Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania Propostas, Práticas e Ações Dialógicas

Educação Patrimonial: Conhecimento, Memória e Valorização do Patrimônio Cultural Goiano

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Resumo

O presente relatório é fruto de um projeto de intervenção cultural desenvolvido com estudantes do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade Major Oscar Alvelos, situado no Parque Atheneu, na Cidade de Goiânia, Goiás. O objetivo das ações do projeto foi o de possibilitar o conhecimento, a conscientização e a valorização do patrimônio cultural, na área da arte-educação, com ênfase na memória e na preservação dos bens culturais materiais e imateriais. As aulas de Artes Visuais e as ações educativas durante as visitações aos locais das edificações possibilitaram aos estudantes novos conhecimentos e o contato com bens culturais – museus, galerias e centros culturais de Goiânia e da Cidade de Goiás. Ao término, foi feita uma atividade na escola com a seguinte ação educativa: O Museu na Escola. Os estudantes fizeram réplicas em maquetes de algumas edificações do conjunto arquitetônico da Praça Cívica, localizada no setor Central, em Goiânia. Essa intervenção contou com o apoio e a participação da comunidade escolar.

Palavras-chave: Artes Visuais. Ensino. Patrimônio Cultural.

1. Introdução

O presente relatório é fruto de um projeto de intervenção desenvolvido com estudantes do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade Major Oscar Alvelos, situado no Parque Atheneu, na Cidade de Goiânia, Goiás. O objetivo das ações do projeto foi o de possibilitar o conhecimento, a conscientização e a valorização do patrimônio cultural na área da arte-educação, com ênfase na memória e na preservação dos bens culturais materiais e imateriais.

Ao pesquisar sobre os bens culturais existentes em Goiânia e na Cidade de Goiás verificou-se que foram tombados, em 2003, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), 22 edifícios e monumentos públicos em Goiânia. Esses estão concentrados, em sua maioria, na região central da cidade e no núcleo pioneiro de Campinas – antigo município que, atualmente, é um bairro da capital goiana. Com relação à Cidade de Goiás, o IPHAN tombou, na década de 1950, alguns dos principais monumentos do Centro Histórico, concretizando o tombamento de todo o Centro em 1978. Em 2001, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu a cidade como patrimônio mundial (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2018a).

O conteúdo abordado nas disciplinas do curso de especialização Interdisciplinar em Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania (EIPDCC), contribuiu para o desenvolvimento da proposta do projeto de intervenção, subsidiando as ações nele realizadas. Na disciplina Legislação e Patrimônio Cultural no Brasil, por exemplo, uma das atividades desenvolvidas foi uma pesquisa sobre o patrimônio cultural goiano e os instrumentos legais de proteção desse patrimônio, o que permitiu encontrar embasamento acerca desses instrumentos legais mediante o estudo da Lei Orgânica do Município de Goiânia, Seção II – Cultura, art. 261 (2010), que reza:

O Patrimônio Cultural do Município de Goiânia é constituído dos bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade goianiense, cuja divulgação, registro e conservação seja do interesse público por sua vinculação com a história do Município, do Estado de Goiás e do País, ou pelo seu excepcional valor histórico, cultural, natural, arquitetônico, paisagístico, artístico, bibliográfico, espeleológico, arqueológico, etnológico, etnográfico e científico. (GOIÂNIA, 2010, s. p.).

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No capítulo II dessa Lei, que trata das Competências, o art. 12 diz que cabe ao município proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência. Desse modo, infere-se que esses bens necessitam de atenção do Poder Público. Contudo, é de pouco conhecimento do público o tombamento desses prédios e obras. Como exemplo, podem ser citados: as obras do artista plástico Dirso José de Oliveira (1932-2005), natural de Bragança Paulista-SP, conhecido como DJ Oliveira, que estão desaparecendo devido à ação do tempo; as obras nas paredes do Restaurante Universitário; a chefatura de polícia; o Teatro Otavinho Arantes; o Jóquei Clube; o Ateneu Dom Bosco; e os dois murais do pintor Frei Confaloni, praticamente abandonados na Praça do Trabalhador, no prédio da antiga Estação Ferroviária de Goiânia.

É importante destacar, também, que na disciplina Metodologia de Ensino – Tópicos Especiais "Cultura e Cidadania" o estudo sobre a cidade, por meio de diversas representações, foi bastante significativo para a elaboração do projeto, visto que foi possível compreender a forma como a cidade é percebida pelo indivíduo. Além disso, outras disciplinas do curso possibilitaram a complementação de conhecimentos que contribuíram para que eu, enquanto professor de Arte, me localizasse em relação ao objeto de estudo e refletisse acerca do meu papel como arte-educador, buscando que as ações educativas se realizassem de forma participativa e colaborativa com os estudantes, em um ambiente de trocas e elaboração de conhecimento.

Atuo como professor de Artes Visuais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – redes pública e privada – e constatei, nas práticas em sala de aula, que a maior parte dos estudantes pouco conhecia ou até desconhecia os bens culturais da cidade de Goiânia e da antiga capital do estado, a Cidade de Goiás. Diante disso, fez-se necessário o desenvolvimento do trabalho de ação educativa no contexto da educação patrimonial com estudantes do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade Major Oscar Alvelos, no Bairro Parque Atheneu, em Goiânia, cujas atividades e resultados serão aqui relatados. A participação no projeto possibilitou aos estudantes novos conhecimentos, a partir do contato com variados bens culturais que compõem o patrimônio cultural de Goiânia e da Cidade de Goiás, tais como museus, galerias e edificações históricas,

Ressalto que as ações educativas possibilitaram aos estudantes o conhecimento, a conscientização e a valorização do patrimônio cultural, formando esses sujeitos como multiplicadores dos conhecimentos elaborados, em seus respectivos ambientes socioculturais.

2. Desenvolvimento

Buscou-se, com o desenvolvimento deste projeto dentro do ambiente escolar, possibilitar o conhecimento, a conscientização e a valorização do patrimônio cultural na área da arte-educação, com ênfase na memória e na preservação dos bens culturais materiais e imateriais da capital do estado de Goiás, Goiânia, e do município Cidade de Goiás. Nessa perspectiva, os objetivos específicos eram:

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A proposta das ações educativas, com intervenção no meio sociocultural dos estudantes, fundamenta-se em autores como Brandão e Streck (2006) e Thiollent (2007), que abordam discussões sobre metodologia de pesquisa aqui adaptadas para a realização da ação interventiva. Em especial, foram utilizados os conceitos de pesquisa-ação, pesquisa participante (inserida na pesquisa-ação) e partilha do saber. Trata-se de um método reflexivo em pesquisa social, na qual tanto o pesquisador como o observador estão sempre situados e a produção do conhecimento ocorre por meio da reflexão sobre a prática.

A área dos direitos culturais abrange o modo e o estilo da vida cotidiana dos cidadãos, os quais ocorrem principalmente nas relações de trabalho e na comunidade. O conhecimento histórico e cultural do local em que se vive é que determina a identificação e a apropriação da cultura local. Assim sendo, as ações educativas nesses espaços culturais são importantes para o processo de formação da identidade cultural dos indivíduos. Portanto, são os espaços de educação não formal que, junto com os espaços de educação formal, potencializam a formação cultural dos indivíduos.

Para Bernet (1999), os conceitos de educação não formal e informal, aprendizagem e cidade educadora se resumem em dois princípios, quais sejam: heterogeneidade e globalidade (ou integração). O primeiro princípio refere-se à educação, sendo essa um fenômeno amplo, diverso, heterogêneo, quase ambíguo; o segundo princípio, por sua vez, reconhece que a heterogeneidade da educação necessita, ao mesmo tempo, de uma visão holística, global e integradora do processo educativo. Apesar de parecerem contraditórios, esses princípios são complementares.

Na educação escolar, o sujeito não está alheio ao que acontece na rua, na família, etc. O indivíduo integra de forma complexa a experiência de todos os meios educativos. Para Bernet (1999), a cidade educativa é composta por uma massa difusa, mas com espaços contínuos e permanentes, com acontecimentos que ocorrem na vida urbana e em encontros educacionais e experiências que não foram planejados pedagogicamente.

Para Gadotti (2005), a aprendizagem na cidade pode ser positiva e possibilitar a prática da cidadania. Por meio da educação não formal, pode-se aprender da cidade e aprender a cidade simultaneamente. Esse aprendizado acontece informalmente, sendo, muitas vezes, útil e necessário ao cidadão.

(...) a cidade pode ser ‘intencionalmente’ educadora. Uma cidade pode ser considerada como uma cidade que educa quando, além de suas funções tradicionais – econômica, social, política e de prestação de serviços – exerce uma nova função cujo objetivo é a formação para e pela cidadania. Para uma cidade ser considerada educadora, ela precisa promover e desenvolver o protagonismo de todos – crianças, jovens, adultos, idosos – na busca de um novo direito, o direito à cidade educadora: ‘enquanto educadora, a Cidade é também educanda’. (GADOTTI, 2005, p. 2).

Gohn (2005), ao refletir sobre a questão da educação não formal, assevera que a cidade dispõe de inúmeras possibilidades educadoras, e a própria vivência nesse ambiente consiste em um espaço cultural em que a aprendizagem ocorre de modo permanente.

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Entre as atividades propostas na Especialização, a análise de um Edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Fundo Cultural – Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro –, que tem como diretriz apoiar projetos de preservação e revitalização do patrimônio cultural brasileiro, foi essencial para a compreensão dos requisitos que devem ser apresentados na elaboração de projetos, que visam ou não o apoio do BNDES, e dos requisitos necessários para que um bem material ou imaterial possa ser considerado como patrimônio. Outro ponto importante nessa análise foi conhecer o estado de preservação dos bens patrimoniais da cidade de Goiânia e da Cidade de Goiás, que fazem parte do cronograma e do roteiro da ação educativa do projeto (edificações, museus, acervos, etc.). Ressalto que, durante a pesquisa prévia para a realização da intervenção e das ações nela previstas, investigou-se a existência de documentos referentes ao tombamento nos níveis federal, estadual e municipal.

De acordo com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2018b), patrimônio imaterial refere-se às práticas, às representações, às expressões, aos conhecimentos e às técnicas, como instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados, e que as comunidades, os grupos ou os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Assim sendo, patrimônio imaterial pode ser definido pelas práticas e pelos domínios da vida social, que se manifestam por meio de saberes, ofícios e modos de fazer. Diz respeito também às celebrações, às formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas, bem como a lugares de atuação, como os mercados, as feiras e os santuários que abrigam práticas culturais coletivas.

Os acervos memoriais têm como definição, de acordo com o Edital do BNDES (2017), os bens patrimoniais que possuem valor histórico e que possibilitem o acesso às informações das várias áreas do saber, preservando a identidade e a memória da comunidade. Nesse conjunto estão incluídos os acervos museológicos, os arquivísticos e os bibliográficos, as coleções arqueológicas, documentais, videográficas, fotográficas e cinematográficas. Apresentam-se como critérios formais para o reconhecimento o tombamento pelo IPHAN, além do pertencimento aos acervos históricos de Arquivos Públicos (federal, estadual ou municipal). Nos critérios qualitativos, também são observados os aspectos desses bens em nível nacional (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, 2017).

De acordo com Santos e Chagas (2007), os museus estão vinculados à cultura e ao conhecimento, pois lidam com a memória coletiva, sendo instituições cruciais na formação das identidades nacionais. Embora sejam associados por muitos às grandes coleções da antiguidade, os museus foram criados a partir dos grandes acontecimentos dos últimos séculos e possuem elementos que podem ser compreendidos, quando pensados como parte das sociedades modernas que se constituíram após as grandes transformações econômicas, sociais e políticas do século XVIII, como grande novidade. Os museus possibilitaram a abertura das coleções instalando, assim, a democracia, promovendo a participação popular, bem como políticas públicas.

De acordo com Araújo (2008), uma melhor compreensão sobre a arte permite romper com a visão vulgar, popular e superficial em relação às artes, não somente pela amplitude de seus conceitos, mas também, porque, quando se estuda os processos artísticos, é necessário compreender valores, estéticas, técnicas e cultura, ou seja, todo o contexto de uma produção. É esse exercício reflexivo que modifica o olhar de quem observa o meio sociocultural onde está inserido.

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2.3 Metodologia

A metodologia adotada para subsidiar a realização do projeto de ação educativa na área do Patrimônio Cultural Goiano foi a pesquisa-ação, tendo como base teórica os conceitos envolvendo pesquisa-ação, de Thiollent (2007). Para o autor, essa metodologia consiste em uma forma de experimentação da situação real, em que os pesquisadores intervêm conscientemente, e os participantes desempenham um papel ativo.

Consideramos que a pesquisa-ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação. Com ela é necessário produzir conhecimentos, adquirir experiência, contribuir para a discussão ou fazer avançar o debate acerca das questões abordadas. Parte da informação gerada é divulgada, sob formas e por meios apropriados, no seio da população. (THIOLLENT, 2007, p. 24).

Para Thiollent (2007), a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Nesse tipo de pesquisa o conhecimento gerado não é de uso exclusivo do grupo investigado. Nota-se, nessa metodologia, a possibilidade dos participantes aprenderem enquanto estudam e pesquisam. Outra contribuição é que, nessa forma de experimentação, os indivíduos ou grupos podem modificar alguns aspectos da situação por meio das ações que escolheram aplicar.

Os museus fazem parte da história. Desse modo, por meio do conhecimento do processo de formação da política de identidades em um museu é possível compreender e contextualizar a sua realidade. Assim sendo, enquanto instituição, o museu relaciona-se com a cidade, o estado, o país. Ademais, para uma melhor compreensão do processo de formação, importa conhecer as políticas públicas voltadas para a manutenção e o desenvolvimento dos museus, bem como os projetos de educação existentes.

A intervenção cultural proposta foi desenvolvida por meio de Ações Educativas. A Ação Educativa I, Conhecendo o Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de Goiás, partiu da percepção de que era necessário que os estudantes conhecessem o contexto histórico da origem da Cidade de Goiás, a fim de compreenderem os conceitos estéticos, os estilos e as linguagens presentes em seu traçado arquitetônico. Dessa forma, foi apresentada aos alunos a proposta da primeira parte da ação educativa, que consistiu em uma visitação à Cidade de Goiás a fim de realizar um mapeamento de seus principais bens patrimoniais. A visitação foi uma etapa importante, tanto para a compreensão dos motivos que culminaram na transferência da capital do estado para a cidade de Goiânia quanto para o exercício de realizar a identificação dos bens patrimoniais, que foi realizado nas Ações Educativas II e III, em Goiânia.

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2.4 Procedimentos

2.4.1 Mapeamento, Identificação e registro dos bens culturais materiais e imateriais preservados e não preservados do patrimônio cultural da cidade de Goiânia

O mapeamento, a identificação e o registro dos bens culturais materiais e imateriais preservados e não preservados do patrimônio cultural de Goiânia foram realizados nos meses de fevereiro, março e abril de 2018, durante as aulas de Arte, com os alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Militar do Parque Atheneu. Assim, foram feitos estudos e pesquisas, por meio de textos e recursos audiovisuais, sobre os acervos culturais materiais e imateriais, e por meio de pesquisas no Google Maps, a fim de localizar e visualizar as edificações.

Dentre as edificações pesquisadas, verificou-se que o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), desde a idealização do projeto até a sua criação, foi motivo de polêmicas, que geraram e ainda geram discussões de vários setores culturais, do meio artístico e do público. No espaço do CCON, localiza-se o Museu de Arte Contemporânea, o Monumento aos Direitos Humanos e a Esplanada JK, utilizada para exposições, apresentações artísticas, lazer e entretenimento.

De acordo com Dias (2011), a construção do CCON teve como justificativas: ausência, em Goiânia, de um local com capacidade de concentrar grandes eventos artísticos; e potencial turístico para a cidade. Na realidade, o CCON tornou-se um problema a ser administrado, devido ao grande espaço físico ocioso e a um contexto institucional que não é capaz de promover atividades que sejam adequadas aos interesses da população. Outro problema do espaço é a falta de funcionamento da biblioteca, que ainda não foi instalada.

Como frequentador desse espaço de lazer e de vários eventos culturais que ocorrem no CCON, considero o local como um bem cultural que deve ser divulgado e preservado pelo público. Essa construção contribuiu para o crescimento do meio artístico e cultural da cidade de Goiânia.

Apesar de o local ser de difícil acesso para as pessoas que não possuem veículo, é bem frequentado nos finais de semana, principalmente por adolescentes, skatistas e patinadores. O público é composto, em sua maioria, por adolescentes, jovens e pais com crianças pequenas. Mediante relatos, percebo a necessidade de maior acesso por parte dos estudantes e do público em geral aos eventos culturais que ocorrem no CCON, não ficando o espaço restrito a shows musicais. Importa mencionar que alguns eventos realizados no espaço são gratuitos. Além disso, as escolas podem acessar a programação cultural do CCON pela internet e programar as visitas culturais às exposições e aos eventos culturais gratuitos.

É importante destacar que o IPHAN aborda a trajetória da proteção e da revitalização do patrimônio cultural no Brasil. Por meio de um texto, o instituto apontou que os problemas acerca da preservação do patrimônio nacional são recorrentes desde o Império, asseverando que:

O desenvolvimento só será verdadeiramente harmonioso na medida em que o conhecimento dos valores reiterados pelo processo histórico passe a informar o conjunto de decisões tomadas com vistas à solução de nossos problemas de hoje. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, 1980, p. 124).

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Observa-se, portanto, que não faltam leis e projetos para a proteção e a preservação do Patrimônio Cultural do Município de Goiânia. Mas, apesar disso, nota-se um descaso por parte do Poder Público com esse patrimônio. Como exemplo desse descaso, tem-se o edifício da antiga Estação Ferroviária de Goiânia, símbolo da arquitetura Art Déco. A estação localiza-se na Praça do Trabalhador, no Setor Central de Goiânia. O edifício foi tombado pelo IPHAN, em 2003, como Patrimônio Histórico Nacional, devido ao valor histórico e arquitetônico.

O edifício possui, em sua área interna, painéis pintados por Frei Confaloni, que foi um dos maiores artistas plásticos de Goiás e representante do Modernismo no Brasil. As obras do artista sofreram desgastes e depredações, por falta de proteção e de conservação.

Até então, a antiga estação encontrava-se abandonada e depredada, mesmo estando localizada em frente à Câmara Municipal de Goiânia. O local servia de esconderijo para usuários de drogas e moradores de rua da cidade. Em 2018, teve início o processo de restauração do prédio. Assim, o local foi cercado por um muro de proteção. Salienta-se que o tombamento possibilita, por meio de uma lei específica, a manutenção dos valores afetivos ameaçados de destruição.

2.4.2 Desenvolvimento das Ações Educativas

2.4.2.1 Ação Educativa I: Conhecendo o Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de Goiás

As ações educativas com os estudantes foram desenvolvidas durante as aulas de História da Arte, no colégio. Foram trabalhados com os alunos textos, vídeos (documentários sobre as Cidades de Goiânia e de Goiás), visitas aos sites do IPHAN e do Itaú Cultural. Durante as aulas, foram realizados leituras de imagens referentes aos acervos culturais das respectivas cidades e debates com os alunos acerca dos conceitos estéticos, os estilos e as linguagens artísticas presentes na arquitetura, na arte (esculturas, pinturas), no artesanato e nas festas religiosas e populares.

A Ação Educativa I foi realizada na Cidade de Goiás, no mês de maio de 2018, e contou com a participação, na formação de parceria, de alguns membros da comunidade escolar (coordenador e professores de História e Arte), e de um dos guias turísticos da Cidade de Goiás, que descreveu as edificações e ensinou um pouco sobre a história da cidade. A ação foi desenvolvida em espaços de educação não formal – em igrejas, na Casa de Câmara e Cadeia, no Coreto, na Casa da Ponte, no Mercado, no Rio Vermelho e em edificações históricas que fazem parte do patrimônio cultural da Cidade de Goiás.

As Ações educativas I e II tiveram como foco a educação patrimonial, haja vista que, no espaço público, nota-se a necessidade urgente de educação patrimonial para a valorização e preservação do patrimônio. De acordo com Horta (2006), a educação patrimonial é um instrumento de alfabetização cultural, uma vez que as ações educativas possibilitam aos indivíduos fazerem a leitura do mundo que os rodeia e a compreenderem o contexto sociocultural e a trajetória histórico-temporal em que estão inseridos.

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2.4.2.2 Ação Educativa II: Conhecendo o Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de Goiânia

A Ação Educativa II, que ocorreu no segundo semestre de 2018 (mês de agosto), foi desenvolvida nos espaços de educação formal e não formal, com os estudantes do Colégio Militar, no conjunto urbano de Goiânia, que inclui 22 edifícios e monumentos públicos, como museus, bibliotecas e edificações históricas. Esses fazem parte do patrimônio cultural da cidade de Goiânia. Concentram-se, em sua maioria, no setor Central da cidade e no núcleo pioneiro de Campinas – antigo município, que atualmente é um bairro da capital goiana. Dentre as edificações destacam-se: o Acervo Arquitetônico e Urbanístico Art Déco de Goiânia, inscrito em fevereiro de 2005 no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; o conjunto da Praça Cívica: Casa de Pedro Ludovico Teixeira; Coreto; Delegacia Fiscal, Fontes Luminosas; o Fórum; o Museu Zoroastro Artiaga; os Obeliscos; o Palácio do Governo; a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás; a Secretaria Geral; o Relógio da Av. Goiás; o Tribunal Eleitoral. Como bens isolados, encontram-se: a Escola Técnica Federal de Goiás; a Estação Ferroviária; o Lago das Rosas; o Liceu de Goiânia; o Prédio do Grande Hotel Goiânia; e o Teatro Goiânia. No núcleo pioneiro de Campinas, destacam-se: o Antigo Palace Hotel e a Sede do Fórum e da Prefeitura Municipal de Campinas.

Assim, foi feita a visitação ao Conjunto Arquitetônico da Praça Cívica, que faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de Goiânia. Os estudantes conheceram as edificações com a arquitetura no estilo Art Decó, que foi um marco nas construções da década de 1930 na cidade.

A culminância do projeto foi no Museu Estadual Professor Zoroastro Artiaga – fundado em 1946, o nome do museu é uma homenagem ao primeiro diretor do espaço, o professor Zoroastro Artiaga, que dirigiu o museu até 1957 –, localizado na Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, no setor Central da cidade.

O objetivo da visitação foi o de possibilitar ao público participante conhecer os bens culturais materiais e imateriais que fazem parte do seu contexto social, cultural e histórico. Além disso, objetivou-se promover uma nova percepção ao se apropriarem e interagirem com os bens culturais.

Antes da visitação ao Conjunto Arquitetônico da Praça Cívica foram ministradas aulas expositivas sobre o conjunto urbano de Goiânia. Nessas aulas foram apresentados vídeos e feitas visitas ao site do IPHAN. O objetivo foi o de proporcionar acesso a informações e materiais com imagens e descrição do Acervo Arquitetônico e Urbanístico Art Déco de Goiânia, dos bens isolados da cidade e do núcleo pioneiro, como pontuado anteriormente.

Estudantes e professores tiveram a oportunidade de conhecer o acervo expográfico do museu, formado por documentos históricos, utensílios antigos, objetos relacionados com os índios do Brasil Central e peças artísticas. Os espaços que compõem o circuito expográfico integram a exposição de longa duração: História de Goiás – Cultura e Identidade. O Museu Estadual Professor Zoroastro Artiaga é uma referência da história goiana e, ao longo de sua existência, tem conservado e possibilitado aos cidadãos conhecer a memória cultural do estado de Goiás, por meio da diversidade de coleções do patrimônio – da cultura material e da cultura imaterial – que faz parte da identidade regional de Goiás.

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Para Köptcke (2003), o museu é o complemento perfeito da escola, a oportunidade de educação por toda a vida; é um espaço de mediação entre culturas de tempos e espaços diversos – não conhece fim, nunca procurou chegar a um consenso, pois prepara o terreno para pesquisas e avaliações que problematizam o seu papel na sociedade e as percepções sociais desse papel. A organização e a democratização da divulgação e da utilização do acervo do museu promovem a inclusão e a ambientalização do público nesse espaço, em um processo de construção e reflexão entre passado, presente e futuro, bem como suas interfaces e relações.

Nesse universo da arte é possível afirmar que os museus estão associados à cultura e ao conhecimento, pois lidam com a memória coletiva, sendo também instituições imprescindíveis para a formação da identidade nacional. Nesse sentido, verifica-se que a mudança na maneira de enxergar a Arte na educação é fundamental para o rompimento com a concepção de Arte como disciplina recreativa. Para tanto, é fundamental que o arte-educador instigue o estudante a buscar a formação de uma consciência crítico-reflexiva. Como arte-educador, considero importantes as ações educativas desenvolvidas nos espaços museológicos, visto que essas ações possibilitam aos participantes compreender a própria identidade cultural, preservando-a e deixando-a fazer parte de suas vidas de forma significativa.

2.4.2.3 Ação Educativa III: O Museu na Escola

Primeiramente, ressalto que a identificação da problemática foi o ponto de partida para a idealização das ações educativas, por meio do trabalho desenvolvido acerca do Patrimônio Histórico. Assim, ao debater, apresentar e contextualizar os bens patrimoniais da cidade de Goiânia percebi que muitas dúvidas nasciam por falta do conhecimento das origens, dos significados e da importância desses bens. Desse modo, constatei que a identificação, por parte dos alunos, da cultura local e a sua historicidade era imprescindível não apenas para ministrar o conteúdo lecionado, mas também para que eles pudessem vivenciar um aprendizado significativo sobre o contexto social e cultural.

A primeira etapa dessa ação educativa partiu da percepção daquilo que era necessário que os alunos conhecessem em um primeiro momento, para compreenderem o contexto histórico da origem da cidade de Goiânia. Com isso, seria possível a compreensão acerca dos conceitos estéticos, dos estilos e das linguagens presentes na arquitetura da cidade. Dessa forma, apresentei a proposta da primeira parte da ação educativa, que consistia em uma visitação à cidade de Goiás e do mapeamento de seus principais bens patrimoniais. Essa visitação à antiga capital do estado foi uma etapa importante tanto para a compreensão dos motivos que culminaram na transferência da capital para Goiânia quanto para o exercício de identificação dos bens patrimoniais, que seria realizada em uma segunda etapa, na cidade de Goiânia.

A Ação Educativa III: O Museu na Escola contou com a organização do professor Afonso Rodrigues, da disciplina de História. A Intervenção teve a participação dos estudantes na construção de maquetes, tendo como referências algumas das edificações do conjunto urbano de Goiânia e de monumentos públicos que fazem parte do patrimônio cultural da cidade, como identificados na Ação Educativa II.

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Essa ação promoveu um espaço de interação e construção de conhecimentos, além de envolver a comunidade escolar (direção, coordenação, corpos docente e discente). Importa mencionar que muitos estudantes que não foram à visitação aos locais escolhidos tiveram a oportunidade de conhecer sobre a importância do conjunto arquitetônico da cidade de Goiânia como Patrimônio Histórico do Estado de Goiás; isto é, locais que devem ser preservados, devido à memória e à identidade cultural. Portanto, são ações educativas que devem ser incentivadas. No projeto descrito foi fundamental contar com o apoio da comunidade escolar, que prima pela valorização da educação patrimonial na formação da cidadania dos seus estudantes.

Essa ação educativa teve o objetivo de estreitar os laços entre Museu e escola, valorizando, em cada espaço, suas especificidades pedagógicas, e promovendo a noção da construção de conhecimentos de forma compartilhada, em que a cultura, as artes e o patrimônio histórico foram temas trabalhados por professores de diferentes disciplinas. Como sugestão de intervenção futura – e como desdobramento do projeto – tem-se a proposta de trabalhar as linguagens artísticas das artes visuais, como grafite, desenho e gravura, integrando-as à educação patrimonial e incorporando-as ao imaginário sobre o patrimônio cultural existente.

Pontuo que a disciplina Cultura e Comunicação: Interfaces e Perspectivas, cursada na EIPDCC, foi fundamental para a elaboração, o planejamento e o desenvolvimento do projeto de intervenção, em virtude dos meios de comunicação e informação referentes às atividades das ações educativas. Esses meios deram sustentação e visibilidade às ações e às informações, em especial os sites do IPHAN e do Itaú Cultural e as plataformas que divulgam documentos e registros do Patrimônio Cultural Brasileiro.

Conforme Bispo (2011), a criação de sites oficiais possibilitou a informação, a divulgação e a interatividade de ações educativas. A pesquisa nos referidos sites e plataformas apontou caminhos e estratégias, conferiu objetividade e clareza às propostas de atividades com os estudantes, contribuiu para a elaboração e a escolha dos materiais didáticos na apresentação das aulas sobre Patrimônio Cultural e, principalmente, levou à reflexão sobre a importância de considerar o contexto social dos estudantes no processo de comunicação.

3. Conclusão

As ações educativas propostas possibilitaram aos estudantes conhecer alguns bens culturais materiais e imateriais do Patrimônio Histórico e Cultural de Goiânia e da Cidade de Goiás. Além disso, as ações contribuíram para uma nova percepção acerca desses bens culturais, que fazem parte do contexto social, cultural e histórico.

Essas ações, enquanto propostas de intervenções, estão diretamente ligadas ao conceito antropológico de cidadania patrimonial, de Lima Filho (2009). Isso significa que a noção de patrimônio está para além de uma política pública, uma vez que se associa às ideias de memória coletiva, narrativas, saberes, fazeres de grupos sociais e étnicos, cidades interioranas ou mesmo de bairros de grandes cidades que, muitas vezes, “são invisibilizadas pelas políticas maiores que centram na excepcionalidade e na relevância” (LIMA FILHO, 2009, p. 624).

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Quanto à Ação Educativa III: O Museu na Escola, observei os comentários referentes às percepções dos participantes. Muitos voltaram o olhar para as cenas do cotidiano de sua cidade, que, até então, eram “invisíveis”, não percebidas por eles como problemática social no âmbito do conhecimento, valorização e preservação do patrimônio cultural. Diante disso, pode-se inferir que o professor, como mediador, deve orientar os estudantes na construção do conhecimento, em especial no componente curricular Arte. Ademais, o docente não é o único detentor do conhecimento; ao contrário, deve-se manter em contínua formação, visto que a prática dialoga permanentemente com as diferentes realidades que compõem o contexto escolar.

Assim, a mudança na maneira de perceber a Arte na educação é fundamental para o rompimento com a concepção de Arte como disciplina recreativa. Para tanto, é fundamental que o arte-educador instigue o estudante a buscar a formação de uma consciência crítico-reflexiva. Com base no que foi apresentado, é notória a importância de ações educativas em espaços culturais de acervo e preservação do patrimônio cultural, pois essas contribuem para a formação da identidade cultural dos cidadãos.

Possível desdobramento do Projeto

Produção de banners com o título: “Você conhece o Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade?” (Com imagens e descrição do Patrimônio Histórico e Cultural de Goiânia e da Cidade de Goiás, bem como do patrimônio imaterial), que serão expostos em diversos locais do Parque Atheneu, como escolas, supermercados, centro comunitário, feiras, além de uma caixa ou urna para que as pessoas depositem um comentário acerca da exposição.

Galeria de fotos

Figura 1 – Centro Cultural Oscar Niemeyer: atividades e opções de lazer para todos.Fonte. A REDAÇÃO (2015), Curta Mais online. www.curtamais.com.br. Disponível em: https://www.curtamais.com.br/goiania/veja-a-programacao-gratuita-da-semana-no-centro-cultural-oscar-niemeyer

Figura 2 – Edifício da Estação Ferroviária de Goiânia-GO. Patrimônio Histórico Nacional. Fonte: A REDAÇÃO (2018). Curta Mais online. www.curtamais.com.br. Disponível em: https://www.curtamais.com.br/goiania/antiga-estacao-ferroviaria-de-goiania-e-o-retrato-do-abandono

Figura 3 – Interior do Edifício da Estação Ferroviária de Goiânia-GO. Patrimônio Histórico Nacional. Fonte: A REDAÇÃO (2018). Curta Mais online. www.curtamais.com.br. Disponível em: https://www.curtamais.com.br/goiania/antiga-estacao-ferroviaria-de-goiania-e-o-retrato-do-abandono

Figura 4 – Interior do Edifício da Estação Ferroviária de Goiânia-GO. Painéis pintados por Frei Confaloni. Fonte: A REDAÇÃO (2018). Curta Mais online. www.curtamais.com.br. Disponível em: https://www.curtamais.com.br/goiania/antiga-estacao-ferroviaria-de-goiania-e-o-retrato-do-abandono

Referências

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