Introdução

Caro professor(a) formador(a)

Em primeiro lugar gostaríamos de agradecê-lo(a) por sua decisão em integrar nossa equipe, participando da formação de professores de matemática a distância. Essa tarefa tão nobre e complexa exige pessoas que não tenham medo nem do novo e nem dos desafios. O Instituto de Matemática e Estatística da UFG já construiu, ao longo de décadas, prestígio e reconhecimento com o trabalho desenvolvido em várias frentes, inclusive na formação de professores no ensino presencial.

Agora, nosso objetivo é que possamos utilizar de parte desse know-how e tradição para a educação a distância, cientes de que apesar de sabermos muitas coisas, aprenderemos muito mais. Entender essa modalidade de educação é apreender outras formas de educar, formar, estimular, avaliar, interagir, conversar, comunicar. 

Esse pequeno manual foi elaborado com dois objetivos principais. O primeiro de dar as boas vindas e explicitar que você não está sozinho(a) nessa jornada. O segundo foi o de trazer informações que julgamos importantes e essenciais para que você comece a entender como esse caminhar se estruturará, buscando dirimir possíveis dúvidas iniciais. 

Bom trabalho, até breve!

1. Afinal, o que é a EaD?

Entender a educação a distância no Brasil é algo que passa, necessariamente, pela Universidade Aberta do Brasil (UAB) - um sistema que foi instituído pelo Decreto n° 5.800, em 08 de junho de 2006 e cujo objetivo principal é “o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País”.

No site da Capes lemos: O programa tem como objetivo ampliar e interiorizar a oferta de cursos de educação superior, por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados.

Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior a distância. Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas presenciais, em que os alunos entram em contato com tutores e professores e têm acesso à biblioteca e laboratórios de informática, biologia, química e física.

Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é formar professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade. O objetivo é a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação patrimonial, educação para os direitos humanos, educação das relações étnico-raciais, de gênero e orientação sexual e temas da atualidade no cotidiano das práticas das redes de ensino pública e privada de educação básica no Brasil.

O sistema UAB é composto por universidades públicas que oferecem cursos superiores por meio da educação a distância (EaD). A prioridade é dada a formação inicial e continuada dos professores da educação básica, bem como, dirigentes, gestores e trabalhadores em educação dos estados, municípios e do Distrito Federal.

Atualmente, conta com 140 Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES), ofertando 458 cursos (entre graduação e especialização) em 828 polos. (Dados obtidos na plataforma SISUAB, em 07/06/2022).

Figura 1 – Distribuição das IPES nas regiões do país.
Fonte: https://sisuab2.capes.gov.br/

Figura 2 – Distribuição dos Polos nas regiões do país.
Fonte: https://sisuab2.capes.gov.br/

Os Polos UAB são mantidos em regime de colaboração por estados e municípios, com o objetivo de garantir o apoio acadêmico, tecnológico e administrativo às atividades de ensino-aprendizagem.

Dados da Assessoria do Ministério da Educação apontam que hoje, a Universidade Aberta do Brasil tem 555 pólos (fases um e dois) nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Destes pólos, 288 são da primeira etapa (todos em atividade) e 267 da segunda fase (em implantação). Os 555 pólos estão divididos por regiões e por estados: Região Norte - Tem 85 pólos assim distribuídos: Acre (8), Amazonas (7), Amapá (3), Pará (33), Roraima (15), Rondônia (7) e Tocantins (12). Região Nordeste - 176 pólos: Alagoas (5), Bahia (44), Ceará (29), Paraíba (17), Pernambuco (10), Piauí (26), Rio Grande do Norte (11), Sergipe (12) e Maranhão (22). Região Centro-Oeste - 45 polos: Distrito Federal (2), Goiás (21), Mato Grosso do Sul (8) e Mato Grosso (14). Região Sul - 97 polos: Paraná (37), Santa Catarina (17) e Rio Grande do Sul (430). Região Sudeste - 152 polos: São Paulo (36), Rio de Janeiro (31), Espírito Santo (27) e Minas Gerais (58).

Ao buscarmos informações sobre o momento em que cada instituição se credenciou para o trabalho nessa modalidade encontramos, no ano de 1988, apenas as universidades federais do Pará e do Ceará. Ao olharmos para o ano de 2022 encontramos, no total, 1 082 instituições assim divididas: 171 universidades, 176 centros universitários, 30 institutos federais, 615 faculdades e outras instituições (10). E ainda, 34 instituições com credenciamento provisório - para mais detalhes relacionados a essas instituições acessar:

O estado de Goiás conta com 43 instituições neste grupo.

Links – sugestão de leitura:

Vídeos da Capes - UAB