Se Inclui Formação docente para inclusão e acessibilidade

Relatos

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Professora Renata Beatriz Silva

Renata Beatriz Silva, professora de Microbiologia Médica da Regional Jataí - Universidade Federal de Goiás. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2014). Possui graduação em Farmácia (2006) e Habilitação em Análises Clínicas e Toxicológicas (2007) pela Universidade Federal de Alfenas e Mestrado em Ciências - Patologia Geral pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2009). Foi voluntária no serviço de Farmácia do Hospital da Criança em Uberaba-MG (2008-2010) e Professora Substituta do Curso de Biomedicina - UFTM (2010-2012).

"Algo também que me deixava muito à vontade é que os próprios professores, eles sabiam visualizar aquilo que eu tinha condições de fazer e aquilo que as minhas limitações poderiam tornar mais difícil para ser feito, e isso era muito tranquilo entre o grupo de docentes... O que não quer dizer que eles facilitassem alguma coisa pra mim. Eu fazia tudo como todos os outros alunos deveriam fazer, mas dentro daquilo que eu conseguia... Às vezes garantir a acessibilidade para os nossos alunos depende muito mais da nossa vontade como docente, do que da disponibilidade de recursos para fazer isso... Não adianta ter só estrutura e não ter a colaboração do corpo docente e também dos servidores das universidades..."

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Professor Vanderlei Balbino da Costa

Vanderlei Balbino da Costa, licenciado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (1992), especialista em Administração Escolar e Didática do Ensino Superior (2004), mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2009) e doutor em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (2012). Experiência na área de Educação, História, Leitura e Escrita Braille, Administração Escolar, Didática Geral. Atua nos seguintes temas: Inclusão Escolar, Educação Especial, Formação Docente, Deficiência Visual, Estimulação Visual, Orientação e Mobilidade, Educação Indígena e Diversidade. Exerce os projetos de pesquisa: Políticas de Ação Afirmativa na Universidade: Possibilidades de Inclusão no Ensino Superior; Projeto de Acessibilidade 2015; A Formação Docente nas Escolas Públicas de Jataí (GO). Docente Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) - Universidade Federal de Goiás/Regional Jataí - Nível Mestrado, atuando na Linha de Pesquisa 2: Políticas educacionais, Gestão e Formação de professores.

"Durante quatro anos eu tive muitas dificuldades na universidade por que o único instrumento de trabalho que eu tinha para escrever era uma reglete. Não havia nenhum tipo de programa de computador instalado que os deficientes visuais pudessem usar para ler textos. Então uma das maiores dificuldades que eu enfrentei, foi exatamente para me manter dentro da universidade, fazendo um curso de história que me exigia muita leitura e sem qualquer suporte, mas eu consegui. Primeiro ponto que a gente precisa ter dentro de uma universidade inclusiva é a sensibilidade com a causa das pessoas com deficiência. As barreiras físicas, as barreiras arquitetônicas, elas podem ser removidas muito fáceis. Agora, a sensibilidade, a quebra das barreiras atitudinais, elas são mais difícieis por quer as vezes as pessoas não querem que isso aconteça. As pessoas com deficiência aprendem em ritmos diferentes, as vezes de forma mais lenta, mas aprendem!"

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Professora Núbia Guimarães Faria

Núbia Guimarães Faria, possui graduação em Letras-Libras a distancia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012) e graduação em Pedagogia pela Faculdade Padrão (2005). Atualmente é professora auxiliar da Universidade Federal de Goiás, professora titular da Universidade Federal de Goiás e professora da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: libras, formação de professores, educação a distância, educação e surdo.

"Nos meus estudos eu sofria muito, pois tinha dificuldade com o português e as pessoas não sabiam como me ensinar. Para eu desenvolver a escrita em português não havia ninguém, não havia acessibilidade. Libras não tinha sido reconhecida legalmente nos anos 90... Fui trabalhar ensinando Libras, talvez se não soubesse seria mais difícil trabalhar em outro emprego, mas como aceitei a língua, consegui ter um sucesso por meio disso, a Libras me ajudou muito... Enquanto professora inclusiva, acho importante promover a acessibilidade em todos os espaços da UFG..."