6. Indicadores da Graduação e da Educação Básica

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Para além da apresentação de políticas, programas e ações voltadas às questões pedagógicas durante o ano de 2020, levantamos indicadores que nos fornecem subsídios relevantes sobre o ensino da graduação na UFG, durante o período em questão. Para isso, utilizamos dados do Analisa., do Sistema de Gestão Integrado de Atividades Acadêmicas da UFG, de um formulário aplicado aos estudantes que trancaram matrícula e resultados de uma busca ativa realizada com 120 estudantes que não efetivaram suas matrículas.

Quanto aos indicadores relativos à educação básica, recomendamos que o Cepae faça essa apresentação em relatório específico, visto que a Prograd não tem acesso aos mesmos, em nossos sistemas, e a unidade encontra-se no encerramento de suas atividades escolares.

6.1 Dados sobre as matrículas nos componentes curriculares

De acordo com os relatórios do Analisa.Dados, em 2020/1 a UFG contou com 21.804 estudantes regulares vinculados. Desses, 88% cursaram disciplinas e/ou estiveram em mobilidade e 12% trancaram sua matrícula.

Dos estudantes matriculados, 45% deles cursaram entre 5 a 7 componentes. A tabela a seguir demonstra o número de estudantes, por faixa de componentes cursados:

Tabela 1 - Número de componentes cursados pelos estudantes em 2020/1
Fonte: Elaborada pelos autores
Componentes curriculares cursados Nº de estudantes Dados Percentuais
Cursaram até 4 componentes 7.574 39%
Cursaram entre 5 a 7 componentes 8.651 45%
Cursaram 8 ou mais componentes 3.019 16%
TOTAL 19.244 100%

Um outro dado a ser destacado é que, dos estudantes matriculados, mais de 12 mil foram aprovados em todos os componentes curriculares em que estavam matriculados em 2020/1, o que representa quase 63% do total, sem considerar o número de componentes cursados. Esse percentual de aprovação eleva para 71% se considerada a faixa daqueles que cursaram entre 5 a 7 componentes. Dessa forma, os dados demonstram que a maioria dos estudantes obtiveram desempenho satisfatório, durante o período analisado.

Se comparamos os índices de aprovação em disciplinas, por semestre, dos anos de 2018 e 2019 com o ano de 2020, verificamos que, em relação aos primeiros semestres dos referidos anos, ocorreu um aumento de aproximadamente 5% na taxa de aprovação no primeiro semestre de 2020, considerando o número de matrículas efetuadas. Observamos, contudo, um menor número de estudantes matriculados no total de turmas consolidadas. Entretanto, foi feita uma análise sobre trancamento e as razões que levaram o estudante a não efetivar sua matrícula em disciplinas no curso, no decorrer dos semestres letivos de 2020. Esse estudo mais completo será apresentado, posteriormente.

Figura 4 – Dados sobre aprovação em disciplinas por semestre relativos aos anos 2018 a 2020. Fonte: Elaborada por Simonides Garcia Mendes - DGT/Prograd.
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Em relação ao semestre de 2020/2, a consolidação dos dados ocorrerá após o dia 21 de junho de 2021, devido à dilatação do prazo para a consolidação das turmas. O que se prospecta, entretanto, a partir da comparação entre 2018/2, 2019/2 e 2020/2 é a tendência de permanecer o aumento do número de aprovações nas disciplinas.

Na figura a seguir, apresentamos o percentual de aprovação em disciplinas por semestre, considerando como referência os anos de 2018, 2019 e 2020. E reiteramos a evidência do aumento na taxa de aprovação, considerando o número de estudantes matriculados nas disciplinas por semestre letivo.

Figura 5 – Percentual de aprovação em disciplinas por semestre relativos aos anos 2018 a 2020. Fonte: Elaborada por Simonides Garcia Mendes - DGT/Prograd.

6.2 Dados sobre a oferta de disciplinas teóricas e práticas

De acordo com o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa), em 2020/1 foram ofertadas 6.155 turmas, considerando aquelas com pelo menos um estudante matriculado.

Dessas mais de 6 mil turmas, 5.101, isto é, 83% foram consolidadas, 818 (13%) foram suspensas e/ou excluídas e 236 (4%) permanecem abertas. Ressalta-se que nem todas as turmas foram descontinuadas em função do ERE, pois é habitual ocorrer cancelamento de turmas por outros fatores acadêmicos.

Do total das turmas consolidadas, vale destacar que:

Em relação à carga horária dos componentes ofertados das turmas consolidadas, a Tabela a seguir representa a sistematização destes dados:

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Tabela 2 - Número de componentes ofertados considerando a CH teórica e prática
Fonte: Elaborada pelos autores
Disposição dos componentes curriculares pela CH Nº de turmas
Componentes somente com CH teórica 2.108
Componentes com CH prática entre 1 a 16h 1.016
Componentes com CH prática acima de 16h 1.150
Componentes somente com CH prática 827
TOTAL 5101

Com base nos dados da Tabela 2, 41% das turmas possuem somente CH teórica, 17% das turmas possuem somente CH prática e 42% das turmas são de componentes que possuem CH teórica e prática. Desses componentes, 39% possuem CH prática acima de 16h.

Em razão do ensino remoto emergencial, o Conselho Universitário aprovou uma resolução para viabilizar a retomada das turmas, parcialmente ou totalmente suspensas, na forma de atividades práticas emergenciais, denominadas APES, conforme mencionado em tópicos anteriores (Resolução nº 61/2020). A referida resolução prevê que as unidades avaliassem a possibilidade de oferta das disciplinas com CH prática. Considerando a análise e a decisão dos respectivos conselhos diretores e/ou colegiados, partes dessas turmas não foram retomadas, considerando os procedimentos de biossegurança necessários para serem realizadas na forma de APES.

De acordo com o Sigaa, 469 componentes curriculares originaram as 818 turmas suspensas e/ou excluídas. Desse total, 625 eram de componentes que possuem CH prática igual ou maior que 16h, o que explica uma concentração maior de turmas consolidadas em componentes com mais CH teórica. Vale destacar que 158 componentes com CH prática igual ou maior que 16h foram reofertados e as turmas foram realizadas no formato de ERE, mediadas por uso de diferentes tecnologias.

Além das turmas consolidadas e excluídas, localiza-se no Sigaa 236 turmas abertas, ou seja, não consolidadas. Destaca-se, também, que 184 turmas são de componentes que possuem carga horária prática acima de 16h.

6.3 Dados e exposição de motivos sobre trancamentos de matrícula

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A plataforma de dados Analisa.Dados mostra que, em 2020/1, 2.562 estudantes da graduação estavam com matrículas trancadas, sendo 2.129 trancamentos regulares e 433 trancamentos compulsórios. Em 2020/2, até a data de 21 de maio de 2021, ocorreu um registro de 3.512 trancamentos, sendo 2.212 por decisão do estudante e 1.300 de forma compulsória.

Para conhecer os motivos pelos quais os estudantes estão temporariamente afastados do curso, a Pró-Reitoria de Graduação elaborou um questionário, o qual foi encaminhado aos estudantes que voluntariamente trancaram a matrícula em 2020/2, desconsiderando-se aqueles cujos trancamentos foram realizados compulsoriamente.

O questionário foi disponibilizado entre os dias 18 e 24 de maio de 2021, na forma de formulário docs, sendo respondido por 363 estudantes de 74 cursos de graduação da UFG, representando 16% daqueles notificados por e-mail. Desses estudantes, 73% são estudantes do bacharelado, 25% da licenciatura, 0,5% do bacharelado e licenciatura, e 1,5% de grau não definido. Quanto ao turno em que estudam, 26% são do turno matutino, 9% são do turno vespertino, 30% são do turno noturno e 35% são integral.

As duas primeiras seções do questionário consistiam de dados acadêmicos do estudante e a terceira seção foi composta por 5 questões de múltipla escolha, não obrigatórias e relacionadas a possíveis motivos do trancamento:

Para todas as categorias, havia a opção 'Outros', com campo a ser preenchido pelo estudante, em texto livre. Para facilitar a análise, foi feita uma categorização das respostas abertas, considerando a semelhança entre elas, a priori.

Os resultados desta análise estão representados nos gráficos a seguir:

Gráfico 1 – Trancamento por motivos relacionados à UFG. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 1 espelha 250 respostas dos 363 estudantes respondentes, a partir de quatro opções pré-estabelecidas e uma aberta. Destas, identificamos que 48% dos estudantes indicaram dificuldades em acompanhar as atividades previstas dentro do calendário da UFG, após a retomada das aulas no modo de ensino remoto. A segunda maior opção de respostas foi a alternativa “Outros”, que correspondeu a 41% e indicando como motivos para o trancamento do curso: a necessidade de trabalhar, problemas de saúde diversos, mudança de cidade, dificuldade em adaptar ao ERE e aos procedimentos didáticos no contexto de ensino remoto, entre outros. De 100 pessoas que responderam a opção “Outros”, 15 delas mencionaram dificuldades em se adaptar ao ERE e aos procedimentos didáticos nesse contexto, correspondendo a 15% das respostas.

É importante ressaltar que a alternativa “Outros” esteve presente em todas as 5 questões relacionadas às motivações para trancamento, mas no tópico MOTIVOS RELACIONADOS À UFG foi onde houve mais registro de respostas. Por este motivo, há um percentual considerável de justificativas nessa alternativa.

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Gráfico 2 – Trancamento por motivos relacionados aos aspectos didáticos e pedagógicos. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 2 corresponde a 256 respostas dos estudantes sobre os motivos relacionados aos aspectos didáticos e pedagógicos, a partir de cinco opções pré-estabelecidas. Do total das respostas, 108 pessoas mencionaram como principal razão a não adaptação à metodologia implementada nas disciplinas e 60 pessoas responderam que não conseguiam participar das atividades síncronas (em tempo real). A principal razão da segunda resposta mais frequente foi a incompatibilidade entre trabalho e curso, levando-os a se afastar temporariamente do mesmo.

Gráfico 3 – Trancamento por motivos de natureza socioeconômica. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 3 representa 269 respostas dos estudantes, a partir de quatro opções pré-estabelecidas. Os dados desse gráfico espelham que a maioria dos discentes reitera as dificuldades em conciliar trabalho com o curso e reforça a necessidade de terem uma atividade remunerada. Cerca de 20% das respostas indicam que os estudantes precisaram assumir outras responsabilidades, em decorrência da pandemia.

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Gráfico 4 – Trancamento por motivos de ordem psicológica e emocionais. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 4 compõe-se de 256 respostas dos estudantes, a partir de quatro opções pré-estabelecidas. Dessas, 119 pessoas responderam que se afastaram dos estudos devido a questões psicológicas de ordem pessoal, 77 respostas corresponderam a falta de condições de continuar o curso devido a questões psicológicas, em decorrência da pandemia. Salienta-se também que, das 29 respostas registradas na opção “Outros”, 19 não tiveram relação com nenhuma das respostas pré-estabelecidas. Assim, embora o fator pandemia estivesse presente em 3 das respostas pré-estabelecidas, o maior número de respostas incidiram em uma opção primariamente não relacionada à pandemia.

Gráfico 5 – Trancamento por motivos diversos. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 5 representa 165 respostas dos estudantes, contendo apenas 2 opções pré-estabelecidas, a saber: a) Não me identifiquei com o curso e b) Precisei voltar para a minha cidade natal, além da opção “Outros”. Considerando que as opções pré-estabelecidas representaram 65% do feedback, foi feita uma análise das respostas espontâneas, resultando numa categorização simples das respostas semelhantes, as quais foram apontadas no gráfico.

De um modo geral, é oportuno frisar que 84% dos estudantes que responderam ao questionário indicaram, no mínimo, dois motivos para trancar o curso e 51,5% registraram quatro ou mais motivos para o afastamento temporário do curso.

De forma sintética, nota-se que a não identificação com o curso alcança 50% das respostas, se considerados aqueles que responderam que pretendem mudar de curso; quase 50%, de 256 respostas, por ordem psicológica devido a questões pessoais e outros 30% devido à pandemia; cerca de 63%, de 269 respostas, atribuíram dificuldades em conciliar o curso com o trabalho ou devido a necessidade de ter uma remuneração; de 256 respostas, cerca de 40% mencionaram a falta de adaptação à metodologia utilizada nas disciplinas durante o ERE e quase 50%, de 260 respostas, foi em razão da dificuldade em acompanhar o calendário acadêmico.

6.4 Dados e exposição de motivos sobre situação dos estudantes sem vínculo e em situação de exclusão

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Por decisão do Conselho Universitário, o Regulamento Geral dos Cursos de Graduação (RGCG) teve parte de suas regras franqueadas. Uma delas foi a suspensão de quase todas as exclusões, mantendo-se apenas aquela por não renovação de vínculo (tacitamente compreendida como abandono de curso), visto que é um dever do estudante realizar matrícula ou trancamento a cada semestre letivo. A ausência de vínculo, mesmo que por um semestre, não tem amparo nas normas da graduação na UFG, as quais estão em consonância aos marcos legais que regulamentam a coleta de dados para o censo educacional. Ademais, sem a aplicação dessa regra, pode-se ter o impacto no controle de concessão de bolsas de assistência estudantil, uma vez que o estudante precisa estar matriculado em pelo menos uma turma.

Com base em relatório do Analisa.Dados, em 2020/1, foram excluídos 466 estudantes. Em 2020/2, até a data de 21 de maio de 2021, 382 discentes estão em situação de exclusão, embora esse dado possa ser alterado face aos recursos protocolados. Os gráficos a seguir evidenciam um panorama dessa realidade, durante o contexto do ano civil e letivo de 2020.

Gráfico 6 – Número de estudantes excluídos, por campus. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 6 demonstra, de forma evidente, que a maior incidência de estudantes excluídos são de cursos de graduação, vinculados ao Campus Samambaia, o que implica um número maior de estudantes matriculados neste campus.

Gráfico 7 – Número de estudantes excluídos, por turno. Fonte: Elaborada pelos autores.
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No Gráfico 7, a percepção imediata é de que há uma maior incidência de desvinculação nos turnos noturno e integral em 2020/1 e 2020/2. Apesar de ter ocorrido uma retração desses números em 2020/2, a exclusão de discentes do turno integral e noturno ainda permanece em número mais elevado que nos demais turnos. Uma possível explicação para esses índices pode ser em decorrência de que muitos estudantes manifestaram dificuldades em conciliar trabalho com o curso ou mesmo necessitarem de uma atividade remunerada ou alegarem estar cursando outra graduação.

Gráfico 8 – Estudantes excluídos, por ano de ingresso. Fonte: Elaborada pelos autores.

Ao comparar dados de estudantes excluídos em 2020 em relação ao seu ingresso na UFG, identifica-se uma maior incidência de ingressantes de 2018 e 2019. É importante observar que esse comportamento de abandono nos anos iniciais do curso ocorre não só em 2020, mas também em anos anteriores à adoção do ensino remoto emergencial, conforme demonstrado na tabela e gráfico a seguir:

Tabela 3 - Estudantes excluídos, por ano de ingresso
Fonte: Elaborada pelos autores
Ano de ingresso Nº de estudantes excluídos
2017 2018 2019 TOTAL
2009 21 7 4 32
2010 38 22 7 67
2011 47 34 44 125
2012 82 48 52 182
2013 131 58 108 297
2014 192 84 107 383
2015 188 92 139 419
2016 246 114 226 586
2017 133 174 288 595
Gráfico 9 – Estudantes excluídos em relação ao ano de ingresso. Fonte: Elaborada pelos autores.
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Um outro aspecto a ser considerado é que o aumento do número de exclusões, a partir de 2014, ocorreu em consequência da ampliação do número de cursos de graduação e vagas na UFG.

A Prograd, antes de aplicar o inciso II, do Art. 114, do RGCG, que trata da exclusão por não renovação de vínculo, vale-se de alguns procedimentos, sendo eles:

Para além desses habituais procedimentos, durante o mês de abril de 2021, a Prograd entrou em contato, por telefone, com 120 estudantes sem vínculo (de diferentes cursos e anos de ingressos) e obteve as seguintes informações sobre os motivos pelos quais não realizaram sua matrícula ou trancamento:

Tabela 4 - Motivos para não realização da matrícula
Fonte: Elaborada pelos autores
Motivos para não realização da matrícula Nº de respostas
Não atendeu a ligação 35
Desconhecimento de regras do trancamento e/ou vínculo 24
Razões diversas 21
Perda dos prazos 14
Transferência para outra IES brasileira ou cursando graduação em outra universidade fora do país 13
Incompatibilidade entre trabalho e curso 9
Indecisão quanto ao curso, desistiu ou pretende desistir do curso 7
Razões relacionadas à pandemia 4
Problemas psicológicos e psiquiátricos de ordem pessoal ou doenças que estão impedindo de continuar os estudos 4
Não se adaptou ao ensino remoto 3
Dificuldades sócio-econômicas 2
Mudança de curso na própria UFG 2

Na Tabela 4 identificamos as seguintes razões como as mais frequentes, alegadas pelos estudantes acerca da falta de vínculo:

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Salientamos que o estudante, por vezes, respondia mais de uma razão para o não trancamento da matrícula, o que nos levou a um processo de categorização das informações por atributos semelhantes.

Para finalizar, no segundo semestre letivo de 2020, ocorreu uma retração no número de exclusões em todos os câmpus. Em parte, qualificamos que as políticas e ações implementadas pela UFG propiciaram a redução dos casos de exclusão, como por exemplo, fornecimento de condições materiais para aquisição de equipamentos e planos de conectividade, continuidade da assistência e bolsas estudantis, manutenção do atendimento aos estudantes com deficiência, formação de professores para ERE, elaboração de resoluções para normatizar o ensino remoto e as atividades práticas, dentre outras ações. Em complemento às ações gerais, as unidades desenvolveram atuações próprias para evitar a evasão do estudante no curso.

6.5 Dados e análise sobre cancelamento de componentes curriculares

O levantamento e análise sobre cancelamentos de componentes curriculares/disciplinas, também, é objeto deste relatório. O gráfico a seguir mostra o comparativo entre os anos letivos de 2019 e 2020, isto é, pré-pandemia e após um ano de declaração da mesma.

A obtenção desses dados considerou:

Duas situações concernentes aos cancelamentos serão analisadas: a primeira tomando como referência a variável turno e a segunda a natureza do componente.

Em se tratando da situação que envolve cancelamentos de disciplinas por turno, identificamos que, em 2020/1, ocorreu uma maior incidência no período integral e no primeiro semestre do ano letivo. Algumas explicações para este fenômeno de aumento de quase 100% dos cancelamentos se devem a:

Gráfico 10 – Cancelamentos, por turno do estudante. Fonte: Elaborada pelos autores.
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Sobre o aumento de cancelamentos por natureza do componente curricular/disciplina, o impacto maior foi nas disciplinas obrigatórias:

Portanto, quase ⅓ das disciplinas de natureza obrigatória apresenta dimensão prática do conteúdo, elevando os índices de cancelamento. A tabela a seguir traz um comparativo entre os cancelamentos de 2019/1 e 2020/1:

Tabela 5 - Cancelamento por ano/semestre em relação à natureza da disciplina/CH
Fonte: Elaborada pelos autores
Obrigatórias 2019/1 2020/1
Sem recorte de CHP 61% 56%
Com ≥ 16h de CHP 26% 67%

De acordo com a Tabela 5, o aumento de cancelamento em 2020/1 também é justificado pelas disciplinas obrigatórias com pelo menos 16h de carga horária prática (CHP), cujas turmas não foram concluídas por razões de segurança sanitária.

Gráfico 11 – Cancelamentos, por natureza do componente. Fonte: Elaborada pelos autores.

O Gráfico 11 demonstra os cancelamentos por natureza do componente. Verifica-se que, apesar do visível aumento, manteve-se uma proporcionalidade em relação aos cancelamentos de anos/semestres anteriores a 2020.

Notas

3. Plataforma que evidencia para a sociedade indicadores de gestão da Universidade. A partir de um levantamento detalhado de demandas priorizadas por cada pró-reitoria, foi-se moldando painéis gerenciais, de forma que estes fornecem uma visão macro de informações validadaspor pró-reitorias da UFG sobre determinados assuntos.