Rosenilde Nogueira Paniago
rosenilde.paniago@ifgoiano.edu.br

O Ensino-aprendizagem nas Licenciaturas no Contexto da Pandemia do Coronavírus em um IF: caminhos (de)formativos?

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Resumo: Este texto trata de uma reflexão sobre o ensino-aprendizagem nas Licenciaturas de um Instituto Federal de Educação no contexto da Pandemia do Coronavírus (COVID-19). Em face ao isolamento social provocado pela COVID-19, os professores da educação básica ao ensino superior foram arremessados no mundo virtual, necessitando mobilizar as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), na mediação do processo ensino-aprendizagem, sem que muitos estivessem qualificados para tanto. O objetivo foi problematizar o ensino-aprendizagem nas Licenciaturas neste cenário, sinalizando alguns caminhos (de)formativos, a partir das vozes dos licenciandos recolhidas por meio de Questionário no Google Forms, entrevista Google Meet e das próprias narrativas da pesquisadora no contexto de uma disciplina desenvolvida de forma remota em 2020. Os resultados sinalizam que a pandemia pode provocar (de) formações na aprendizagem docente dos licenciandos, o que dependerá muito da forma como as práticas de ensino dos formadores de professores (FP) forem desenvolvidas, bem como da autonomia e organização dos tempos e espaços de estudo pelos futuros professores.

Palavras-chave: Formação inicial de Professores. Ensino. Aprendizagem Docente. Instituto Federal.

Introdução

O presente artigo focaliza o ensino-aprendizagem em cursos de Licenciatura no cenário complexo provocado pela pandemia do Coronavírus (Covid-19), porquanto a necessidade do isolamento social obrigou os professores a utilizarem, de forma abrupta, o ensino remoto, mediado pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Neste cenário, foi preciso utilizar vários caminhos, aplicativos e plataformas virtuais para ensino em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, para os quais, muitos de nós professores estávamos despreparados.

Assim, fomos arrebatados para um caminho complexo de organização dos processos educativos sem precedentes. Como mobilizar as TDIC de forma adequada, de modo a promover o ensino-aprendizagem? Em se tratando de futuros professores, que práticas desenvolver no ensino remoto, de modo a não deixar (de) formações na aprendizagem docente?

Então, foram várias as inquietações. Como professora de Didática, Prática de Ensino e disciplinas da dimensão pedagógica em cursos de Licenciatura, há décadas, tenho procurado desenvolver uma práxis pedagógica, de modo a incitar os futuros professores à construção dos saberes necessários ao ofício da docência e às práticas de investigação. Neste contexto, o ensino híbrido não é novidade, na medida em que procuro utilizar diferentes estratégias para o desenvolvimento das aulas, que vão desde o uso do Moodle a videoaulas. Entendo o ensino híbrido, tal como expressa Moran (2015, 2018), ou seja, ações misturadas, mescladas, combinando diversos espaços, tempos, estratégias e recursos didáticos. Valente (2018, p.29) compreende o ensino híbrido, “[...] como um programa de educação formal que mescla momentos em que o aluno estuda os conteúdos e as instruções, usando recursos on-line e outros em que o ensino ocorre em sala de aula, podendo interagir com outros alunos e com o professor”.

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Neste contexto, como formadora de professores (FP), procuro materializar uma práxis, de modo a utilizar diversos ambientes de aprendizagens que vão desde o ensino presencial e não presencial à aproximação dos licenciandos de seu futuro campo de trabalho, por meio de atividades de intervenção investigativa, como apresentado em Paniago et al., (2020). Em projetos de pesquisa, ensino e extensão, tenho priorizado atividades formativas vinculadas ao chão da escola, pois

A nossa defesa é que a formação inicial é um momento profícuo para as aprendizagens das habilidades de pesquisa, para que os futuros professores possam desenvolver a autonomia em sua práxis, procurando refletir sobre ela, inová-la e produzir conhecimentos, não sendo apenas aplicadores, reprodutores de conhecimentos produzidos por pessoas alheias que desconhecem a sua realidade por si vivida (PANIAGO; SARMENTO, 2020a, p.112).

Apesar do exposto, tal como milhares de professores, também me angustiei com este atual cenário, em que as ferramentas tecnológicas passaram a ser o recurso principal no processo ensino-aprendizagem e foi preciso mudar de postura para que não reproduzir muitas das práticas obsoletas utilizadas no ensino presencial. Apesar de já utilizar algumas plataformas virtuais para aulas e reuniões, isto ocorria não de forma exclusiva, mas como complemento das aulas. Agora, como fazer o contrário, usar as plataformas virtuais como única estratégia e recurso de ensino?

Assim, o objetivo desta reflexão, que faz parte de pesquisa registrada no comitê de ética da Plataforma Brasil, sob parecer nº 2.758.368, foi problematizar o ensino no cenário da Covid-19, sinalizando alguns caminhos (de)formativos. Para tanto, foi conduzida pelas questões: O que pensam os licenciandos sobre o ensino-aprendizagem remoto? Como desenvolver uma práxis formativa em tempos pandêmicos, de forma a colaborar para a aprendizagem docente dos futuros professores?

Metodologia

Nesta pesquisa, adotei, como procedimento, o questionário aplicado por meio do Google Forms e lancei mão de minhas próprias narrativas como professora e pesquisadora, porquanto, as narrativas têm sido um dos procedimentos mais utilizados em minha práxis (PANIAGO et al., 2020b). Dos 40 estudantes das Licenciaturas inscritos na disciplina de Prática de Pesquisa e Intervenção em Educação, 25 responderam ao questionário. De modo que selecionei seis vozes representativas das demais, identificadas com a palavra licenciando, seguida de números de 1 a 6. Para análise dos dados, segui as etapas da análise de conteúdo propostas por Bardin (2013): 1) a pré-análise; 2) a exploração do material e o tratamento dos dados; 3) a inferência e a interpretação.

Os caminhos (de)formativos no processo ensino-aprendizagem das Licenciaturas

O ensino híbrido e o uso das TDIC têm sido defendidos há décadas por teóricos, como Valente (2018) e Moran (2018), que alertam sobre o seu uso fora do ambiente escolar e da necessidade de os professores lançarem mão destes artefatos em sua práxis. Contudo, o atual cenário da pandemia, além de obrigar o uso das TDIC, desvendou muitos mistérios, mazelas, fragilidades em termos da sua utilização, e sinalizou ainda mais as desigualdades sociais. Assim, percebi que o problema não é com a questão do ensino virtual, mas a fragilidade enfrentada pelos estudantes e professores em termos de saber usar, saber pesquisar, e, inclusive, das possibilidades de acesso aos diferentes artefatos e plataformas virtuais.

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No caso do ensino-aprendizagem nas Licenciaturas, minha preocupação é a de que o processo educativo complexo imperado pela pandemia possa causar deformações no processo de aprendizagem docente, de modo a impactar em sua prática como futuros professores. Assim, destaco elementos das vozes dos Licenciandos vivenciados no cenário complexo da Covid-19.

Muitos Licenciandos tiveram desafios no processo de aprendizagem nas aulas remotas. Alguns atribuem estes obstáculos à dificuldade de compreensão e acompanhamento das atividades em tão curto tempo. “A aprendizagem está intermediária, muita dificuldade de compreensão, acompanhar as atividades propostas em um tempo curto, déficit de atenção nas aulas remotas”. (Licenciando 1). Outros pontuaram que o acesso às aulas síncronas, muitas vezes, é um desafio, seja pelo acesso à internet e condições de energia elétrica. “A queda de luz, internet dificulta o acompanhamento das aulas” (Licenciando 3); seja pelas condições de acesso aos diversos artefatos “Somente temos um notebook em casa” (Licenciando 6).

Ademais, alguns consideram que a falta de espaço em casa, bem como as demais atividades que desenvolvem no contexto familiar dificultam a concentração e organização das atividades de estudo. “Uma dificuldade que encontrei é no planejamento do horário de estudo que se torna difícil de praticar, uma vez que, em casa, possui diversas distrações e afazeres” (Licenciando 4). “Em casa, o espaço é pouco, não é fácil concentrar” (Licenciando 5). Por certo, os estudantes das licenciaturas não fazem parte do grupo seleto de pessoas favorecidas economicamente. É o que nos diz Gatti et al., (2019, p.309), ao pontuarem que muitos dos Licenciandos advém das escolas públicas e “[...] observa-se ainda um aumento significativo de alunos da escola pública nas licenciaturas, o que leva à constatação que eles se tornaram cursos “populares”, à medida que os seus alunos passaram a, efetivamente, representarem as camadas majoritárias da população”. Assim, a pandemia sinalizou ainda mais as desigualdades sociais e a fragilidade econômica de muitos Licenciandos em termos de aparatos tecnológicos e meios de acesso às plataformas virtuais no ensino remoto. Não obstante, muitos Licenciandos precisaram trabalhar durante a pandemia, alguns, inclusive, perderam seus empregos e arrumaram outro. Um deles afirmou: “Perdi meu emprego e agora sou motorista de cargas. Está muito difícil acompanhar as aulas. Às vezes, eu paro em postos de gasolina. Já tive que deixar várias matérias” (Licenciando 5). Depreende-se, portanto, que são vários os desafios no processo de aprendizagem dos Licenciandos que podem interferir em sua prática futura como professores.

Além disso, outros pontuam como desafio as práticas de ensino dos professores. De forma geral, os 25 estudantes afirmaram que muitos professores, apesar do esforço de materializar uma prática diferenciada no ensino remoto, ainda reproduziram os métodos de ensino do ensino presencial, a voz deste licenciando é representativa dos demais:

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A maioria dos professores continuam com as mesmas práticas das aulas presencias. Eles aplicam o conteúdo na aula síncrona, passa atividade e, por fim, prova. Como experiência de aluno, a minha aprendizagem por aulas remotas é a mesma das presenciais, o professor explica e eu estudo a maior parte em casa e realizo a prova. (Licenciando 2).

Assim, se as práticas dos FP podem causar efeitos deformadores no ensino presencial, este efeito pode se alargar, em se tratando do ensino remoto na pandemia, tendo em vista que já estamos, praticamente, há dois semestres neste processo, o que pode equivaler a 25% do curso. Há que termos em conta, que as práticas dos FP exercem uma influência profunda na aprendizagem docente dos Licenciandos, marcas que podem ser positivas ou nocivas, deformadoras. Conforme Formosinho (2009), na formação inicial, os estudantes avaliam as práticas dos FP, sendo estas importantes modelos a serem seguidos em sua futura prática. Desse modo, os FP podem provocar efeitos (de)formativos na prática dos futuros professores.

Para tanto, compreendemos que nós, FP, não podemos ser culpabilizados pelas nossas fragilidades no ensino-aprendizagem no ensino remoto. Afinal, este cenário tenso, nos impôs mudanças radicais, obrigando-nos a utilizar novas estratégias de ensino mediadas pelas TDIC. Contudo, não podemos ficar parados e resistir às mudanças, ao contrário, é fundamental nos reinventarmos e inovarmos a nossa prática. Não podemos resistir ou negar a necessidade de transformação de nossa práxis.

Diante disso, os desafios provocados pela COVID-19 podem ser um caminho para novas possibilidades de aprendizagens e processos formativos, conforme apresentamos a seguir.

As possibilidades de aprendizagem e novas práticas de ensino na pandemia

Em meio a tantas aflições, tensões, a pandemia promoveu diversas possibilidades nos processos de ensino-aprendizagem, tanto para os licenciandos, quanto para nós FP.

Eu notei uma maior produtividade em relação às disciplinas. Por estar trabalhando e estudando em casa, acabamos dedicando mais tempo a estudos do que antes, consequentemente, a produtividade aumenta (Licenciando 3).
Possibilita habituarmos com as ferramentas tecnológicas para num futuro (bem) próximo não estranhar muito. (Licenciando 5).
Estou me redescobrindo nesse momento, aprendendo a aprender novamente, os desafios são inúmeros, mas estou conseguindo me adaptar para obter melhores resultados (Licenciando 2).
Com a pandemia, tivemos percas como o distanciamento social, mas ganhamos muita experiência com recursos tecnológicos, e isso mostra a dinamização não só da educação, mas de um novo patamar que teremos pela frente (Licenciando 4).

Assim, é perceptível que, apesar dos desafios, a pandemia instigou os licenciandos a se organizarem nos estudos, a desenvolverem a autonomia, a trabalharem de forma colaborativa e a utilizarem, de forma mais efetiva, os artefatos tecnológicos, conforme orientam Valente (2018) e Moran (2018).

A partir da escuta sensível das vozes dos Licenciandos, procurei, como FP, desenvolver práticas efetivas de aproximação virtual dos Licenciandos das nuances do processo ensino-aprendizagem da educação básica de forma investigativa. Para tanto, na disciplina Prática de Pesquisa e Intervenção em Educação, orientei-os a desenvolverem um diagnóstico virtual para conhecer a realidade escolar e o processo ensino-aprendizagem no contexto da pandemia, para, em um segundo momento, eles elaborarem um projeto de intervenção investigativa, focando as TDIC no processo de ensino remoto.

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Neste processo, para orientar os Licenciandos, procurei usar ferramentas variadas, tais como: Google Meet, Zoom Meeting, Google Classroom, grupos de WhatsApp, Google Forms e Youtube. Especialmente nas aulas síncronas e grupos de WhatsApp, disponibilizei vídeos, textos elaborados por mim, bem como outros materiais disponíveis na internet e no site do Centro de Educação Rosa de Saberes. Para além, os licenciandos participaram de Ciclos temáticos formativos organizados pela instituição sobre a nossa coordenação, com temáticas que somaram como aporte teórico para o desenvolvimento do diagnóstico e elaboração de projeto de intervenção investigativa.

O processo de diagnóstico foi muito significativo, pois os alunos puderam, em grupo, sob a minha orientação, organizar instrumentos de recolha dos dados (questionários no Google Forms, entrevistas no Google Meet) e acompanhar o processo ensino-aprendizagem em grupos de WhatsApp e nas diversas plataformas virtuais utilizadas pelos professores da educação básica. Neste processo, trabalhei em parceria com professores do Residência Pedagógica e supervisores de estágio, de modo que cada grupo formado pôde ter além de nossa orientação, a orientação do professor da escola.

Assim, as práticas formativas foram desenvolvidas de forma colaborativa, de modo que os Licenciandos puderam desenvolver a autonomia no seu processo de aprendizagem docente, aperfeiçoar a aprendizagem sobre práticas investigativas e utilizar as TDIC no processo de mediação do ensino remoto. Alarcão (2011) colabora ao pontuar que vivemos em uma sociedade em que as mídias e as tecnologias exercem um poder esmagador, com influência multifacetada, que implica no desenvolvimento de novas competências formativas por parte dos professores e dos FP. Também Moran (2018, p.11) pontua que “as tecnologias facilitam a aprendizagem colaborativa, entre colegas próximos e distantes”.

Considerações finais

Os resultados sinalizam que a pandemia da Covid-19 pode provocar efeitos (de)formativos nos processos formativos e aprendizagem docente de futuros professores, dependendo da forma como os atores do processo, Licenciandos e FP, conduzirem os processos educativos. No que tange aos Licenciandos, apesar de vários desafios, como dificuldades de acesso aos recursos tecnológicos e rede de internet, organização dos tempos e espaços para estudo e trabalho, eles estão reinventando sua forma de estudar e aprender. Da mesma forma, como FP de professores, apesar dos desafios com a mobilização de diversos artefatos e procedimentos didáticos, pude reinventar minha práxis e buscar alternativas didáticas que promovam novas possibilidades formativas, como é o caso das atividades de aproximação investigativa da educação básica, desenvolvidas na pandemia, sob a minha orientação.

Referências

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 5 ed. Lisboa: Edições 70, Lda. 2013.

FORMOSINHO-OLIVEIRA, J. Desenvolvimento profissional dos professores. In: Formosinho, João (coord.). Formação de professores: aprendizagem profissional e ação docente, Porto: Porto Editora, 2009, p. 221-286.

GATTI, B. A. et, al. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília: UNESCO, 2019.

MORAN, J. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, L; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico prática (Org.). Porto Alegre: Penso, 2018, p.2-15.

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MORAN, J. Educação Híbrida: um conceito-chave para a educação hoje. In: BACICH; TANZI; TREVISANI. (Org.) Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso. 2015, p. 27-45.

PANIAGO, R. N; SARMENTO, T. A Formação inicial na e pela pesquisa: um olhar a partir do contexto finlandês, português e brasileiro. ROCHA, S. A; WILLMS, E.E. Formação de Professores: entre a esperança e a pandemia. Edições Verona. 2020a, p. 108-124.

PANIAGO, R. N, et. al. Quando as Práticas da Formação Inicial se Aproximam na e pela Pesquisa do Contexto de Trabalho dos Futuros Professores. Ciência & Educação, Bauru, v. 26, e20047, 2020b.

VALENTE, J. A. A Sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: BACICH, Lilian; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico prática (Org.). Porto Alegre: Penso, 2018, p.26-42.

Notas

1. Doutora em Educação pela Universidade do Minho, Portugal. Professora do Instituto Federal Goiano. Professora Colaboradora no Programa de Pós-graduação em Educação para Ciências e Matemática (PPGECM)/IFG. Líder do grupo de pesquisa EducAção do Instituto Federal Goiano e faz parte do grupo InvestigaAção da Universidade Federal de Mato Grosso, com pesquisas nas áreas de formação de professores, saberes e prática docente.

2.Espaço que integra atividades de pesquisa, ensino e extensão sobre a educação e o ensino. Destina-se também a aulas práticas dos cursos graduação, especialmente, os cursos de Licenciaturas e ao curso de Pós-graduação em Formação de Professores e Práticas Educativas. Integra também outros projetos, tais como o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas – NEABI, o Programa de Iniciação à Docência (PIBID) e Programa Residência Pedagógica (RP) – Link. https://sites.google.com/view/prticasdeensinoinovadoras/projetos/projetos-de-extens%C3%A3o/jogos-eletr%C3%B4nicos.