Atuação bibliotecária em relação à leitura literária em bibliotecas escolares
Larissa Rosa de Oliveira PPGEEB-CEPAE/UFG
Ilma Socorro Gonçalves Vieira – CEPAE/UFG
Introdução
As primeiras bibliotecas no Brasil têm origem em 1549, advindas dos mosteiros jesuítas (Maroto, 2012). De lá para cá, grandes foram as alterações vivenciadas em alguns desses espaços, como a substituição da leitura silenciosa pela promoção de atividades culturais, ou ainda a modernização nos serviços oferecidos, oriunda do boom tecnológico. Ao mesmo tempo, muitas bibliotecas seguem engessadas no tempo, se assemelhando às primeiras que foram criadas, silenciosas e voltadas para o estudo individual, em vez de corresponderem ao desejado na atualidade: um local atuante em relação à cidadania, à promoção da leitura e à democratização do conhecimento.
Isso é especialmente notório quando as discussões permeiam a temática da Biblioteca Escolar. Apesar de várias iniciativas do Poder Público, voltadas para a estruturação e uso das bibliotecas escolares, regulamentadas pelas políticas públicas educacionais vigentes, o que se observa muitas vezes, na prática, são espaços abandonados, considerados por muitos como depósitos de livros (Oliveira, 2019; Oliveira, 2022; Maroto, 2012), sem recursos pessoais e estruturais adequados ou orçamentários.
Para solucionar esses problemas, é necessária, além da disponibilização de recursos, uma efetiva aplicação das políticas públicas voltadas para as bibliotecas escolares, de modo a garantir para a gestão desses espaços a presença de bibliotecários formados e devidamente registrados em órgãos competentes, além do incentivo ao desenvolvimento de ações diversas, entre elas, de promoção da leitura literária, dentro do ambiente escolar, contando com a parceria entre professor, bibliotecário e gestão da instituição. Essa necessidade se faz evidente, sobretudo, quando compreendemos que a promoção da leitura é um meio de democratização do acesso ao conhecimento (Oliveira, 2022) e estratégia fundamental para libertar o povo brasileiro e para o processo de reconstrução da sociedade (Silva, 1993).
Pensando nessas questões, surge a proposta do presente artigo: discutir a importância da atuação bibliotecária para a promoção da leitura literária dentro da Biblioteca Escolar, a partir da parceria com a equipe pedagógica e dos meandros que perpassam a função do profissional habilitado para gerir esse espaço. Assim, será analisada a relação entre a prática bibliotecária e as ações possíveis, em se tratando do incentivo à leitura, da promoção do conhecimento e, especialmente, no que diz respeito à formação do leitor literário.
A promoção da leitura literária
A leitura literária tem características diferentes da leitura não literária ou leitura técnica. Segundo Chartier (2001), as obras não literárias possuem protocolos para a leitura que acabam direcionando e modificando a experiência da leitura, antes mesmo de o material ser lido. Já a leitura literária permite alcançar as singularidades da leitura, vivenciar experiências diferentes e oportunizar outras produções de sentido (Blanchot, 1969). Tal fato é exemplificado por Silva (1993):
Quem já se amarrou num bom romance e dele foi testemunha sabe que a literatura é capaz de criar tensões em nós mesmos e suscitar intuições acerca da vida humana. De repente, somos como que fisgados pelo texto e empaticamente acompanhamos as personagens no miolo da trama, enfrentando conflitos e superando obstáculos. No prazer gerado pela complexidade e oscilação dos significados – decorrência natural do movimento de nossa consciência no adentramento do texto literário – vamos conhecendo e compreendo melhor o mundo e a nós mesmos (Silva, 1993, p. 21).
Percebe-se, desse modo, que a experiência da leitura é imersiva e permite que sejam produzidos novos sentidos que agregam às reflexões e à vida do leitor. Essa relação intrincada e complexa é tão inerente ao ser humano, que se faz presente desde os contos populares, transmitidos oralmente ao longo da história. E, dos contos oralmente disseminados até a efetivação da leitura, faz-se notória a complexidade da formação leitora e dos vários aspectos envolvidos. Alguns autores, inclusive, afirmam que a leitura literária é algo “inquietante e desassossegador” (Neta, 2014), que tem múltiplas finalidades, servindo tanto para entreter quanto para fomentar conhecimento ou expressar as necessidades e visões de mundo daquele que lê. Outros, como Canclini (1980 apud Silva, 1993), afirmam que o texto literário é uma busca arriscada e que as vivências dos personagens se assemelham à realidade do leitor, num enlace de contradições e possibilidades. Além disso, “o texto literário dá vazão às mais variadas leituras, dependendo das potencialidades, características e gostos de cada indivíduo que o lê” (Moura; Dias; Silva, 2016, não paginado).
Dessa forma, “o sujeito-leitor, a partir do seu repertório de vivências, confronta o texto literário com o intuito de construir o seu significado e chegar aos referenciais que demarcam o seu contexto” (Silva, 1993, p. 25). Nesse processo, o leitor passa a ser ente interativo com a leitura, sendo produtor de novas vivências e práticas sociais a partir daquilo que é lido. Talvez por isso, autores como Terra (2014) afirmem que a leitura literária exige mais do leitor do que a leitura não literária, já que o leitor precisa se atentar ao que é dito de forma clara, mas também pelo que não é dito pelo autor. Precisa compreender as nuances, as motivações, se inserir na história e, a partir disso, construir seu próprio caminho na leitura. E a partir disso, caminhar rumo à construção de um saber crítico.
Com base nessa compreensão, é essencial questionar como a leitura literária pode ser trabalhada na escola, especialmente na Biblioteca Escolar, já que, nesse espaço, o livro e a leitura não devem ser tratados de forma escolarizada e sim como elementos subjetivos e transformadores. Pensando nessa questão, trazemos à tona a importância de estratégias que favoreçam a viabilização de experiências significativas com a leitura literária, tanto em sala de aula, quanto na Biblioteca Escolar, de modo que os estudantes “possam se apaixonar pelo texto, bem como criticar, odiar e questionar, afinal envolver-se é diferente de simplesmente gostar de tudo que lhes é apresentado” (Soares; Rocha, 2020, não paginado).
Para isso, é essencial que os profissionais da educação atuantes diretamente com os estudantes – bibliotecários e professores, em especial – estejam atentos à necessidade de uma promoção da leitura literária, que considere a riqueza da multiplicidade de sentido dos textos, assim como as subjetividades envolvidas no ato da leitura realizada por diferentes sujeitos, como fatores determinantes nos processos de fruição estética e de recepção das obras. A mediação, nesse sentido, tanto por parte do bibliotecário quanto por parte do professor, é atenciosa e sutil, ao mesmo tempo em que se faz decisiva, aberta e franca, para que a leitura ocorra de modo criterioso, embora livre de padrões ou valores que corrompem as possibilidades de os textos se constituírem como fonte de diálogos para o leitor.
A seguir, discutiremos mais sobre a atuação de bibliotecários e professores em relação à promoção da leitura literária, principalmente dentro das bibliotecas escolares.
A atuação do bibliotecário e do professor na promoção da leitura
Tanto o professor quanto o bibliotecário escolar são profissionais que atuam na área da educação, devendo realizar atividades voltadas para o cumprimento dos objetivos da instituição escolar, com o intuito de promover o desenvolvimento integral do estudante, na perspectiva de uma educação emancipatória e transformadora. Ao buscarem estratégias que favoreçam o acesso dos estudantes ao livro, ambos profissionais se fundamentam na premissa de que a leitura é um ato político. Isso é discutido por Lajolo (1996), que afirma:
A leitura é, fundamentalmente, processo político. Aqueles que formam leitores – alfabetizadores, professores, bibliotecários – desempenham um papel político que poderá estar ou não comprometido com a transformação social, conforme estejam ou não conscientes da força de reprodução e, ao mesmo tempo, do espaço de contradição presentes nas condições sociais da leitura, e tenham ou não assumido a luta contra aquela e a ocupação deste como possibilidade de conscientização e questionamento da realidade em que o leitor se insere. (Lajolo, 1996, p. 28).
O papel assumido pelos profissionais que investem na promoção da leitura na escola pode cumprir, portanto, uma função social de grande relevância, uma vez que, os resultados dos trabalhos empreendidos podem impactar, de maneira significativa, nas mais variadas instâncias da vida em sociedade, posto que, a partir da leitura, é possível enxergar o mundo de modo ampliado, mais consciente quanto à complexidade das relações humanas e comprometido com as demandas coletivas. Assim, quando professores e bibliotecários se unem na promoção da leitura, aumentam as chances dessa leitura afetar positivamente a trajetória de cada estudante e, possivelmente, de ela se constituir como um valioso meio que favorece a transformação da realidade. Isso é especialmente importante quando pensamos na Biblioteca Escolar, por este ser um ambiente que fomenta as investigações e a disseminação do conhecimento (Silveira, 1996, Hillesheim; Fachin, 1999), além de se abrir para que a experiência estética possa fazer parte da trajetória estudantil e transponha os muros da escola.
Nesse sentido, é válido lembrar que, ao ter como missão disseminar a cultura, a Biblioteca Escolar atua como instrumento socializador (Pimenta; Huber; Henriques; Silva, 2018), integrando de forma efetiva a instituição escolar e sendo vista como elemento complementar, independente, em se tratando das ações realizadas, mas integrada ao desenvolvimento pedagógico programado (Bretas, 2014).
Assim, por ser um “espaço importante na formação e desenvolvimento do indivíduo” (Oliveira, 2019, p. 47), a Biblioteca Escolar precisa ser valorizada, ter recursos destinados e ser gerida por bibliotecários capacitados, em especial, quando refletimos sobre sua relevância como espaço pedagógico. E, também por isso, precisa ser utilizada por toda a comunidade escolar como o centro investigativo e de democratização cultural que é.
A parceria entre bibliotecários e professores na promoção da leitura literária
O desenvolvimento de ações voltadas para a promoção da leitura literária dentro das escolas é efetivado a partir do compromisso assumido por profissionais da educação que compreendem a importância do investimento na formação do leitor, como forma de contribuir para a construção da autonomia dos estudantes, tanto na busca de conhecimentos quanto no estabelecimento de um horizonte de expectativas relacionado à fruição estética. As ações têm como base as orientações advindas das políticas públicas educacionais interacionais, como o Manifesto IFLA/Unesco para Biblioteca Escolar (1999) e as Diretrizes da IFLA/Unesco para a Biblioteca Escolar (2002). Tais políticas recomendam que professores e bibliotecários sejam parceiros na realização de ações que estimulem a aprendizagem e fomentem a leitura, de modo que, alguns dos objetivos das bibliotecas escolares consistem em propiciar o desenvolvimento de habilidades dos alunos, em relação ao acesso à informação e à construção de conhecimentos, e orientar quanto ao uso do ambiente da Biblioteca Escolar e à realização de eventos culturais e programas de incentivo à leitura (International Federation of Library Association, 2002).
Nesse sentido, é essencial que bibliotecários e professores atuem como promotores e mediadores do processo de leitura, configurando-se como agentes transformadores “na relação entre leitor(a) e livro e parte essencial na formação de leitores(as)” (Oliveira, 2019, p. 62).
Em sala de aula, os professores podem, por exemplo, criar uma comunidade de leitores (Hooks, 2013), ou seja, um espaço em que a presença de estudantes e professores é valorizada e incentivada, de modo a compartilhar a leitura de textos literários e suas considerações sobre eles (Soares; Rocha, 2020). Isso é importante, pois,
a relação entre professor e aluno, professor e leitura é essencial ao progresso ou fracasso das aulas de literatura, consequentemente da leitura literária em sala de aula. Não que se queira impor mais responsabilidades e/ou culpas para a figura do professor, mas as suas práticas de estudo e ensino de leitura podem influenciar positiva ou negativamente a visão que os alunos possam vir a assumir perante a leitura, enfatizando-se entre essas a leitura literária (Moura; Dias; Silva, 2016, não paginado).
No que tange à biblioteca, cabe ao bibliotecário “mediar o usuário na busca da leitura, ou seja, organizar, analisar e difundir a informação” (Espindola, 2011, p. 27). Além disso, esse profissional deve ser proativo e atento às necessidades informacionais dos usuários da biblioteca. Percebe-se, assim, que os alunos são estimulados a ler a partir da ênfase dada à prática da leitura literária pelos professores em sala de aula. E, quando isso se alia à parceria entre professores e bibliotecários, obtêm-se resultados ainda mais positivos no processo de ensino-aprendizagem e na promoção da leitura literária (Espindola, 2011), porque mais que mediadores nesse processo, os profissionais passam a se configurar como referências fundamentais para a continuidade no investimento na leitura por parte dos estudantes. Ao mesmo tempo, constroem- se novas possibilidades de interação com a leitura, com a equipe pedagógica, com a biblioteca e com o livro em si, já que as vivências subjetivas dos estudantes se entrelaçarão às vivências e subjetividades daqueles que compartilham o mesmo ambiente escolar.
Possibilidades de atuação bibliotecária em relação à promoção da leitura literária dentro das bibliotecas escolares
Com base no disposto até aqui, percebemos que é necessária uma atuação em parceria, envolvendo professores e bibliotecários, assim como a equipe pedagógica da instituição como um todo, além do Poder Público, para o desenvolvimento de ações efetivas dentro das bibliotecas escolares, pensando, fundamentalmente, na democratização do acesso ao conhecimento, na promoção da leitura e na formação do leitor literário.
Para Lacombe (2015), a leitura é um processo. No entendimento da autora:
Pode-se começar lendo livros de piada, de receitas; contos populares são deliciosos. Eu acredito que chegará o momento em que não conseguirá mais ficar sem ler. Não saio sem um livro na bolsa. Em cada intervalo do dia, no consultório do médico, no metrô, no ônibus, vou lendo um pouquinho. Quando você percebe, já leu uma porção de livros. Não existe mágica. (Lacombe, 2015, p. 48).
E esse processo é gradual, mas pode ser mediado. Nesse sentido, o bibliotecário pode realizar algumas atividades, como: contação de histórias, palestras com autores literários, rodas de conversa sobre livros, feiras e exposições, entre outros (Cunha, Ribeiro, 2010). Segundo Oliveira (2022):
A contação de histórias, em especial, tem papel essencial no incentivo à leitura, pois fomenta a compreensão leitora e permite que quem a escute construa sua própria relação com a história contada. Ela estimula a leitura através do encantamento e é uma das principais estratégias utilizadas dentro da biblioteca escolar. (Oliveira, 2022, p. 65).
Em outro trabalho, Oliveira (2019) parte de entrevista realizada com uma bibliotecária, para apresentar de forma sucinta algumas ações que podem ser desenvolvidas na Biblioteca Escolar:
Apresentação dos gêneros literários e produção de trabalhos sobre eles. | Trabalhos sobre a estrutura física e composição do livro. |
Uso de dicionários e enciclopédias. | Realização da “Hora do conto”. |
Trabalhos com biografias de autores. | Trabalho com temáticas relativas à higiene. |
Uso de livros de imagens. | Promoção de “Corrida literária”. |
Contação de histórias feitas pelos próprios estudantes para estudantes de outras turmas. | Confecção de jornal da escola. |
Apresentações em datas comemorativas. | Produção de revistas em quadrinhos. |
Incentivo ao empréstimo. | Elaboração, em parceria com os estudantes, de biografias dos funcionários da escola. |
Criação de fichas literárias. | Abordagem de temas polêmicos, por meio de palestras com membros da comunidade escolar. |
Construção de varal de poesia. | Criação de “Palanque da leitura”. |
Criação de caixa de leitura, em que o aluno pode ler uma frase selecionada pelo bibliotecário. | Realização de concursos, como “Causos de família”, com contação de histórias sobre acontecimentos pelos familiares dos estudantes. |
Encenação de peças teatrais. | Interpretação de receitas culinárias. |
Elaboração de cartas. | Promoção da criação de livros pelos próprios estudantes. |
Desenvolvimento de projetos, como o projeto “Caminhada da leitura”, em que os estudantes devem ler placas e outras informações e confeccionar cartazes relacionados a elas. | Leitura de rótulos. |
Colagem de frases em sequência correta para trabalhar estruturação frasal. |
Com base nessa relação de ações, verificamos que muitas são as atividades que podem ser realizadas no ambiente da Biblioteca Escolar, sempre objetivando a democratização do acesso ao conhecimento, a promoção da leitura e a formação do leitor literário. Elas podem envolver toda a comunidade escolar, de modo a contribuir também para a interação entre os sujeitos que dela fazem parte, para uma maior compreensão da realidade e, consequentemente, para uma transformação social.
Considerações finais
A leitura é prática indispensável a uma formação cidadã fundamentada em uma perspectiva de educação crítico-emancipadora. Em se tratando da leitura literária, é reconhecível o papel cumprido pela arte da palavra escrita, no sentido de mobilizar aspectos sensíveis da constituição do leitor e, com isso, proporcionar amadurecimento progressivo em sua compreensão do mundo e de si mesmo. A promoção dessa leitura deve estar, portanto, garantida no conjunto das práticas educativas realizadas no ambiente escolar, especialmente nas bibliotecas escolares, que são espaços democráticos por natureza, e onde, em muitos casos, são oferecidas oportunidades únicas para que estudantes das classes sociais menos favorecidas economicamente tenham garantido o direito ao acesso ao livro. A realização de ações voltadas para a promoção da leitura literária perpassa, enfim, o fazer bibliotecário e se configura como uma das importantes atribuições desse profissional, especialmente, quando pensamos na Biblioteca Escolar.
A variedade de ações possíveis nas bibliotecas escolares, aliadas ao papel fundamental do bibliotecário como mediador de leitura, a parceria com os professores e demais membros da equipe pedagógica e a existência de políticas públicas educacionais voltadas para a promoção da leitura e para a valorização da Biblioteca Escolar podem mudar radicalmente a realidade estudantil no Brasil. Entretanto, o que ainda se observa, em muitas escolas do país, é o abandono, mesmo havendo orientações bem definidas para o desenvolvimento de ações no espaço da Biblioteca Escolar, como disposto no Manifesto IFLA/Unesco para Biblioteca Escolar e nas Diretrizes da IFLA/Unesco para a Biblioteca Escolar, e exemplos significativos, como os detalhados no quadro da entrevista com uma bibliotecária, feita por Oliveira, em estudo publicado em 2019.
Conclui-se, assim, que discussões como esta surgem como esperança de que as bibliotecas escolares, de modo geral, sejam valorizadas, e não apenas em alguns casos, uma vez que elas se configuram como um dos maiores recursos educacionais que temos, indispensáveis para a construção de uma educação cidadã e crítica. Elas são indispensáveis, ainda, por abrigarem, em seu conjunto, o valioso patrimônio cultural da humanidade, que é a literatura, gênero cuja leitura pode transformar subjetividades e, por desdobramento, vidas.
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