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Protocolo 06:
Ludo educativo com cavalos: princípios evolutivos da seleção natural e artificial

Andreza Rodrigues Ribeiro Silva
Laura Raniere Borges dos Anjos
Angela Adamski da Silva Reis
Rodrigo da Silva Santos

Introdução

Não é novidade a grande dificuldade em se abordar as teorias evolucionistas dentro do ambiente escolar. Estes conceitos da biologia, algumas vezes, são menosprezados ou encarados como complexos por professores e alunos. Tendo em vista tais premissas, propõe-se a utilização de um jogo lúdico como ferramenta facilitadora para compreensão de conceitos teóricos sobre seleção natural e artificial.

Objetivos

Desta forma, propõe-se com esta atividade:

Materias

O jogo é composto por:

  1. Quatro cartas com informações sobre os diferentes cavalos apresentados, características físicas, habilidades e especificações adicionais para cada animal. Cada carta deve ser de uma cor e conter a informação sobre qual animal exerce domínio sobre outro. Essas cartas podem ser construídas a partir de papel cartão seguindo o modelo (Figura 1).
  2. Um tabuleiro dividido em regiões com condições ambientais ou exigências que selecione habilidades específicas em cada um dos cavalos. O molde do tabuleiro está representado na Figura 2.
  3. Quatro peões com formas diferentes (tampinhas ou miçangas coloridas) de cores diferentes para representar os cavalos.
  4. Um dado contendo números de 1 a 6, podendo ser construído com cartolina, tesoura e cola seguindo o modelo (Figura 3).

Procedimentos

Informações: O ludo da seleção dos cavalos é baseado no popular jogo de tabuleiro ludo. Porém as regras foram modificadas e algumas áreas foram adicionadas, mas o objetivo final é o mesmo.

O jogo poderá ser aplicado principalmente para estudantes do ensino médio, em ambiente de sala de aula. É importante que o aluno participe de todas as etapas, desde a aplicação do conteúdo teórico, construção do jogo ou até um debate comparativo, trazendo a alusão do jogo. O professor também pode propor um prêmio simbólico ao vencedor de cada grupo.

  1. Antes de o jogo começar, os quatro participantes sorteiam as quatro cartas dos cavalos para definir qual será o animal e cor do peão.
  2. Após o sorteio o participante deve ler, para todos, as habilidades e características do animal sorteado, a fim de que todos entendam porque um se sobressai ao outro.
  3. Cada cavalo sai da região (cor) onde tem maior vantagem.
  4. Cada jogador lança o dado e se tirar “1” ou “6” poderá sair da casa de partida, sendo que, ao tirar “6” tem o direito de jogar o dado novamente.
  5. Joga-se com um dado e os avanços são feitos de acordo com os pontos obtidos com o lançamento dos dados
  6. Os peões de cada jogador começam na base de mesma cor. Os peões movem-se pelo percurso no sentido horário.
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  8. Se um jogador chegar a uma casa já ocupada por um peão adversário, inicia-se uma disputa na qual o peão vitorioso será aquele que possuir o animal que mais se sobressai na região de acordo com suas habilidades.
  9. Caso os peões possuam as habilidades equivalentes, ambos permanecem na mesma casa. Em caso de um vencer, o outro participante regressa a casa de início tendo que fazer todo o percurso novamente.
  10. Uma vez que uma disputa acontece no bloco dos menos favorecidos (quadrado preto do tabuleiro), o peão menos favorecido da região pode ganhar de todos os outros, sendo que essa casa só muda a situação do jogo para o mesmo.
  11. Após dar a volta no tabuleiro, o peão avança pela reta final de sua própria cor. A chegada ao ponto final só pode ser obtida por um número exato nos dados. Se o jogador tirar mais do que o necessário, ele vai até o fim e volta, tendo que aguardar sua próxima jogada.
  12. O vencedor é o primeiro que, partindo de uma casa de origem, consegue levar seus quatro peões (um animal de cada característica/cor) ao ponto final no centro do tabuleiro.

Avaliação

1) Sabemos que a seleção natural é um importante mecanismo da evolução. De acordo com essa teoria, podemos afirmar que:

2) Marque o único, entre os fatores a seguir, que não colabora para a seleção natural.

3) Certos insetos apresentam um aspecto que os assemelha bastante, na cor e às vezes até na forma, com ramos e folhas de algumas plantas. Esse fato é de extremo valor para o inseto, já que o protege contra o ataque de seus predadores. Esse fenômeno, analisado à luz da Teoria da Evolução, pode ser explicado:


Referências

CARMO, V.A; MARTINS, L.A.C.P; Charles Darwin, Alfred Russel Wallace e a seleção natural: um estudo comparativo. Filosofia e História da Biologia, v. 1, p. 335- 350. 2006.

CARVALHO, R.; SOARES, M. H. F. B. A polêmica Evolução biológica x Criacionismo na formação inicial do docente em Ciências Biológicas. In: GUIMARÃES, S. S. M.;

PARANHOS, R. de D.; SILVA, K. M. A. e. (Orgs.). Formação de professores de Biologia: os desa(fios) da trama. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013. Cap. 8, p. 149-173.

CORDEIRO, STP. Desenvolvimento de Jogo para o Ensino de Biologia – Ludo da Fotossíntese. Dissertação. Curitiba. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. 2015.

DAWKINS, R. Deus, um delírio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

ZIMMERMANN, N; Para além da seleção natural: algumas considerações sobre as contribuições de “Darwin como Geólogo” para o ensino de Biologia. Terrae 9: 2-11, 2012.