Tássia Gomes Moreira (UFG)
tassiagomes.ef@gmail.com

Educação física e infância: dialogando a categoria gênero na educação infantil em Goiás

104

INTRODUÇÃO: Este trabalho tem por finalidade investigar as questões de gênero que permeiam a prática docente na Educação Física Infantil, por meio do levantamento de estudos acadêmicos produzidos sobre o assunto, isto é, busca-se identificar quais os discursos de maior circulação no campo da Educação Física Infantil sobre gênero (quem escreve sobre o assunto e o quê), além da vivência em um departamento de Educação Infantil na cidade de Goiânia/Goiás. OBJETIVOS: Mapear as produções acadêmicas publicadas em periódicos da Educação Física, que tratam sobre a discussão de gênero no campo da Educação Infantil; Identificar e mapear quais temas sobre a discussão de gênero na Educação Infantil estão sendo divulgados em periódicos do campo da Educação Física, no sentido de verificar os discursos de maior circulação no campo da Educação Física e quem escreve sobre o tema; Descrever, sistematizar e analisar as questões de gênero que circulam a prática pedagógica vivenciada em uma instituição de Educação Infantil pública, na disciplina de Estágio Curricular Obrigatório do curso de Educação Física, no ano de 2017, visando contribuir para os estudos que tratam sobre a temática gênero no campo da Educação Física Infantil. METÓDOS: Para investigar os objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa documental, em periódicos científicos do campo acadêmico da Educação Física. A partir dos trabalhos acadêmicos encontrados, a pesquisa se configura como um relato de experiência, visando relatar e identificar de que forma as relações de gênero se apresentam na prática docente nas aulas de Educação Física na Educação Infantil, a partir da experiência em uma instituição de Educação Infantil. DISCUSSÕES: Devido à escolha do conteúdo a ser tratado no Estágio Obrigatório IV neste departamento (práticas corporais de aventura), realizamos diversas práticas que exigiam muito fisicamente das crianças (ex. subir árvores, escalar o muro), o que acarretou em maior cansaço por parte delas após a realização das intervenções. Por isso, em uma roda de conversa, uma menina relatou que não tinha gostado da prática corporal, pois a tinha feito suar. Fica evidente na fala desta menina a preocupação que a mesma tem em estar bonita, e o suor acaba a incomodando. Esta preocupação não se fez presente apenas nesta fala, mas ao observar seu corpo, percebemos que esta criança constantemente estava com as unhas pintadas, e apesar da pouca idade, já utilizava produtos de maquiagens. Para Guizzo (2005, p. 85) esta preocupação é baseada no que ela chama de “estética, vinculada ao que vem sendo tomado, por grande parte da sociedade, como belo, bonito e harmonioso”. Para o universo feminino, o que é considerado bonito é: “magreza, olhos claros, cabelos loiros e longos e pele branca” (GUIZZO, 2005, p. 86). Com isto, a autora aponta que já existe uma excessiva preocupação relativa à aparência entre a população infantil (GUIZZO, 2005). CONCLUSÃO: As contribuições presentes nos artigos encontrados auxiliaram a pensar a experiência vivenciada na instituição de Educação Infantil e a ampliar o olhar frente às questões de gênero que se fazem presente nas aulas de Educação Física na Educação Infantil.

Palavras-Chaves: Gênero. Educação Física. Educação Infantil.