Resumo
As ações foram desenvolvidas criando metodologias nas quais os envolvidos puderam dialogar diretamente com a área cultural, propiciando sua atuação em um processo de cidadania que visou à valorização da cultura popular brasileira através de atividades e brincadeiras. Respeitou-se o direito da criança e do adolescente de brincar, relacionar-se no meio e manifestar-se culturalmente. Tais ações resultaram em uma forma de salvaguardar modos de viver adquiridos entre gerações pelo passar dos anos. As ações foram realizadas com os adolescentes do primeiro ano do Ensino Médio e com as crianças do quinto ano do Ensino Fundamental I, do Colégio Leopoldo Moreira, no município de São Simão-GO. A priori realizamos uma palestra, destinada aos adolescentes, sobre cultura, surgimento dos Direitos Humanos, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, quando apresentamos estes como ferramentas de proteção e valorização cultural. Em um segundo momento realizamos o “dia das atividades culturais”, evento produzido pelos adolescentes do Ensino Médio destinado às crianças do Ensino Fundamental I, com brincadeiras, contos, jogos e músicas da cultura popular brasileira.
Palavras-chave: Cultura, Brincadeiras, Estatuto da Criança e Adolescente.
Introdução
Fazendo uma análise da atual realidade brasileira é nítido que está ocorrendo um distanciamento entre as pessoas. Com o advento tecnológico, muitas ocupam o seu tempo com aplicativos como o Whatsapp e o Facebook. A ideia central desta intervenção foi desenvolver ações nas quais as crianças aprendessem meios de brincar e relacionar-se sabendo respeitar o próximo. Foram desenvolvidas brincadeiras, jogos e atividades para que adolescentes e crianças interagissem entre si, independentemente de sua classe social, gênero, religião e/ou etnia.
Pautada na cidadania, esta intervenção sociocultural buscou respeitar os direitos humanos e culturais voltados para a valorização cultural e humana, de um modo simples e peculiar, por meio das brincadeiras, contos, músicas e jogos da cultura popular brasileira, de modo que, no findar das ações, os envolvidos absorvessem o que foi proposto. Para tal, foram promovidas ações socioculturais que envolveram os adolescentes do primeiro ano do Ensino Médio e as crianças do quinto ano do Ensino Fundamental I do Colégio Municipal “Leopoldo Moreira”, na cidade de São Simão-GO, durante os meses de agosto e setembro de dois mil e dezoito, ocorrendo quatro encontros no decorrer destes meses.
A intervenção realizada nesta unidade escolar justifica-se pela ausência de momentos destinados à cultura na escola. Entendendo a perspectiva de Thiollent (2007,p,9) “a pesquisa ação é um instrumento de trabalho e de investigação com grupos, instituições, coletividades de pequeno e médio porte”. Observamos a instituição, percebemos a defasagem de atividades que remetem à cultura e optamos por realizar esta intervenção nesta unidade escolar, utilizando cada agente envolvido como peça atuante na valorização de sua cultura.
A ação foi dividida em duas etapas. A princípio, foi ministrada uma palestra para uma turma do primeiro ano do Ensino Médio, com média de idade entre 14 e 15 anos, abordando temas como Cultura, o Surgimento dos Direitos Humanos, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, usando de seus artigos que dispõem sobre a proteção e valorização da cultura. Foram apresentados conceitos de patrimônio cultural material e imaterial, demostrando a própria escola e a Praia do Lago Azul como patrimônio cultural e, também, o nome da cidade “São Simão” em referência à devoção dos seus fundadores ao Santo Simão. Abriu-se, então, um espaço para dúvidas e questionamentos.
Página 500Pensando com Teixeira Coelho, esta etapa ficou destinada a uma ação educativa, entendendo que “a educação pode ser uma modalidade da cultura” (COELHO, 2001:32). Este primeiro momento serviu para instigá-los para a cultura e abrir as portas para a segunda etapa, quando fizemos o convite para que eles se incorporassem à intervenção, atuando como mediadores da próxima ação sociocultural durante a realização do dia das atividades culturais, com brincadeiras, músicas, contos e jogos da cultura popular brasileira. A proposta envolveu os adolescentes, pois eles ainda guardam em suas memórias as brincadeiras de infância, contos e músicas que as crianças dos tempos atuais pouco sabem.
Neste segundo momento, a ação sociocultural buscou realizar um intercâmbio entre crianças (idade média entre 09 e 10 anos) e adolescentes de diferentes religiões, etnias, classes sociais e gêneros, através de brincadeiras e jogos culturais que marcaram a infância dos adolescentes, em um processo que ficou assinalado pela troca de vivências entre gerações.
A escola é o espaço de atividades para a busca do intercâmbio cultural, os professores são mediadores de conhecimento e fomento de processos educativos. Snyders (1992) comenta que a função mais evidente da escola é preparar os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. Sendo assim, o convívio mútuo e o saber se relacionar em sociedade começa desde cedo na vida dos seres humanos, perpassa na troca, no perder e ganhar que as brincadeiras produzem.
Pensando desta maneira, esta intervenção visou não somente a realização de brincadeiras, músicas e contos culturais, priorizou também contribuir na vida social dos alunos enquanto cidadãos. Corroborando os pensamentos de Thiollent (2007), toda ação construída de um modo planejado deve conter um caráter social ou educacional, e é neste viés que as ações surgiram, com intuito de uma conjunção educativa/ social através do ensino, buscando nos agentes envolvidos uma revalorização de brincadeiras da infância e juventude que são tradicionais da cultura popular brasileira.
Rosa (2018: 3) identifica que “Patrimônio cultural pode ser definido como conjunto de manifestações, realizações e representações de um povo...é o patrimônio cultural que carregamos conosco que nos faz ser o que somos”. (apud, JUNQUEIRA, 2014). Com isso acreditamos que as brincadeiras da infância dos adolescentes são patrimônios culturais, foram adquiridas de geração para geração. Nesse sentido, buscamos pôr em prática ações que envolvessem a comunidade escolar de diferentes gerações (adultos, adolescentes e crianças), compartilhando conhecimentos em um processo de aprender fazendo.
Acredito que a valorização do patrimônio cultural depende do quanto as comunidades conhecem sua própria história. Por isso, penso ser de grande importância que ações de educação patrimonial sejam implementadas tanto no ensino formal como no ensino não formal. (JUNQUEIRA, 2018.8).
Utilizamos do ensino formal como ferramenta, na qual os alunos adquiriram conhecimentos e se tornarão multiplicadores em sua comunidade, pois, conforme evidencia Junqueira, entendemos por Educação Patrimonial “um conjunto de ações onde os objetos e expressões do patrimônio cultural são a matéria-prima para a atividade pedagógica” (JUNQUEIRA, 2018:9).
Página 501A partir da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho da Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural. (HORTA, 1999:4 apud- JUNQUEIRA, 2018:9).
1. A Escola e a Cultura
Desde tempos remotos, o principal problema da sociedade é saber lidar com os diversos conflitos, respeitar o diferente e valorizar o outro. É dever e função de quem promove a educação levar para seus discentes que a diversidade é algo cultural, que nem todas as pessoas vão adorar os mesmos deuses, nem todas vão falar a mesma língua e que, dentro da própria língua, existe o linguajar e as gírias que são locais, e que essas diferenças são adquiridas ao longo da vida. JUNQUEIRA (2015:3) afirma que “sabemos que a sociedade contemporânea tem enfrentado sérios problemas no que diz respeito ao desenvolvimento humano sustentável”.
Criamos, então, um diálogo com a cultura, uma vez que a expressão passou a ser entendida como o modo de viver de um determinado grupo. A “cultura é o que move o indivíduo, o grupo, para longe da indiferença, da indistinção, é uma construção, que só pode proceder pela diferença” (COELHO, 2001:21). Toda sociedade possui sua cultura. “A cultura é a vida de um povo, herança social que o indivíduo adquire do seu grupo” (Kluckhohn,1972, p.28).
Entendemos a instituição escolar não como formadora de cultura e sim como palco de manifestações e encontros culturais, pois “as escolas encarregam-se de completar a transmissão da cultura iniciada na família e em outros grupos sociais” (Oliveira, 2002:135). Portanto, questões identitárias, como modo de vestir, linguajar, religiões, vão se mesclar neste recinto. Onde pode surgir uma apreciação pela cultura alheia, ou, o desrespeito.
A intervenção realizada expôs uma discussão sobre diversidade cultural e apresentou artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal de 1988, que resguardam a cultura, bem como do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), que visam prevenir e evitar os desrespeitos para com os seres humanos, propondo sempre proteger, valorizar e respeitar as diferenças.
1.2 A Importância do Diálogo sobre a Cultura na Construção do Saber
Compreendemos que o acesso à informação é um ato de cidadania. Ao apresentar aos alunos os artigos da Declaração, da Constituição e do ECA, acima citados, consideramos que esse acesso é primordial para uma construção de conceitos sobre o que vem a ser cultura e patrimônio cultural (material e imaterial). Desta forma, possibilitamos aos alunos do Ensino Médio recursos para que se tornem agentes culturais locais, pois, a partir do envolvimento com a intervenção que foi realizada, tornaram-se aptos a viabilizar o diálogo cultural em seu município.
Página 502Para estimular o conhecimento e a busca por fontes de cultura, o saber foi o motor locomotivo que despertou para algo tão intrínseco. Foi preciso propor aos alunos a temática para despertar neles esse saber. “No processo educacional respeitar-ser-ão os valores culturais, artísticos e históricos do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.” (ECA, 2015:53). Colocando em prática um pouco desta viabilização cultural e fazendo dos adolescentes os motores da intervenção, “a ação cultural é também uma ação social, uma ação sociocultural” (COELHO, 2001:27).
Priorizamos, em um segundo momento, valorizar as brincadeiras, os contos, os jogos e as músicas da cultura popular brasileira que, cada vez mais, estão distantes das nossas crianças. Estas atividades são uma fonte de acesso à cultura de um povo e, analisando a sociedade atual, percebemos que há um distanciamento das pessoas, pois o acesso a recursos tecnológicos, como os celulares e os computadores, está afastando-as. É comum ver pais que, para ocuparem seus filhos, os presenteiam com celulares para entretenimento através dos jogos e vídeos virtuais. Percebemos que muitas crianças são vítimas de um sistema de bens de consumo.
1.3 A Prática da Cidadania no Âmbito Escolar
A expressão cidadania é constituída por ações de seus cidadãos. Estes se entendem como “indivíduos que tem consciência de seus direitos e deveres e participam ativamente das questões em sociedade” (OLIVEIRA, 2002:55). Toda criança e adolescente aprende que deve cumprir regras em sociedade para conviver uns com os outros, mas ninguém nasce sabendo. Estes saberes são acumulados, sejam espontaneamente ou doutrinados por outros.
Mas, nem sempre foi assim. Os direitos das crianças e os adolescentes foram adquiridos ao longo dos anos, assim como os direitos culturais. Com o intuito de viabilizar as brincadeiras, que são vivências da infância, realizamos a segunda ação da intervenção. Lembramos que “A ideia de cidadania é atravessada pela noção de cultura…. Não se pode pensar a concepção de cidadania e sua aplicação sem levar em conta as concepções e trajetórias histórico-culturais dos grupos sociais e étnicos que a experienciam e suas agências”. (FILHO, 2015:136 e 138).
Compreendemos o lazer e atividades culturais como ações de cidadania. “É importante salientar que atividades culturais, esportivas e de lazer também constituem direitos do cidadão.” (ECA, 2015:83). O Estatuto da Criança e do Adolescente é a Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que atende ao artigo 227 da Constituição Federal, e é compreendido também como marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
1.4 Viabilização e Difusão das Brincadeiras da Infância
No dia vinte e dois do mês de agosto deste ano ministramos aos alunos do 1º Ano do Ensino Médio da turma do matutino, segunda sala, a palestra sobre Cultura, Direitos Humanos, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e dos Adolescentes, apresentando ao grupo os artigos que visam à valorização e viabilização cultural. Aplicamos um questionário com perguntas, onde eles puderam discorrer sobre a palestra. Convidamos os alunos interessados a voltarem no período vespertino para a organização do dia das atividades culturais.
Página 503Compareceram oito alunos. Realizamos uma troca de ideias sobre os detalhes: quais brincadeiras, contos, músicas, jogos e quais deles iriam ministrar cada atividade. Resolvemos transformar o conto folclórico da Vitória Régia em uma peça de teatro e o dia das atividades culturais foi nomeado como “Oficina Cultural Brincando e Aprendendo”. Levamos o adolescente a entender que a cultura é algo compartilhado entre gerações, e que essa ação realizada na comunidade escolar, de jogos e brincadeiras da infância, é uma forma de valorizar sua cultura, algo que em tempos modernos vem se transformando com a tecnologia.
Realizamos no dia vinte e três de agosto a “Oficina Cultural Brincando e Aprendendo”. Apresentamos para a turma do quinto ano do Ensino Fundamental I do período vespertino, sala 01, a intervenção cultural da qual eles participariam e, também, me apresentei aos alunos como o professor idealizador e realizador da intervenção cultural.
Após a apresentação, foram executadas as atividades conforme apresento a seguir.
1.4.1 Contos do Folclore Brasileiro
Contamos para os alunos do quinto ano os contos do folclore que os alunos do Ensino Médio consideraram fazer parte da infância. O primeiro conto foi o do Saci Pererê, em seguida o conto da Iara e do Boto Cor de Rosa e, por fim, apresentaram a peça teatral sobre o conto da Vitória Régia. Todos contos regionais do Brasil.
De acordo com o Artigo 54, capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente, “toda criança e adolescente tem direito ao acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística” (ECA, 2015:54). Respeitando o direito de criação artística dos alunos, pedimos que reproduzissem os contos folclóricos que marcaram sua infância como forma de valorização cultural.
O Artigo 215 da Constituição Federal Brasileira, primeiro parágrafo, diz que “O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”. Desta forma, exemplificamos o teatro da Vitória Régia como uma manifestação da cultura popular brasileira indígena, da região Norte, que perpassa regiões. Tratando-se de contos regionais, o conto do Saci Pererê tem suas raízes de origem afro-brasileira e o da Vitória Régia retrata uma bela indígena chamada Naia da Região Norte do Brasil.
1.4.2 Músicas/melodias da Cultura Popular Brasileira
O intercâmbio cultural entre gerações é uma troca mútua de aprendizagem. Através das músicas e melodias da cultura popular brasileira os adolescentes e as crianças interagiram entre si.
O momento foi enriquecedor, pois os alunos do Ensino Fundamental I foram participativos. Muitos relataram desconhecer as atividades que estavam sendo realizadas e disseram que a partir deste momento iriam reproduzi-las em suas casas e vizinhanças.
1.4.3 Brincadeiras e Jogos Culturais
Os jogos culturais foram desenvolvidos na quadra poliesportiva da escola, espaço cedido pela direção para execução desta etapa das ações. Foi empolgante ver o brilho nos olhos dos alunos envolvidos durante as ações; estavam nítidas a satisfação, a emoção e a vontade com que as gerações se entregavam nas brincadeiras. O encerrar destas ações foi muito complicado, as crianças e os adolescentes estavam tão ligados e envolvidos que não queriam deixar a quadra.
Página 5041.4.4 Produção de Pipas e Pulseiras
Realizamos a construção de pipas e montagem de pulseiras. As crianças puderam optar entre quais dos dois itens preferiam aprender a construir. Os adolescentes foram separados por gêneros, as meninas ajudaram as crianças na confecção das pulseiras e os meninos ensinaram todo o passo a passo para a construção de uma pipa que, depois de pronta, foi testada pelas crianças. No dia, o vento contribuiu e a pipa voou alto.
Devemos levar em consideração as formas de expressão e criação de um povo como forma de valorização, proteção e viabilização de sua cultura. A arte de criar objetos, que são ensinamentos passados de geração a geração.
1.4.5 Roda de Conversa
Encerrando as atividades culturais, abrimos um diálogo entre todos os envolvidos na ação sociocultural sobre qual a opinião de cada um na intervenção cultural. Apenas uma aluna do quinto ano do Ensino Fundamental I relatou não ser novidade, pois já conhecia todas as atividades executadas. Os demais ficaram muito satisfeitos e disseram que reproduzirão essas atividades em seus lares e bairros.
Conclusão
Atuando na educação como professor do Ensino Fundamental da rede municipal de São Simão há quase dois anos percebi que muito pouco era trabalhado sobre cultura na escola. Partiu daí a ideia de desenvolver esta intervenção. Outro fator relevante foi observar os recreios, e ver que são poucos os alunos do Ensino Fundamental I que sabem brincar; a maioria corre atrás uns dos outros, outros brincam de dar socos e alguns ficam empurrando os colegas.
A intervenção veio para suprir estas duas demandas: criar um diálogo com a cultura na escola e apresentar outras brincadeiras para as crianças. Com os adolescentes mostramos a importância da cultura, de manter vivas as brincadeiras, contos, melodias populares. Também analisamos os artigos dos Direitos Humanos, da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA voltados para a proteção e valorização da cultura e apresentamos patrimônios culturais locais (a própria escola e o Lago Azul), bem como identificamos as brincadeiras da infância como patrimônio cultural deles. Por fim, estendemos essas ações para as crianças, entendendo esta intervenção como um ato de cidadania.
Infelizmente esta intervenção não envolveu toda a escola, porém ela visou duas turmas que foram chaves para o sucesso. Para que a ação tivesse continuidade nos anos seguintes, foi escolhida uma turma do primeiro ano do Ensino Médio, uma vez que eles ainda farão parte desta comunidade escolar por alguns anos, e uma turma do quinto ano do Ensino Fundamental I, por eles serem maiores que os alunos do quarto ano e, consequentemente, aprenderem mais rápido e ensinarem os menores.
Com o fim das ações planejadas, tive a noção de sua importância, pois outros professores se interessaram em executá-las em suas turmas. Propomos anexar a “Oficina Cultural Brincando e Aprendendo” ao calendário da escola, para que esta tenha continuidade na vida escolar.
A ideia surtiu efeito, já que o recreio das crianças teve alterações. Agora eles brincam, interagem e se relacionam entre si. Agora, podemos ver comumente nos recreios brincadeiras como: amarelinha, joquempô, ciranda cirandinha, balança caixão, batata quente, entre outras. Ressaltamos que os adolescentes que participaram da palestra opinaram a respeito dos tópicos citados e absorveram conhecimento.
Página 505As instituições de ensino também são pontos de acesso cultural. Desenvolvemos as ações socioculturais neste espaço com o intuito de promover a cidadania. Foi um momento enriquecedor, já que as três gerações envolvidas na intervenção saíram satisfeitas: o professor mediador (28 anos), os adolescentes do primeiro ano do Ensino Médio (14 anos) e as crianças do Ensino Fundamental I (9-10 anos).
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