1 ∙ VANA YOÃKI - Notas Explicativas
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a. O dicionário apresenta as entradas obedecendo a ordem alfabética segundo os grafemas usados na escrita da língua Noke Koĩ. Esses grafemas que iniciam itens lexicais são a, e /ɨ/, h, i, k, m, n, o, p, r /ɾ/, s, sh /ʂ/, t, ts, tx /tʃ/, v /β/, x /ʃ/, w, j (acompanhadas dos símbolos fonéticos, quando necessário).
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b. O /n/ está representado pelo grafema n, mas na escrita fonológica, utilizei o arquifonema N, quando ele finaliza uma sílaba e a sílaba seguinte se inicia com segmento fonológico vocálico.
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c. Figuram nas entradas tantos os ILs quanto os IAs, por considerar que ambos são relevantes para os usuários, indígenas e não indígenas. Cada IL e IA é destacado em negrito nas frases que os exemplificam.
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d. As entradas estão apresentadas na seguinte ordem: em Noke Koĩ (grafema); escrita fonológica; classificação gramatical básica, em português; depois vem uma sentença em Noke Koĩ, seguida da sua tradução em português
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e. Coloco hífen apenas nos casos que poderiam causar ambiguidade. Assim, os casos que não necessitam são escritos sem destacar os afixos, como por exemplo: ani-pa > anipa ‘grande’; roa-pa > roapa ‘bom/bonito’; oti-pa > otipa ‘muito’; ta-vata > tavata ‘cana de açúcar’; ta-kara > takara ‘galináceo’; ya-ma > yama ‘não ter’. Os hifens necessários são os indicativos de: interrogação (-ra > hãto-ra ‘onde?’); negação (-ma > pia-ma ‘sem comida’; noko-ma ‘não achar’); coordenação de N (-nõ > mani-nõ shõpa-nõ ‘banana, mamão ...; ) de V (-shõ > noko- shõ pii- shõ ‘achar, comer ...). Outra decisão tomada de não uso do hífen é quando se trata de expressões do tipo adjungido estruturalmente com o conteúdo semântico: rama ‘agora’; ramas ‘agora mesmo’; ramaska ‘talvez’; maska ‘nunca’. Outro caso, é o keyoishma ‘sempre’ e o nome dos números, grafados sem usar hífen.