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Protocolo 09:
Ciência na mão: Protocolo otimizado para extração de DNA vegetal

Mariane Brom Sobreiro
Lucas Donizetti Vieira
Luciana Oliveira Barateli
Elisandra Carneiro de Freitas Cardoso
Angela Adamski da Silva Reis
Rodrigo da Silva Santos

Introdução

O DNA é formado por nucleotídeos que, por sua vez, são polímeros constituídos de uma molécula de açúcar com cinco carbonos (pentose), um fosfato (mais especificamente, ácido fosfórico) e uma base nitrogenada. Foi apenas a partir de 1944, com a publicação do artigo de Avery e colaboradores, que houve a aceitação do DNA como material genético. Depois, em 1953, com a publicação do trabalho de Watson e Crick, surgiu a elucidação da estrutura da molécula de DNA.

A extração de DNA de plantas é um passo fundamental para a caracterização genômica, técnicas de mapeamento envolvendo o uso de marcadores moleculares, além de outras pesquisas. Além de ser de grande valia para as pesquisas científicas, a extração de DNA pode ser uma ótima forma de despertar o interesse dos alunos para a compreensão do material genético.

A utilização de aulas diferentes do habitual quadro e giz, buscam despertar o interesse dos alunos e tornar as aulas mais participativas. Segundo Guimarães em 2009, a falta de estímulo demonstrado pelos alunos pode ser um reflexo do tipo de aula utilizada pelo professor. Vieira e colaboradores em 2015, sugerem a realização de aulas práticas e experimentais por meio dos professores atuantes na educação básica, com a finalidade de aproximar os conteúdos teóricos da realidade dos educandos.

Objetivos

Materiais

Procedimentos

  1. Preparar a solução de extração de DNA: adicionar 150 ml de água, uma colher (sopa) de detergente e uma colher (chá) de sal em um frasco;
  2. Separar 3 morangos por grupo, retirar os talos e folhas dos morangos, colocá-los dentro dos sacos plásticos e macerá-los (amassar) até que não restem pedaços grandes. Em seguida, transferir a massa obtida para um frasco;
  3. Adicionar 1/3 da solução de extração no frasco contendo os morangos e misturar delicadamente com o bastão de vidro;
  4. Mexer de vez em quando a mistura no prazo de 30 minutos;
  5. Coar a mistura e transferi-la para um tubo de ensaio, de modo que ocupe apenas 3 dedos no fundo do tubo;
  6. Adicionar (na parede do tubo de ensaio) álcool até que complete o dobro do volume ocupado pela mistura;
  7. Aguardar 3 minutos para a precipitação do DNA, sem agitar o tubo de ensaio;
  8. Utilizar um tubo de ensaio para guardar o DNA precipitado.
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Avaliação

  1. O que é DNA?
  2. Qual a função do DNA?
  3. Por que utilizar o morango na extração?
  4. Por que os morangos são amassados?
  5. Para que serve a solução de extração?
  6. Por que utilizamos detergente, sal e álcool?
  7. Qual é a estrutura do DNA visualizado?

Referências

DESSEN, BEM; OYAKAWA, J. Extração Caseira de DNA Morango. Protocolo de aulas práticas. Genoma USP. Centro de Estudo do Genoma Humano. Acessado em 2017. http://www.genoma.ib.usp.br/sites/default/files/protocolos-de-aulaspraticas/extracao_dna_morango_web1.pdf

GUIMARÃES, C. C. Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola, v. 31, n. 3, p. 198-202, 2009.

KLUG, W. S.; CUMMINGS, M. R.; SPENCER, C. A.; PALLADINO, M. A. Conceitos de Genética. Artmed Editora, 2009.

LABRA, M.; CARRENO-SANCHEZ, E.; BARDINI, M.; BASSO, B.; SALA, F.;

SCIENZA, A. Extraction and purification of DNA from grapevine leaves. VITIS-Journal of Grapevine Research, v. 40, n. 2, p. 101, 2015.

VIEIRA, L. D.; CASTRO, A. A.; CARVALHO, C. V. M.; SILVA, L. A. S. Uso de Laboratórios de Biologia no IFGoiano – Câmpus Urutaí. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n.21, p. 2760, 2015.