
Pode ser redistribuído ou modificado nos termos da GPL (General Public License) a licença para software livre.
Correio eletrônico, Mural Portfólio, Diário de bordo, Bate-papo, Enquetes, Grupos de discussão. Não acessível a deficiente auditivo e visual.
AulaNet http://www.eduweb.com.br/elearning_tecnologia.asp Gratuito.
Desenvolvido pela Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Não informa. Não acessível a deficiente auditivo e visual.
Amadeus http://amadeus.cin.ufpe.br/index.html/ Pode ser redistribuído ou modificado nos termos da GNU.
Desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco.
Permite acesso via dispositivos móveis como celulares e PDAs.
Chat, Discussão síncrona, Micromundos (ambientes síncronos), Fórum, Wiki, Jogos multi-usuários, (resolução colaborativa de problemas). Não acessível a deficiente auditivo e visual.
Eureka http://eureka.pucpr.br/entrada/index.php Desenvolvido para comunidade acadêmica da PUC/PR Fórum e Listas de discussão, Correio eletrônico. Não acessível a deficiente auditivo e parcialmente acessível ao deficiente visual (só áudio, sem leitor de tela)
Moodle http://moodle.org/login/index.php Distribui-se sob licença Open Source: é livre para carregar, usar, modificar e até mesmo distribuir sob condição da GPL. Fórum de discussão, Gestão de conteúdos, Blogs, Wikis, Vídeo-conferência, Certificados digitais. Parcialmente acessível p/deficiente visual (com leitor de tela).
e-Proinfo http://eproinfo.mec.gov.br/ Disponibilizado para Entidades e Instituições conveniada mediante inscrição. Fórum de discussão, Banco de projetos, Estatística de atividade dos alunos, Tira-dúvidas, Diário, Biblioteca, Correio eletrônico, Chat. Não acessível a deficiente auditivo e visual.
Learning Space http://openlearn.open.ac.uk/ Pode ser redistribuído ou modificado nos termos da GNU (General Public License), originário da Open University.
- Tem acesso gratuito a algumas ferramentas.
Fórum de discussão, Chat, Avisos, Estimula uso de redes sociais da web como ferramenta de interação. Afirma cumprir diretrizes de acessibilidade do W3C.
WebCT https://www.elc.uga.edu/webct/entryPageIns.dowebct Software proprietário provedor de e-learning para instituições de ensino, originário da Universidade da Georgia. Chat, Sistema de conferência, Correio eletrônico e outras ferramentas educacionais que auxiliam o aprendizado, a comunicação e a colaboração. Não acessível a deficiente auditivo e visual.
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Considerações finais

Neste capítulo apontamos que a modalidade de educação baseada no e-learning tem se tornado cada vez mais crescente, percorrendo um caminho de consolidação e desafios no meio educacional. Trata-se de uma abordagem e uma ferramenta democrática na aquisição dos mais variados conhecimentos, principalmente pela rápida velocidade de atualização de conteúdos e pelo alcance de um grande número alunos simultaneamente ou em diferentes horários, independente do espaço físico. Além disso, a interatividade fornecida pelo e-learning em cursos de aperfeiçoamento, graduação e pós-graduação contribui para as transformações no contexto ensino-aprendizagem. Transformações estas que refletem em educadores como facilitadores desse processo e nos alunos cada vez mais ativos na construção da sua própria aprendizagem. Em suma, desenvolvimentos em e-learning e nas TICs estão criando as bases para uma revolução na educação, possibilitando uma aprendizagem mais individualizada, melhorando as interações dos aprendizes e oferecendo aos docentes um novo papel.

Referências

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AROUCA, F. A. B. Contribuição do sistema de aprendizagem e-learning para o treinamento empresarial: um caso na indústria de bens de consumo. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-12032007-173302/pt-br.php. Acesso em: 28 maio 2019.

BARISONE, M.; BAGNASCO, A.; ALEO, G.; CATANIA, G.; BONA, M.; SCAGLIA, S. G.; ZANINI, M.; TIMMINS, F.; SASSO, L. The effectiveness of web-based learning in supporting the development of nursing studentes` practical skills during clinical placements: A qualitative study. Nurse Education in Practice. v. 37, p. 56-61, 2019.

BEHAR, P. A. Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. 310 p.

BERNARDO-ROCHA, E. E. R.; ARATA, R. N. E-learning – O desenvolvimento do aprendizado eletrônico para treinamento interno: uma proposta para uma instituição de ensino profissionalizante. In: EGEPE – ENCONTRO DE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS. 3., 2003, Brasília. Anais... Brasília, UEM/UEL/UnB, 2003, p. 24-40.

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