O VERDE DE MINHA ROÇA VEM DE MARTE • ISBN: 978-65-86422-43-6
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Em algum lugar da África

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Por aproximadamente duas horas, o grupo permaneceu no ponto exato onde foram despejados do contêiner. Com olhares atentos, fitavam o horizonte na esperança de enxergar alguma paisagem menos árida.

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Após improvisarem uma espécie de maca, usando partes dos couros do Oryx e da Píton, acomodaram sobre ela as coisas que julgaram mais importantes e deram início a caminhada.

Após andarem mais uns trezentos metros, certificaram-se da presença de Silvestre.

Mas Silvestre não disse uma só palavra. Preferiu ficar olhando para o rosto de cada um, esboçando um semblante de muita tranquilidade.

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Assim, o grupo reiniciou a marcha, agora guiados por Silvestre. Tudo que conseguiam ver era uma longa declividade por uma duna de areia que parecia não ter fim.

Circulando o tal afloramento de pedras, que parecia ter sido cuidadosamente despejado sobre as dunas, o grupo pôde então vislumbrar a vegetação ciliar que acompanhava o sinuoso curso d’água.

Agarrados à maca, e praticamente rastejando, o grupo conseguiu alcançar a beira do rio. Silvestre não perdeu tempo, foi logo se jogando naquele oásis de água azul.

Lentamente, Jennifer foi recobrando os sentidos.

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Seguindo o plano, Manolito, Mariano e Bhagat iniciaram a caminhada de reconhecimento tendo como referência o curso do rio.

Assim alcançaram a árvore.

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Mesmo fadigados e famintos, Mariano e Manolito conseguiram suportar Bhagat possibilitando-lhe alcançar o primeiro galho da imensa árvore.

Com as pernas enganchadas em um dos galhos, Bhagat se manteve imóvel fitando o horizonte.

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Para retornarem, preferiram seguir o curso do rio, dentro da mata ciliar.

Pronto. Estou puxando. Ajam rápido! Não quero ser picado aqui neste fim de mundo.

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Apesar de o lagarto ter lutado bravamente pela vida, Bhagat concluiu o plano esmagando o seu crânio com uma enorme pedra.

Tudo dera certo naquele primeiro dia; se fartaram com o churrasco de lagarto, se hidrataram nas generosas águas do rio e adormeceram sobre a fina areia branca junto à fogueira.

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