Soraya Vieira Santos (FE/UFG)
sorayaufg@gmail.com

Amanda Ingrid Santos Lima (FE/UFG)
amandaislima@gmail.com

Danielle Cristina Silveira Santos (FE/UFG)
daniellecristinassf@gmail.com

Jordana Gracielle de Jesus Sousa (FE/UFG)
jordanagracielle18@hotmail.com

Nayara Oliveira Feitosa (FE/UFG)
nayara.no45@gmail.com

Emoções na escola: precisamos falar sobre isso

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O presente trabalho objetiva fomentar um espaço de discussão e reflexão com os (as) alunos (as) de licenciatura e professores de Educação Básica acerca das emoções na sala de aula. Este tema ganha expressão com a aprovação da BNCC que enfatiza a necessidade do desenvolvimento de habilidades e competências socioemocionais. Sabe-se que não se trata de discutir se a emoção deve ou não estar na escola, porque ela já está, mas também não se pode concluir que a escola consiga solucionar todos os problemas no âmbito afetivo, porque não pode. Entretanto, trata-se de uma temática controversa uma vez que enquanto alguns profissionais se esquivam da discussão, outros adotam perspectivas de autoajuda ou de currículos prontos, que desconsideram o contexto social e dinâmico de cada escola. Atualmente, tem crescido no Brasil a adesão a materiais específicos que pretendem ajudar os professores na tarefa de “educar as emoções” dos alunos. Esses materiais são voltados para a Educação Básica, da Educação Infantil ao Ensino Médio, e pretendem fornecem subsídios para que os alunos aprendam, assim como aprendem outras matérias curriculares, a “dominar” suas emoções. Chama atenção o fato de que este trabalho, de ensino emocional, torna-se não mais uma parte de todo o contexto de atuação do professor, mas ganha um momento em separado (em geral uma hora por semana) no qual um material especificamente elaborado com essa finalidade norteará os temas e atividades a serem desenvolvidas. Surgem então algumas questões: Seria esse um caminho pertinente às demandas contemporâneas da escola? A disposição da temática da emoção em um horário especificamente destinado a esse fim significaria um ganho para a compreensão da afetividade na escola e para a resolução de problemas dessa natureza? Considera-se que cabe ao professor muito mais do que repassar conhecimentos, cabe a ele o papel de compreender-se como humano e, assim, enxergar seus alunos para além das funções cognitivas. Por meio de um grupo de estudos e da realização de encontros abertos à comunidade (que ocorrerão na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, no Campus Goiânia Oeste do Instituto Federal de Goiás e/ou em instituições de Educação Básica), o tema será abordado com o uso de diferentes metodologias, tais como palestras, aulas, oficinas, dinâmicas e debates que permitam discussão e apreensão crítica acerca da atuação do professor frente às emoções na sala de aula. Fundamentado na perspectiva da Psicologia de Wallon, o projeto se destaca por sua relevância na formação inicial e continuada de professores, impactando diretamente na qualidade do ensino e na formação integral dos (as) estudantes. O projeto encontra-se em andamento e indica a necessidade de constante discussão sobre a temática, com a participação das Universidades e das instituições de Educação Básica.

Palavras-Chaves: Formação Continuada. Emoção. Escola.