Reitoria Digital UFG

5 ANOS (2019-2024)

“Eu tenho uma paixão pela UFG”: a Universidade nos produtos de comunicação e nas memórias da comunidade

Ysabella Portela
Ana Paula Vieira de Souza

Introdução

Ysabella de Medeiros Portela nasceu em Goiânia, em 23 de maio de 1995

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Pablo Fabião Lisboa: Como você ficou sabendo do edital de seleção para a Reitoria Digital?

Ysabella de Medeiros Portela: Me encaminharam o link, eu vi o que o edital exigia. A carga horária era compatível com a minha rotina, me inscrevi e deu tudo certo.

Pablo: Qual é sua formação profissional e experiências anteriores à chegada na Reitoria Digital?

Ysabella: Eu tenho uma paixão pela UFG. Estou aqui desde criança, desde os meus oito anos estudando primeiramente no Cepae [Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação], depois fiz vestibular, entrei na faculdade, fiz mestrado. Em 2019 eu participei do estágio obrigatório na TV (primeiro semestre) e na Rádio (segundo semestre). A UFG é uma instituição pela qual eu tenho um carinho muito grande. Eu acho que carregar o nome da UFG no meu currículo me abre muitas portas e eu aprendo muito. Eu praticamente moro no quintal da UFG. Moro no bairro Sítio de Recreio Mansões do Câmpus, bem atrás da Faculdade de Agronomia.

Pablo: Quais as tuas experiências profissionais antes da Reitoria Digital?

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Ysabella: Eu sou assessora de comunicação e imprensa da Polícia Civil de Goiás. Lá eu faço atendimento aos jornalistas, aos delegados, organizo eventos, coletivas e faço publicações no site e nas redes sociais da Polícia. A gente faz edição de vídeo, faço de tudo um pouco. Eu trabalho na Polícia no turno da manhã e na parte da tarde eu vou para a Reitoria. Trabalhar na assessoria de comunicação da Reitoria é de grande valia para o que eu planejo para a minha vida profissional, que é a assessoria de imprensa. Antes eu fazia assessoria para pessoas. No jornalismo, durante dois anos antes de me formar, eu comecei a fazer um estágio na Câmara Municipal de Goiânia para assessoria política. Assim que eu me formei, eu comecei a trabalhar em um jornal aqui de Goiânia e acabei saindo da assessoria em que eu trabalhava, mas uns três meses depois fui convidada por uma outra política para trabalhar, dessa vez como jornalista mesmo, porque até então eu era estagiária de jornalismo na Câmara. Fiquei um tempo na assessoria política, como estagiária por aproximadamente dois anos e como jornalista profissional por 6 meses. É uma área que eu gosto muito, até penso futuramente em trabalhar em outros projetos políticos. Aí eu fui para outras redações, passei pelo jornal Opção, que é um jornal puramente político. Depois fui para o jornal O Popular , que é do Grupo Jaime Câmara, e lá eles não deixam que o funcionário faça assessoria política; sobretudo também porque a gente estava em ano eleitoral. Até que fui para a assessoria da Polícia Civil. São experiências bem diferentes umas das outras, mas eu acho que isso enriqueceu muito o meu currículo. Olhando a trajetória durante a faculdade, eu falo com muito orgulho que eu aproveitei tudo que ela me proporcionou. Tanto na parte de diversão, mas sobretudo na parte profissional, porque eu passei pelo estágio na TV UFG e participei da Rádio Universitária. A Rádio foi uma surpresa muito agradável, porque eu acho que antes de entrar no curso de Jornalismo, grande parte das pessoas entram pensando em TV. Eu pensava assim “não vou querer participar da Rádio, pois é algo que não me interessa”. Mas conversando com uma amiga, a gente decidiu fazer o laboratório de rádio e eu adorei. Foi uma experiência incrível, acho que se eu ainda tivesse uma oportunidade de participar de rádio, eu com certeza participaria. Todas as outras coisas, o curso de jornalismo me ajudou: construção de texto, posicionamento. Enfim, eu acho que tive uma formação bem ampliada.

Pablo: Qual foi o momento mais marcante que você teve na Reitoria Digital até agora?

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Ysabella: Com certeza são as participações nos Conselhos Diretores, porque é um momento que a gente vê de perto como está cada unidade. Por mais que às vezes as demandas sejam bem parecidas a demandas comuns de qualquer órgão público, como demandas de infraestrutura, por exemplo, cada uma tem a sua particularidade. Tanto nas demandas quanto nos elogios também. Eu acho que eu participei de uns cinco Conselhos Diretores. É muito interessante porque participei de unidades diferentes - no Câmpus Samambaia, no Câmpus do Setor Universitário e também no de Aparecida de Goiânia. Eu acho que até pela proximidade do meu curso de jornalismo e o de Letras, quando eu participei do Conselho Diretor da Faculdade de Letras, que foi meu primeiro, eu fiquei muito atenta às falas dos professores e tinha muita coisa que eu concordava e via que era parecido com a FIC, que está próxima. Eu acho que vai aproximando também as demandas que cada um precisa.

Pablo: Como foi produzir vídeos para os stories das redes da Reitoria Digital?

Ysabella: Eu adoro redes sociais. Eu me sinto muito à vontade também em produzir para as redes. Quando eu vou produzir algum tipo de stories ou vídeo, reels, eu sempre fico pensando assim, “não pode ser chato ao ponto de que eu, que estou produzindo, não consiga ver até o final”. A gente tem que captar a atenção da pessoa que vai assistir; ela não está assistindo aquilo ali por diversão, ela está assistindo aquilo como algo institucional e ela tem que querer ver até o final. E como que a gente pode pensar nisso? Uma das ideias foi a legenda, porque eu acho que se você está lendo, você acompanha sem se preocupar muito com aquele tempo que está passando, só vendo a pessoa falando. Eu acho que, além disso, quando a gente brinca colocando cenas de apoio, isso pode entreter também a pessoa, com transição de imagem. Então é algo que eu me sinto muito à vontade para fazer e que eu gosto muito. Eu acho que se eu ficasse somente por conta disso, para mim estava ótimo.

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Pablo: Qual o principal desafio da produção de resumos do UFG Memória? Tem alguma entrevista que você achou interessante e gostaria de destacar?

Ysabella: É um trabalho muito interessante. Nesse primeiro momento, são 19 entrevistas da primeira temporada de 2023. Eu destaco três: do professor Edward, até porque é uma figura importantíssima na UFG e foi reitor na minha época como estudante, então, tem uma certa proximidade. Também gostei das entrevistas da professora Milca e da professora Ana Luísa, ambas da Faculdade de Enfermagem. Eu acho que eu gostei mais dessas três porque elas seguem como se fosse o mesmo fluxo. Eles contam sobre a história de vida antes da UFG e como a UFG mudou a vida deles na trajetória profissional e como pessoas. Teve um ponto que eu não esqueço da entrevista da professora Milca, em que ela fala que na gestão dela como reitora, ela tinha uma proximidade muito grande com os estudantes, de sentar no gramado para conversar e debater. São coisas que eu acho curiosíssimas. Ela fala também sobre quando começou o curso de matemática, que fica ali perto da Faculdade de Educação Física e Dança e não tinha iluminação nenhuma. Os estudantes buscavam forçar o poder público a colocar iluminação no local porque tinha gente estudando e ela fala em um trecho, que onde tivesse uma pessoa estudando era para ter iluminação. Outra coisa: na entrevista do professor Edward ele fala que não imaginava que seria professor e às vezes eu me enxergo um pouco nisso, porque eu terminei meu mestrado agora e também não sei se eu quero ser professora, mas ao mesmo tempo eu penso “meu Deus, e o que eu vou fazer com o meu mestrado?”. Na entrevista do professor Edward, o que eu achei legal é que ele não teve pressa. Ele fez a carreira dele como agrônomo e depois foi para a faculdade. Da professora Ana Luísa, eu também achei muito interessante, porque ela também seguiu esse rito. Construiu ali uma trajetória profissional no mercado de trabalho e depois foi para a vida acadêmica. E eu acho que isso, para quem sonha em se tornar um professor de universidade ou está em dúvida, assim como eu, eu acho que é um acalento. Tem muitas histórias que se parecem e que tiveram um ótimo resultado, digno de elogios. E no trabalho do UFG Memória, eu acho que a grande dificuldade é a dispersão que temos. Hoje em dia a nossa atenção se dispersa muito. Algumas entrevistas são muito longas, então, eu acho que o maior desafio é esse, manter a atenção firme ali.

Notas

51. Câmpus Colemar Natal e Silva.

52. Milca Severino Pereira foi reitora da UFG de 1998 a 2006.