Short Communications
7Produção de Modelos Sintéticos em Gesso de Encéfalo Humano com Evidenciação de Sulcos e Giros para Ensino em Neuroanatomia
Palavras-chave: Aprendizado prático; Neuroanatomia; Tecnologia de Ensino.
O número cada vez menor de cadáveres disponíveis tem obrigado Instituições de Ensino Superior a encontrarem novas metodologias de ensino para suprir tal carência, como o uso de peças anatômicas sintéticas. Correlacionou-se a produção de modelos anatômicos sintéticos e o estudo da neuroanatomia humana. Para confecção do molde, imergiu-se a face lateral de um hemisfério cerebral direito (fixado em formol a 10% e conservado pela técnica de Laskowski) até 50% da altura na posição horizontal em recipiente contendo silicone de condensação leve Clonage® mais catalisador. A peça foi revestida anteriormente com vaselina sólida e uma camada de vaselina sólida foi aplicada sobre a superfície exposta de silicone e completou-se o volume do recipiente mesmo até 100% da peça estar submerso. Finalizada a etapa de moldagem, obtiveram-se duas metades de um molde (um da face lateral e outro complementar), e seguiu-se para a fabricação de peças com preenchimento do molde com gesso ortodôntico Asfer®. Pintaram-se as peças com tinta acrílica em cores diversas. Foram confeccionadas três peças, sendo que uma foi usada como teste; outra, matizada em cor próxima a do cérebro in natura, como modelo mais próximo a realidade e a terceira, colorida com várias cores para evidenciar sulcos, giros e tronco. O uso de modelos sintéticos é bem estabelecido no ensino de anatomia humana e pode ser reproduzido em larga escala, com uma ótima qualidade. O ensino da neuroanatomia requer compreensão clara e objetiva das estruturas, que pode ser alcançada através de esquemas coloridos de sulcos e giros, como produzimos. O uso de modelos sintéticos com sulcos e giros evidenciados, particularmente, possibilita uma visão mais descritiva que a simples divisão do telencéfalo em lobos; maior internalização, comparando-a a moldes complexos de mapas funcionais. Por isso e por ser a divisão mais amplamente usada para referenciação em telencéfalo, a produção de moldes faz-se uma importante tecnologia de ensino.