Esse é um projeto que visa agregar conhecimentos amplos em Afogamento (fisiologia e entendimento do processo de afogamento e suas ações para mitigar as consequências deste), Educação Ambiental (ações e entendimento dos processos de destruição e uso desmedido dos mananciais), Educação Física/Atividades Aquáticas (tanto em sua historicização, aprendizado tradicional até os nados para sobrevivência e utilitários).
Essa Pangeia de conhecimentos, ao final, traz a individualização de cada área do conhecimento e convergem-se para o conhecimento único do meio aquático desde a exploração do objeto a ser utilizado para as atividades (água) quanto as infinitas ações do movimento corporal nesse meio (natação, hidroginástica, pesca, canoagem, etc).
Aquanautas que fomos no útero de nossas mães, devemos recuperar, na verdade, continuar a nossa jornada de simbiose natural com esse meio. Adaptarmos e respeitarmos esse que ao nascermos se torna estranho ao novo modo de vida terrestre.
Adaptarmos se torna novo aos novos desafios físicos como postura, influência da gravidade, estímulos externos e cognitivos. Respeitando novas adaptações e utilização do agora novo sistema respiratório, o qual utiliza o oxigênio como novo meio de vida.
Abre-se um leque de opções para novas conquistas e experimentações, mas torna-nos dependentes e carentes de nova adaptação a esse meio que um dia nos foi grande aliado em nosso desenvolvimento uterino.
É assustador, todavia desafiador o que estamos vivendo com relação ao meio aquático, haja vista inicialmente a história que a humanidade viveu em torno dos ambientes que tinham águas fluviais. Foram guerras, contendas e expansões de civilizações que giraram em torno desse “petróleo transparente”.
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A necessidade de estar próximo a esse tesouro determinava o sucesso ou não de uma civilização, como é ilustrado nesse desenho animado:
Visto isso, o aparecimento da evolução e revolução industrial veio de encontro com a destruição e exaurimento desse recurso que está acarretando muitas consequências sociais, econômicas e de saúde pública e até ousamos dizer a continuidade ou não da espécie humana.
Deixando esse assunto um pouco de lado e o citamos de forma breve e bem simplista, apenas para entendermos, um momento necessário tanto no âmbito Ontogênico quanto Filogênico da humanidade, nos ateremos agora a tratar da natação, essa que vive e “respira” o meio aquático como o local de aprendizado e se torna mister para discutirmos ações do meio ambiente, pois sem a água essa atividade não será possível.
Ainda assim, tratar do assunto afogamento nos parece mais natural e pertinente. Parafraseando a missiva elaborada pela SOBRASA que é muito verdadeira: “Todos podem se afogar, ninguém deveria”, pois esses incidentes ocorrem preponderantemente em ambientes que envolvem essa atividade, porém o assunto muitas das vezes se fixa apenas no aprendizado dos quatro nados oficiais, o que empobrece muito o assunto e não prepara o ser humano para a nova jornada no ambiente terreno de forma saudável, segura e responsável.
O Projeto Guardiões da Água vem agregar ao assunto natação, conteúdos de suma importância que precedem, até a esta atividade ou pelo menos, deveriam ser tratados de forma paralela.
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Vem formar uma mentalidade crítica e não apenas reprodutiva das atividades aquáticas, chamando atenção para cuidados iminentes que dizem respeito não apenas ao ensino da natação competitiva, dando subsídios para os profissionais de Educação Física desenvolverem aulas com temas mais amplos em escolas e até Clubes Esportivos que tenham interesse no assunto.
O Projeto foi sucesso, onde alunos que não conseguiam nem entrar na piscina direito, terminaram com noções de natação de sobrevivência em meio líquido e de conscientização acerca de como cuidar melhor dos nossos meios hídricos.
O Projeto Guardiões da Água, com sua abordagem interdisciplinar, demonstra a importância de um entendimento holístico do meio aquático. À medida que os alunos avançavam em suas habilidades de natação, também se aprofundava no conhecimento sobre a preservação ambiental e a importância vital dos recursos hídricos. Através de aulas que integravam teoria e prática, os participantes puderam compreender a complexa relação entre a saúde dos mananciais e a saúde humana e como essa temática deve estar presente no nosso dia a dia.
A conscientização ambiental, aliada ao aprendizado prático da natação, promoveu um despertar crítico sobre a responsabilidade coletiva e individual na conservação da água. Os alunos não apenas aprenderam técnicas de natação, mas também desenvolveram uma nova perspectiva sobre o uso sustentável dos recursos aquáticos. Foram introduzidos conceitos como a importância das bacias hidrográficas, os impactos da poluição e a necessidade de políticas públicas eficazes para a preservação dos recursos hídricos.
Além disso, o projeto incentivou uma postura proativa em relação à segurança aquática, ensinando não apenas como evitar afogamentos, mas também como reagir em situações de emergência. Esse conhecimento é fundamental, especialmente em um contexto onde o acesso a ambientes aquáticos nem sempre é acompanhado por instruções adequadas de segurança.
A união entre educação física, medicina, e educação ambiental dentro do projeto destacou a importância de uma educação integral. O sucesso do Guardiões da Água reflete-se não apenas nas habilidades adquiridas pelos alunos, mas também na formação de cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios ambientais e de segurança do século XXI.
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O impacto positivo do projeto inspirou outras instituições a adotarem abordagens semelhantes, demonstrando que a educação interdisciplinar pode ser um poderoso agente de mudança. A continuidade e expansão desse tipo de iniciativa são essenciais para fomentar uma sociedade que valorize e preserve seus recursos naturais, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
Em conclusão, o Projeto Guardiões da Água exemplifica como a educação pode transcender os limites tradicionais, integrando conhecimentos diversos para criar uma compreensão mais profunda e holística do mundo em que vivemos. Esta iniciativa não apenas ensina natação, mas também prepara os indivíduos para serem guardiões conscientes e responsáveis do meio ambiente, promovendo e incentivando uma relação harmoniosa e sustentável com a água.