Unidade 3: Biodiversidade III

Subtema 1: Biologia e Sistemática de Invertebrados

6. Filo Annelida

Neste grupo estão alguns dos animais mais conhecidos, como as minhocas e sanguessugas. Vivem sempre em ambientes úmidos, alguns são parasitas, outros mutualistas e comensais.

O corpo apresenta segmentação, com a maioria das partes internas e externas repetidas em cada segmento. Esta repetição resulta em METAMERIA, e a segmentação externa se assemelha em anéis e a interna ocorre por septos. A repetição de partes dos sistemas circulatório, nervoso e excretor, causa vantagem em caso de perda ou dano em algum segmento.

São consideradas duas classes para os anelídeos:

a) Classe Polychaeta: maioria marinhos, podendo ser sedentários ou errantes. Possuem numerosas cerdas no tronco, com parapódios bem desenvolvidos, utilizados na locomoção. Sistema reprodutor simples, frequentemente temporário. Não possuem clitelo, a maioria é dióica, e a larva é do tipo trocófora livre-natante.

b) Classe Clitellata: representantes com clitelo para formação do casulo. Sem parapódios, mas com cerdas reduzidas ou ausentes. Hermafroditas com sistemas reprodutores complexos, com fecundação cruzada e desenvolvimento direto.


b.1) Subclasse Oligochaeta: minhocas. Corpo conspicuamente segmentado, com poucas cerdas por segmento. Cabeça ausente e estruturas cefálicas sensoriais reduzidas. Sem olhos, com fotorreceptores na epiderme e trocas gasosas pela parede do corpo.
b.2) Subclasse Hirudinoidea: sanguessugas. Corpo com número fixo de segmentos, normalmente 34. Cerdas ausentes ou em pequenas quantidades. Ventosa posterior e, geralmente, anterior.

Os anelídeos possuem um esqueleto hidrostático, onde os compartimentos dos anéis são preenchidos por fluído e dão maior sustentação e controle ao corpo. O desenvolvimento de musculatura específica na parede do corpo foi importante na escavação e na movimentação independente de segmentos distintos.

As sanguessugas são, desde 500 a.C., utilizadas na medicina por possuírem reconhecidamente sua eficácia em cirurgias de religamento de dedos e orelhas. O sangramento permite a passagem de sangue oxigenado até que as veias se regenerem e recuperem a circulação.