Acessibilidade: práticas culturais e tecnologia assistiva para a cidadania

Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, cultura, informação e comunicação, inclusive sistemas e tecnologias, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Esse livro torna acessível informações sobre práticas culturais e tecnologia assistiva para a cidadania, por meio de textos que versam sobre tecnologias e tecnologias assistivas, entrevistas e um ensaio fotográfico. Instiga os leitores para se envolver e participar de ações e discussões que visam acessibilidade e cidadania para todas as pessoas, independente de suas eficiências ou deficiências. Todas as pessoas são bem-vindas nessa intrigante e desafiante temática.Esse livro torna acessível informações sobre práticas culturais e tecnologia assistiva para a cidadania, por meio de textos que versam sobre tecnologias e tecnologias assistivas, entrevistas e um ensaio fotográfico. Instiga os leitores para se envolver e participar de ações e discussões que visam acessibilidade e cidadania para todas as pessoas, independente de suas eficiências ou deficiências. Todas as pessoas são bem-vindas nessa intrigante e desafiante temática.

Vanessa H.S. Dalla Déa

Organização

Ana Bandeira
Cleomar Rocha
Vanessa Dalla Déa

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Apresentação

O tema acessibilidade foi, por longo tempo, de tabu a restrito a especialistas. Felizmente a cortina do passado se fechou, colocando em cena a acessibilidade como valor, voltado à cidadania. Mais que isso, acessibilidade é um normalizador de condutas e parametrizador dos objetos do mundo natural. Em tempos de design para todos e design universal, segregar elementos destinados a pessoas com deficiência ou restrições de várias ordens é atitude a ser vencida. A tônica emergente da sociedade contemporânea, cujo signo é a tecnologia e a inteligência, é prover acessibilidade para todos, independentemente de sua condição física, perceptiva ou mental.

Com essa perspectiva, o livro Acessibilidade: práticas culturais e tecnologia assistiva para a cidadania reúne 11 (onze) trabalhos, zelando pela diversidade e inclusão, em um livro que também tem versão digital, com os pressupostos da acessibilidade informacional. Os trabalhos do livro vão de artigos e entrevista a ensaio fotográfico, observando o horizonte amplo do tema geral. A perspectiva de discussão perpassa temas como tecnologia assistiva, acessibilidade, políticas afirmativas e, sobretudo, a sensibilidade humana, sobre o olhar para um tema tão caro e relevante: a cidadania, para todos.

O papel da tecnologia é o pano de fundo do livro, o que justifica sua vinculação à Coleção Invenções, mantida pelo Media Lab / UFG. Tecnologia como conhecimento cientificamente verificado e comunitariamente compartilhado. De modo particular, como aparatos e dispositivos tecnológicos têm se tornado, cada vez mais, elementos que proveem acesso ao mundo natural e ao mundo do pensamento, a pessoas com deficiência ou dificuldade momentânea. Crianças, jovens, adultos e idosos, com suas características específicas como altura, peso, acuidade visual e perceptiva, mobilidade etc, todos, diferentes, têm o direito ao acesso às coisas do mundo, ao próprio mundo. A tecnologia tem sido importante ferramenta para que os protagonistas, de fato, ocupem a cena. E é nesse sentido que o livro busca dar sua contribuição.

Os autores, de diversas partes do Brasil, descortinam conceitos, pesquisas, pensamentos e olhares sobre cultura e a sociedade, sobre a tecnologia e a filosofia, traçando um panorama brasileiro das ações em acessibilidade e tecnologias assistivas. Entre a ficção e a realidade, robôs e cobôs, a sociedade contemporânea não apenas se abre à diversidade, mas demanda discussões profícuas de como prover acesso e, portanto, cidadania, a todos.

Mais que tematizar acessibilidade, o livro é um convite a pensar e a fazer, juntos, um percurso rumo a uma condição pragmática de sociedade que supere as rotas acessíveis, entendendo que o mundo, e não uma única rota, deve ser nosso local de estar, portanto deve permitir acesso, usando os diversos recursos tecnológicos disponíveis, e inventando o que ainda falta.

Cleomar Rocha